«A decisão, em 4-8-2009, sobre as listas de candidatos do PSD à Assembleia da República motivou discussão acesa. A discussão não parece incidir sobre o tema sensível da candidatura de políticos arguidos, mas sobre a exclusão das listas de opositores declarados, e mais encapotados, da Dra. Manuela Ferreira Leite. Do Portugal Profundo não se lerá uma linha de apoio à inclusão nas listas de políticos arguidos de crimes de relevo, como é o caso de António Preto e Helena Lopes da Costa, algo que é contrário aos princípios da Democracia Directa que defendemos. Mas aqui é escrito que é útil e pedagógica a separação que a Dra. Ferreira Leite fez das águas, que, não só corriam separadas, como as transparentes do rio Negro e as barrentas do rio Solimões, mas numa pororoca estridente ou surda, em sentido contrário. É muito vantajosa a clarificação da linha política do PSD, que não pode ser uma amálgama de interesses, alguns deles promíscuos com o socialismo socratino. Não é possível servir dois senhores ao mesmo tempo: o socratismo nos negócios e o PSD nos lugares. Quem não concorda, assuma os riscos da oposição e demita-se, como muito bem disse o dr. Alberto João Jardim, em 6-8-2009. Não é possível dirigir de modo seguro um barco no meio de águas turvas.Esta decisão de afastamento dos interesses relacionados com o socialismo socratino procede também contra a tentação bloco-centralista de um governo PSD-PS.» António Balbino Caldeira, Do Portugal Profundo
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«A decisão, em 4-8-2009, sobre as listas de candidatos do PSD à Assembleia da República motivou discussão acesa. A discussão não parece incidir sobre o tema sensível da candidatura de políticos arguidos, mas sobre a exclusão das listas de opositores declarados, e mais encapotados, da Dra. Manuela Ferreira Leite. Do Portugal Profundo não se lerá uma linha de apoio à inclusão nas listas de políticos arguidos de crimes de relevo, como é o caso de António Preto e Helena Lopes da Costa, algo que é contrário aos princípios da Democracia Directa que defendemos. Mas aqui é escrito que é útil e pedagógica a separação que a Dra. Ferreira Leite fez das águas, que, não só corriam separadas, como as transparentes do rio Negro e as barrentas do rio Solimões, mas numa pororoca estridente ou surda, em sentido contrário. É muito vantajosa a clarificação da linha política do PSD, que não pode ser uma amálgama de interesses, alguns deles promíscuos com o socialismo socratino. Não é possível servir dois senhores ao mesmo tempo: o socratismo nos negócios e o PSD nos lugares. Quem não concorda, assuma os riscos da oposição e demita-se, como muito bem disse o dr. Alberto João Jardim, em 6-8-2009. Não é possível dirigir de modo seguro um barco no meio de águas turvas.Esta decisão de afastamento dos interesses relacionados com o socialismo socratino procede também contra a tentação bloco-centralista de um governo PSD-PS.» António Balbino Caldeira, Do Portugal Profundo