FORUM CIDADANIA: porque hoje...o importante és tu. Rosa da minha vida

22-01-2011
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( imagem do google)PARABÉNS MÃE! "Poema à Mãe"No mais fundo de tiEu sei que te traí, mãe.Tudo porque já não souO menino adormecidoNo fundo dos teus olhos.Tudo porque ignorasQue há leitos onde o frio não se demoraE noites rumorosas de águas matinais.Por isso, às vezes, as palavras que te digoSão duras, mãe,E o nosso amor é infeliz.Tudo porque perdi as rosas brancasQue apertava junto ao coraçãoNo retrato da moldura.Se soubesses como ainda amo as rosas,Talvez não enchesses as horas de pesadelos.Mas tu esqueceste muita coisa;Esqueceste que as minhas pernas cresceram,Que todo o meu corpo cresceu,E até o meu coraçãoFicou enorme, mãe!Olha - queres ouvir-me?-Às vezes ainda sou o meninoQue adormeceu nos teus olhos;Ainda aperto contra o coraçãoRosas tão brancasComo as que tens na moldura;Ainda oiço a tua voz:Era uma vez uma princesaNo meio do laranjal...Mas - tu sabes - a noite é enorme,E todo o meu corpo cresceu.Eu saí da moldura,Dei às aves os meus olhos a beber.Não me esqueci de nada, mãe.Guardo a tua voz dentro de mim.E deixo as rosas.Boa noite.Eu vou com as aves.Eugénio de Andrade


( imagem do google)PARABÉNS MÃE! "Poema à Mãe"No mais fundo de tiEu sei que te traí, mãe.Tudo porque já não souO menino adormecidoNo fundo dos teus olhos.Tudo porque ignorasQue há leitos onde o frio não se demoraE noites rumorosas de águas matinais.Por isso, às vezes, as palavras que te digoSão duras, mãe,E o nosso amor é infeliz.Tudo porque perdi as rosas brancasQue apertava junto ao coraçãoNo retrato da moldura.Se soubesses como ainda amo as rosas,Talvez não enchesses as horas de pesadelos.Mas tu esqueceste muita coisa;Esqueceste que as minhas pernas cresceram,Que todo o meu corpo cresceu,E até o meu coraçãoFicou enorme, mãe!Olha - queres ouvir-me?-Às vezes ainda sou o meninoQue adormeceu nos teus olhos;Ainda aperto contra o coraçãoRosas tão brancasComo as que tens na moldura;Ainda oiço a tua voz:Era uma vez uma princesaNo meio do laranjal...Mas - tu sabes - a noite é enorme,E todo o meu corpo cresceu.Eu saí da moldura,Dei às aves os meus olhos a beber.Não me esqueci de nada, mãe.Guardo a tua voz dentro de mim.E deixo as rosas.Boa noite.Eu vou com as aves.Eugénio de Andrade

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