Pululu: Savimbi igual a Hitler?

29-05-2010
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O senhor João Cravinho, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, do Governo português, em entrevista ao Expresso e citada pelo Angonotícias declarou e igualou Savimbi a um monstro africano só parecido com Hitler.O senhor Secretário de Estado tem todo o direito, como cidadão, e só enquanto cidadão, em exprimir a sua opinião. Pode ser contestada, criticada mas todos teremos de a respeitar, mesmo que não concordemos com ela. Mas, enquanto Secretário de Estado de um Governo estrangeiro não tem o direito de dar este tipo de opinião, muito menos publicamente.Caberá, unicamente, aos angolanos exteriorizar o que pensam de Jonas Malheiro Savimbi.Não será um membro de um Governo externo, por sinal filho de um angolano, que deverá opinar e nas condições que o fez.Não insulta quem quer, mas quem tem capacidade para tal. E ao contrário de Orlando Castro, na sua rubrica Alto Hama, não me parece que aquele senhor tenha a mínima capacidade para insultar quem quer que seja, muito menos aqueles que, por esta ou aquela razão gostaram, simpatizaram e continuar a venerar a auréola de Savimbi. É uma forma de estar dos angolanos; salvaguardarem os seus mitos, principalmente depois de mortos e nas condições em que essa ocorreu.E não é um senhor que, paradoxalmente, está num Governo apoiado por um partido que é o suporte primeiro da candidatura de Mário Soares, um dos culpados por não ter havido “um distanciamento [perante Savimbi pelo] que prejudicou muito seriamente as relações entre Portugal e Angola” que vai dizer aos angolanos como devem respeitar, ou não, os seus mortos.E já agora, senhor João Cravinho, talvez não saiba mas chegou a ser pensado em condecorar o senhor Jonas Malheiro Savimbi, e dar-lhe o título de “Herói Nacional” ao abrigo da nova lei-quadro dos títulos honoríficos e condecorações aprovados pela Assembleia Nacional.Por isso senhor Secretário de Estado, tomando a liberdade de utilizar como minhas as palavras de OC permita-me que lhe diga é que Savimbi, “… continuará na História, mau grado as tentativas dos Cravinhos que não fora a sorte de viverem na Europa não conseguiriam aplaudir o que é válido porque teriam medo de cair da árvore.” E isso duvido que venha a acontecer consigo.


O senhor João Cravinho, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, do Governo português, em entrevista ao Expresso e citada pelo Angonotícias declarou e igualou Savimbi a um monstro africano só parecido com Hitler.O senhor Secretário de Estado tem todo o direito, como cidadão, e só enquanto cidadão, em exprimir a sua opinião. Pode ser contestada, criticada mas todos teremos de a respeitar, mesmo que não concordemos com ela. Mas, enquanto Secretário de Estado de um Governo estrangeiro não tem o direito de dar este tipo de opinião, muito menos publicamente.Caberá, unicamente, aos angolanos exteriorizar o que pensam de Jonas Malheiro Savimbi.Não será um membro de um Governo externo, por sinal filho de um angolano, que deverá opinar e nas condições que o fez.Não insulta quem quer, mas quem tem capacidade para tal. E ao contrário de Orlando Castro, na sua rubrica Alto Hama, não me parece que aquele senhor tenha a mínima capacidade para insultar quem quer que seja, muito menos aqueles que, por esta ou aquela razão gostaram, simpatizaram e continuar a venerar a auréola de Savimbi. É uma forma de estar dos angolanos; salvaguardarem os seus mitos, principalmente depois de mortos e nas condições em que essa ocorreu.E não é um senhor que, paradoxalmente, está num Governo apoiado por um partido que é o suporte primeiro da candidatura de Mário Soares, um dos culpados por não ter havido “um distanciamento [perante Savimbi pelo] que prejudicou muito seriamente as relações entre Portugal e Angola” que vai dizer aos angolanos como devem respeitar, ou não, os seus mortos.E já agora, senhor João Cravinho, talvez não saiba mas chegou a ser pensado em condecorar o senhor Jonas Malheiro Savimbi, e dar-lhe o título de “Herói Nacional” ao abrigo da nova lei-quadro dos títulos honoríficos e condecorações aprovados pela Assembleia Nacional.Por isso senhor Secretário de Estado, tomando a liberdade de utilizar como minhas as palavras de OC permita-me que lhe diga é que Savimbi, “… continuará na História, mau grado as tentativas dos Cravinhos que não fora a sorte de viverem na Europa não conseguiriam aplaudir o que é válido porque teriam medo de cair da árvore.” E isso duvido que venha a acontecer consigo.

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