O fenómeno das falsificações de quadros de autores estrangeiros está a emergir em Portugal, com particular intensidade nos últimos dois a três anos, disse esta segunda-feira João Oliveira, coordenador de Investigação Criminal da Directoria de Lisboa da PJ, escreve a Lusa.
Segundo João Oliveira, Portugal funciona actualmente como uma plataforma giratória de saída de obras, mas também como mercado e, se antes o normal seria encontrar falsificações de autores portugueses, agora já começam a ser apreendidas obras de autores estrangeiros.
«O fenómeno das falsificações não é novo e sempre se apreenderam, mas restringia-se aos pintores portugueses ou com grande ligação a Portugal como Arpad Szenes. Talvez Portugal não fosse um mercado apetecível, mas de há uns tempos a esta parte deparamo-nos com uma realidade distinta e já começamos a encontrar obras falsificadas de estrangeiros», frisou o investigador da Polícia Judiciária.
João Oliveira falava durante a apresentação à comunicação social de um conjunto de 130 quadros falsos e assinados por grandes nomes da pintura mundial como Leonardo da Vinci, Kandinsky, Picasso, Modigliani, Miro, Chagall, Matisse, Monet e Vieira da Silva apreendidos pela PJ numa operação intitulada «Caverna do Tesouro».
Segundo o responsável da PJ, esta apreensão feita em casa de uma cidadã nórdica a residir em Cascais, é a maior de sempre efectuada em Portugal e uma das maiores da Europa, reforçando os indícios que apontam para a utilização do país nas grandes rotas internacionais de pintura.
«Arriscamos a dizer que é uma das maiores da Europa, mas dos contactos que temos tido com colegas estrangeiros sabemos que uma apreensão resultante de um acto só e num só local talvez seja a maior da Europa», disse.
João Oliveira adiantou que muitas destas obras agora apreendidas vinham de alguns países da Europa, não tendo sido encontrados na mesma casa originais destes quadros.
A apreensão foi feita na sequência de uma busca domiciliária à residência nos arredores de Lisboa onde foram também encontrados e apreendidos alguns certificados que visavam atestar falsamente a autenticidade dos trabalhos.
A suspeita, adianta a PJ em comunicado, foi detida em flagrante delito e presente ao tribunal, tendo ficado sujeita a apresentações periódicas no posto policial da sua área de residência, proibida de se ausentar do país e obrigada ao pagamento de uma caução.
A Policia Judiciária alerta os eventuais interessados na aquisição de pintura, sobretudo de autores com grande cotação no mercado, para que adotem todas as cautelas no sentido de apurar a sua origem e confirmar a autenticidade antes da conclusão dos negócios, devendo, em caso de dúvida, contactar serviços devidamente especializados.
Por outro lado solicita também o contacto a quem recentemente tenha adquirido em Portugal obras de renomados autores estrangeiros sem se certificar convenientemente da sua autenticidade, a fim de a mesma ser averiguada.
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1VERGONHA LUIS TOCHA - 26 Out 2010 | 10: 45 PORTUGAL É A ROTA DA FALSIFICAÇÃO DE QUADROS E TAMBÉM DE LAVAGEM DE DINHEIRO. ESTES CRIMES TEM MAIS FREQUÊNCIA EM PAÍSES COM DIFICULDADES ECONÓMICAS.
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O fenómeno das falsificações de quadros de autores estrangeiros está a emergir em Portugal, com particular intensidade nos últimos dois a três anos, disse esta segunda-feira João Oliveira, coordenador de Investigação Criminal da Directoria de Lisboa da PJ, escreve a Lusa.
Segundo João Oliveira, Portugal funciona actualmente como uma plataforma giratória de saída de obras, mas também como mercado e, se antes o normal seria encontrar falsificações de autores portugueses, agora já começam a ser apreendidas obras de autores estrangeiros.
«O fenómeno das falsificações não é novo e sempre se apreenderam, mas restringia-se aos pintores portugueses ou com grande ligação a Portugal como Arpad Szenes. Talvez Portugal não fosse um mercado apetecível, mas de há uns tempos a esta parte deparamo-nos com uma realidade distinta e já começamos a encontrar obras falsificadas de estrangeiros», frisou o investigador da Polícia Judiciária.
João Oliveira falava durante a apresentação à comunicação social de um conjunto de 130 quadros falsos e assinados por grandes nomes da pintura mundial como Leonardo da Vinci, Kandinsky, Picasso, Modigliani, Miro, Chagall, Matisse, Monet e Vieira da Silva apreendidos pela PJ numa operação intitulada «Caverna do Tesouro».
Segundo o responsável da PJ, esta apreensão feita em casa de uma cidadã nórdica a residir em Cascais, é a maior de sempre efectuada em Portugal e uma das maiores da Europa, reforçando os indícios que apontam para a utilização do país nas grandes rotas internacionais de pintura.
«Arriscamos a dizer que é uma das maiores da Europa, mas dos contactos que temos tido com colegas estrangeiros sabemos que uma apreensão resultante de um acto só e num só local talvez seja a maior da Europa», disse.
João Oliveira adiantou que muitas destas obras agora apreendidas vinham de alguns países da Europa, não tendo sido encontrados na mesma casa originais destes quadros.
A apreensão foi feita na sequência de uma busca domiciliária à residência nos arredores de Lisboa onde foram também encontrados e apreendidos alguns certificados que visavam atestar falsamente a autenticidade dos trabalhos.
A suspeita, adianta a PJ em comunicado, foi detida em flagrante delito e presente ao tribunal, tendo ficado sujeita a apresentações periódicas no posto policial da sua área de residência, proibida de se ausentar do país e obrigada ao pagamento de uma caução.
A Policia Judiciária alerta os eventuais interessados na aquisição de pintura, sobretudo de autores com grande cotação no mercado, para que adotem todas as cautelas no sentido de apurar a sua origem e confirmar a autenticidade antes da conclusão dos negócios, devendo, em caso de dúvida, contactar serviços devidamente especializados.
Por outro lado solicita também o contacto a quem recentemente tenha adquirido em Portugal obras de renomados autores estrangeiros sem se certificar convenientemente da sua autenticidade, a fim de a mesma ser averiguada.
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1VERGONHA LUIS TOCHA - 26 Out 2010 | 10: 45 PORTUGAL É A ROTA DA FALSIFICAÇÃO DE QUADROS E TAMBÉM DE LAVAGEM DE DINHEIRO. ESTES CRIMES TEM MAIS FREQUÊNCIA EM PAÍSES COM DIFICULDADES ECONÓMICAS.