Bebedeiras de Jazz: Un Certain Je Ne Sais Quoi*

19-12-2009
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H. Cartier-Bresson - ParisHá qualquer coisa nas pessoas felizes. Dizem-me que não têm história. As pessoas felizes. Mas há qualquer coisa nas pessoas felizes. Que as torna tão atraentemente interessantes. Um 'não sei o quê'. Mas até sei. As pessoas felizes fazem-me sorrir. Sempre. É disso que gosto nas pessoas. Principalmente disso, quero dizer. Do facto de me fazerem sorrir. Por vezes são os peões a quem cedo passagem nas passadeiras... alguns têm um ar tão feliz quando me acenam um agradecimento. E lá sigo viagem. Feliz também. Outras vezes são as pessoas nas lojas. Tratam-me tão bem por estarem felizes. E lá vou eu. Feliz também. Outras vezes é uma carta de um amigo. Está tão feliz. Que a única coisa que posso fazer é sorrir. Outras vezes ainda são os pares de namorados que se cruzam comigo na rua, nas esplanadas, nos restaurantes, nos cinemas. Estão tão felizes. E eu sorrio. Nunca tinha reparado bem nisto. De sorrir a propósito da felicidade dos outros. Um dia destes alguém que passou por mim na rua, sem que eu o visse, disse-me depois que tinha ficado a olhar para mim embasbacado. Eu tinha parado numa passadeira. Passaram dois peões de mão dada. Felizes. Um deles acenou-me em agrdecimento. Eu abri o sorriso. A pessoa que me viu, de fora, disse-me... 'sorriste e estavas tão bonita, sabes?'Talvez eu seja uma destas pessoas. Felizes. * Biréli Lagrène – Gipsy Project (3:25 ) in ‘Move’


H. Cartier-Bresson - ParisHá qualquer coisa nas pessoas felizes. Dizem-me que não têm história. As pessoas felizes. Mas há qualquer coisa nas pessoas felizes. Que as torna tão atraentemente interessantes. Um 'não sei o quê'. Mas até sei. As pessoas felizes fazem-me sorrir. Sempre. É disso que gosto nas pessoas. Principalmente disso, quero dizer. Do facto de me fazerem sorrir. Por vezes são os peões a quem cedo passagem nas passadeiras... alguns têm um ar tão feliz quando me acenam um agradecimento. E lá sigo viagem. Feliz também. Outras vezes são as pessoas nas lojas. Tratam-me tão bem por estarem felizes. E lá vou eu. Feliz também. Outras vezes é uma carta de um amigo. Está tão feliz. Que a única coisa que posso fazer é sorrir. Outras vezes ainda são os pares de namorados que se cruzam comigo na rua, nas esplanadas, nos restaurantes, nos cinemas. Estão tão felizes. E eu sorrio. Nunca tinha reparado bem nisto. De sorrir a propósito da felicidade dos outros. Um dia destes alguém que passou por mim na rua, sem que eu o visse, disse-me depois que tinha ficado a olhar para mim embasbacado. Eu tinha parado numa passadeira. Passaram dois peões de mão dada. Felizes. Um deles acenou-me em agrdecimento. Eu abri o sorriso. A pessoa que me viu, de fora, disse-me... 'sorriste e estavas tão bonita, sabes?'Talvez eu seja uma destas pessoas. Felizes. * Biréli Lagrène – Gipsy Project (3:25 ) in ‘Move’

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