O Cachimbo de Magritte: "Patriotismo"

23-12-2009
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Sócrates disse ontem ao PSD, na Assembleia da República, a propósito do célebre relatório da DCOE (chamemos-lhe assim): "Os senhores não suportam o sucesso do país." Há alguma coisa que vai mal com Sócrates, para lhe sair uma destas. Dá a sensação que se está nas tintas para o país.Não é só ele, de resto. Na Visão (comprei a Visão a pensar que estava a comprar a Sábado), há uma informação importante. Cândida Almeida, directora do DCIAP, encontrou-se a 17 de Novembro com elementos da polícia inglesa em Haia. Quando foi confrontada com o célebre DVD, escrevem Tiago Fernandes e Ricardo Fonseca (p. 26), "torceu de imediato o nariz perante esta exposição, alegando que, à luz da lei portuguesa, aquele material nunca seria admitido no processo. Para isso, a gravação da conversa deveria ter sido autorizada por um juíz. A directora do DCIAP recusou, também, a criação de uma equipa mista, com o propósito de investigar a conduta do primeiro-ministro português. Indignada [sublinho: "Indignada"], terá mesmo afirmado que jamais admitiria a interferência de uma polícia estrangeira numa investigação a um chefe de Governo".Ou muito me engano, ou, nos tempos que se aproximam, vamos ouvir falar muito de "patriotismo".


Sócrates disse ontem ao PSD, na Assembleia da República, a propósito do célebre relatório da DCOE (chamemos-lhe assim): "Os senhores não suportam o sucesso do país." Há alguma coisa que vai mal com Sócrates, para lhe sair uma destas. Dá a sensação que se está nas tintas para o país.Não é só ele, de resto. Na Visão (comprei a Visão a pensar que estava a comprar a Sábado), há uma informação importante. Cândida Almeida, directora do DCIAP, encontrou-se a 17 de Novembro com elementos da polícia inglesa em Haia. Quando foi confrontada com o célebre DVD, escrevem Tiago Fernandes e Ricardo Fonseca (p. 26), "torceu de imediato o nariz perante esta exposição, alegando que, à luz da lei portuguesa, aquele material nunca seria admitido no processo. Para isso, a gravação da conversa deveria ter sido autorizada por um juíz. A directora do DCIAP recusou, também, a criação de uma equipa mista, com o propósito de investigar a conduta do primeiro-ministro português. Indignada [sublinho: "Indignada"], terá mesmo afirmado que jamais admitiria a interferência de uma polícia estrangeira numa investigação a um chefe de Governo".Ou muito me engano, ou, nos tempos que se aproximam, vamos ouvir falar muito de "patriotismo".

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