Metro espera lançar até ao fim do ano concurso para as linhas da segunda fase

04-07-2010
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Deputados do PS dizem que "nada leva a crer" que a expansão da rede venha a sofrer um novo atraso

Os ingleses chamam-lhe deadline. Para os portugueses, e para os do Grande Porto em particular, o termo de conotação algo fúnebre adequa-se aos sucessivos prazos anunciados, e falhados, para o lançamento do concurso para a expansão da rede de metro do Porto. Abril foi a última data perdida para os atrasos, mas, depois de um período de cautela, a empresa arriscou ontem, pela voz do administrador Jorge Moreno Delgado, apontar um novo horizonte temporal: o final do ano. "Até lá, estaremos em condições de o lançar", afirmou, durante uma visita de deputados do PS e leitos pelo Porto, à obra da linha Dragão-Venda Nova.

Mais do que acompanhar ou mostrar à imprensa o que já se sabia - que a primeira linha de Gondomar segue a bom ritmo, terá a cor laranja e abrirá, essa com grande certeza, até ao final do ano -, a comitiva "rosa" preocupou-se em desmontar os receios de que a segunda fase volte a derrapar no tempo. E apesar de o Ministério das Obras Públicas ter assumido, há poucas semanas, que a expansão do metro está sujeita ao crivo do Plano de Estabilidade e Crescimento, o deputado João Paulo Correia tratou de assegurar que, pelo "diálogo próximo" mantido com o Governo, "nada leva a crer" que seja adiada a escolha do consórcio que vai construir e manter as novas linhas, num investimento de 1200 milhões de euros.

A seu lado, Jorge Moreno Delgado lembrou que, mal tenha as últimas declarações de impacte ambiental, a Metro estará em condições de concluir também o caderno de encargos do concurso. Assumiu que a inexperiência da empresa na avaliação do custo da manutenção da rede é uma das dificuldades a ultrapassar para a definição do preço-base que servirá de referência para os concorrentes, mas garantiu que até Dezembro estes aspectos serão resolvidos.

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A conjuntura económica actual "é difícil", mas não assusta João Paulo Correia ou Moreno Delgado. Como já foi anunciado, quem ganhar a segunda fase do metro vai pagar a obra e a manutenção das linhas, cobrando depois uma renda mensal, restando saber se, na actual situação do sistema bancário, a exigência de juros elevados não se vai reflectir num aumento do preço a pedir à Metro. Um argumento a favor do adiamento? "Não", notou o gestor da Metro, lembrando que, num concurso internacional, e a um ano e meio da sua possível conclusão, os interessados neste negócio não vão, para já, precisar de financiamento.

Polis ao abandono?

A visita dos deputados a Gondomar começou pela observação das obras do Polis, na marginal do Douro. E os deputados não gostaram do que viram - uma casa de banho aberta que alegadamente costuma estar fechada, falta de manutenção dos espaços verdes. A obra ainda não foi entregue à autarquia, mas quer para o presidente da concelhia do PS, Luís Filipe Araújo, quer para o porta-voz dos parlamentares nesta visita, João Paulo Correia, esse facto não justifica o "desinteresse" desta pela empreitada em causa. Um investimento de 15 milhões, com um troço por concluir devido a um litígio judicial, que, segundo o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, não está "abandonado", já que prosseguem obras em duas parcelas. À excepção do troço que está a ser alvo de negociação, o autarca estima que a empreitada esteja concluída em dois meses. Já os equipamentos de apoio, incluindo os WC, vão ser concessionados, estando para tal a ser ultimado um concurso, explicou.

Deputados do PS dizem que "nada leva a crer" que a expansão da rede venha a sofrer um novo atraso

Os ingleses chamam-lhe deadline. Para os portugueses, e para os do Grande Porto em particular, o termo de conotação algo fúnebre adequa-se aos sucessivos prazos anunciados, e falhados, para o lançamento do concurso para a expansão da rede de metro do Porto. Abril foi a última data perdida para os atrasos, mas, depois de um período de cautela, a empresa arriscou ontem, pela voz do administrador Jorge Moreno Delgado, apontar um novo horizonte temporal: o final do ano. "Até lá, estaremos em condições de o lançar", afirmou, durante uma visita de deputados do PS e leitos pelo Porto, à obra da linha Dragão-Venda Nova.

Mais do que acompanhar ou mostrar à imprensa o que já se sabia - que a primeira linha de Gondomar segue a bom ritmo, terá a cor laranja e abrirá, essa com grande certeza, até ao final do ano -, a comitiva "rosa" preocupou-se em desmontar os receios de que a segunda fase volte a derrapar no tempo. E apesar de o Ministério das Obras Públicas ter assumido, há poucas semanas, que a expansão do metro está sujeita ao crivo do Plano de Estabilidade e Crescimento, o deputado João Paulo Correia tratou de assegurar que, pelo "diálogo próximo" mantido com o Governo, "nada leva a crer" que seja adiada a escolha do consórcio que vai construir e manter as novas linhas, num investimento de 1200 milhões de euros.

A seu lado, Jorge Moreno Delgado lembrou que, mal tenha as últimas declarações de impacte ambiental, a Metro estará em condições de concluir também o caderno de encargos do concurso. Assumiu que a inexperiência da empresa na avaliação do custo da manutenção da rede é uma das dificuldades a ultrapassar para a definição do preço-base que servirá de referência para os concorrentes, mas garantiu que até Dezembro estes aspectos serão resolvidos.

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A conjuntura económica actual "é difícil", mas não assusta João Paulo Correia ou Moreno Delgado. Como já foi anunciado, quem ganhar a segunda fase do metro vai pagar a obra e a manutenção das linhas, cobrando depois uma renda mensal, restando saber se, na actual situação do sistema bancário, a exigência de juros elevados não se vai reflectir num aumento do preço a pedir à Metro. Um argumento a favor do adiamento? "Não", notou o gestor da Metro, lembrando que, num concurso internacional, e a um ano e meio da sua possível conclusão, os interessados neste negócio não vão, para já, precisar de financiamento.

Polis ao abandono?

A visita dos deputados a Gondomar começou pela observação das obras do Polis, na marginal do Douro. E os deputados não gostaram do que viram - uma casa de banho aberta que alegadamente costuma estar fechada, falta de manutenção dos espaços verdes. A obra ainda não foi entregue à autarquia, mas quer para o presidente da concelhia do PS, Luís Filipe Araújo, quer para o porta-voz dos parlamentares nesta visita, João Paulo Correia, esse facto não justifica o "desinteresse" desta pela empreitada em causa. Um investimento de 15 milhões, com um troço por concluir devido a um litígio judicial, que, segundo o vice-presidente da Câmara de Gondomar, José Luís Oliveira, não está "abandonado", já que prosseguem obras em duas parcelas. À excepção do troço que está a ser alvo de negociação, o autarca estima que a empreitada esteja concluída em dois meses. Já os equipamentos de apoio, incluindo os WC, vão ser concessionados, estando para tal a ser ultimado um concurso, explicou.

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