talvez jardim, ou sombra de inventar-setalvez punhal, ou golpe de perder-setalvez saudade, ou risco de chorar-seo poema está escrito em tempestade,cobrindo-se, secreto, das palavrasque esperam o mistério de dizer-seo poema é um lago, ou é um espelhoonde mostras e colhes rudementeas tão breves flores do pensamentouma estrela de verão, um estio suaveo cerco que rompemos e nos salvado fantasma cansado destes diaspoema é um segredo imaginadopelas palavras que não foram ditas,um gesto da memória adormecidaquando chega , vem de antigamentecomo se fosse o vinho das palavrasque todos gostaríamos de serpor isso, um poema é um navioque nos trouxe de todas as viagens,o inverno mais frio, só da saudadeorquestra de palavras sem fronteirasque nos dizem por dentro, devagar,completos, inteiros, desvendadosRui Namorado[Laceiras, 5 de Agosto de 2010]
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talvez jardim, ou sombra de inventar-setalvez punhal, ou golpe de perder-setalvez saudade, ou risco de chorar-seo poema está escrito em tempestade,cobrindo-se, secreto, das palavrasque esperam o mistério de dizer-seo poema é um lago, ou é um espelhoonde mostras e colhes rudementeas tão breves flores do pensamentouma estrela de verão, um estio suaveo cerco que rompemos e nos salvado fantasma cansado destes diaspoema é um segredo imaginadopelas palavras que não foram ditas,um gesto da memória adormecidaquando chega , vem de antigamentecomo se fosse o vinho das palavrasque todos gostaríamos de serpor isso, um poema é um navioque nos trouxe de todas as viagens,o inverno mais frio, só da saudadeorquestra de palavras sem fronteirasque nos dizem por dentro, devagar,completos, inteiros, desvendadosRui Namorado[Laceiras, 5 de Agosto de 2010]