O Cachimbo de Magritte: Declaração de Independência da América é ilegítima, diz Fernanda Câncio

25-05-2011
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Os devotos de Obama andam furiosos com a devoção de Obama. Então não é que o homem (afinal, parece que é apenas um homem...) falou em Deus e jurou sobre a Bíblia? Coisa "irracional" e "ilegítima", diz Fernanda Câncio, pois é reconhecer um poder acima da própria Constituição. Está certo. Impugnem-se, pois, as tomadas de posse dos últimos 43 Presidentes que juraram sobre a Bíblia. O Kennedy também? Sobretudo esse, que se fartou de vir com Deus a torto e a direito no "inaugural address". A Marylin não desculpa tudo.Já agora, impugne-se também a independência americana, essa irracional ilegitimidade. Como é que a Declaração se atreve a afirmar, contra o imperativo canciano, "that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness"? Sim, como é que os founding fathers se atrevem a desrespeitar de tal modo os ateus, os melancólicos e os coleccionadores de selos? E ainda rematam que "for the support of this Declaration, with a firm reliance on the protection of divine Providence, we mutually pledge to each other our Lives, our Fortunes and our sacred Honor"!Creator?! Divine Providence?! Sacred Honor?! Mas estamos a brincar às igrejinhas ou a fundar uma democracia?


Os devotos de Obama andam furiosos com a devoção de Obama. Então não é que o homem (afinal, parece que é apenas um homem...) falou em Deus e jurou sobre a Bíblia? Coisa "irracional" e "ilegítima", diz Fernanda Câncio, pois é reconhecer um poder acima da própria Constituição. Está certo. Impugnem-se, pois, as tomadas de posse dos últimos 43 Presidentes que juraram sobre a Bíblia. O Kennedy também? Sobretudo esse, que se fartou de vir com Deus a torto e a direito no "inaugural address". A Marylin não desculpa tudo.Já agora, impugne-se também a independência americana, essa irracional ilegitimidade. Como é que a Declaração se atreve a afirmar, contra o imperativo canciano, "that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty and the pursuit of Happiness"? Sim, como é que os founding fathers se atrevem a desrespeitar de tal modo os ateus, os melancólicos e os coleccionadores de selos? E ainda rematam que "for the support of this Declaration, with a firm reliance on the protection of divine Providence, we mutually pledge to each other our Lives, our Fortunes and our sacred Honor"!Creator?! Divine Providence?! Sacred Honor?! Mas estamos a brincar às igrejinhas ou a fundar uma democracia?

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