Ser do Bloco é como pertencer a uma seita religiosa fundamentalista. É aceitar um conjunto de cânones e de valores supremos que devem orientar a vida, em quaisquer circunstâncias, mesmo quando alguns desses cânones desafiam a razão e conduzem ao confronto com a comunidade. Nessa altura, o crente trata o descrente como um herege e mostra-se pronto a sacar da guilhotina.Repare-se nesta linguagem de Daniel Oliveira, membro confesso da seita:Porque é do Bloco que sou militante, porque os erros do Bloco são erros meus, porque é com o Bloco que tenho de ser mais exigente, é com o Bloco que estou mais desiludido.Revela-se aqui um princípio de fé. A seita é o povo eleito e errar, a mais humana das fraquezas, torna-se uma tortura e um elemento de excomunhão. Erramos, agora vamos para o inferno, não há qualquer sentido de utilitarianismo e de perdão.É por isso que os textos de Daniel Oliveira são uma constante denúncia de hereges. Só na primeira página do seu blogue, refere-se desprimorosamente a:Dias LoureiroManuel SebastiãoHenrique RaposoCavaco SilvaVictor ConstâncioLuís Miguel VianaMaria de Lurdes RodriguesAlberto João JardimJorge CoelhoE até pessoas que ele deve conhecer de perto e tratar por tu, como:Sarah PalinHillary ClintonPelo menos aqui, no Portugal Contemporâneo, só “desprimoramos” um avatar, que dá pelo nome de Dragão e que aprendeu a papaguear palavrões. Somos muito mais liberais (tolerantes).
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Ser do Bloco é como pertencer a uma seita religiosa fundamentalista. É aceitar um conjunto de cânones e de valores supremos que devem orientar a vida, em quaisquer circunstâncias, mesmo quando alguns desses cânones desafiam a razão e conduzem ao confronto com a comunidade. Nessa altura, o crente trata o descrente como um herege e mostra-se pronto a sacar da guilhotina.Repare-se nesta linguagem de Daniel Oliveira, membro confesso da seita:Porque é do Bloco que sou militante, porque os erros do Bloco são erros meus, porque é com o Bloco que tenho de ser mais exigente, é com o Bloco que estou mais desiludido.Revela-se aqui um princípio de fé. A seita é o povo eleito e errar, a mais humana das fraquezas, torna-se uma tortura e um elemento de excomunhão. Erramos, agora vamos para o inferno, não há qualquer sentido de utilitarianismo e de perdão.É por isso que os textos de Daniel Oliveira são uma constante denúncia de hereges. Só na primeira página do seu blogue, refere-se desprimorosamente a:Dias LoureiroManuel SebastiãoHenrique RaposoCavaco SilvaVictor ConstâncioLuís Miguel VianaMaria de Lurdes RodriguesAlberto João JardimJorge CoelhoE até pessoas que ele deve conhecer de perto e tratar por tu, como:Sarah PalinHillary ClintonPelo menos aqui, no Portugal Contemporâneo, só “desprimoramos” um avatar, que dá pelo nome de Dragão e que aprendeu a papaguear palavrões. Somos muito mais liberais (tolerantes).