PALAVROSSAVRVS REX: DIAS LOUREIRO TRESANDA A FACTOS

05-08-2010
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Nunca gostei de Dias Loureiro, se, em política, podemos ter bom gostoe apreciar o produto humano, a acção e o discurso, como de igual modoapreciamos ou não um bom filme e uma música que nos toque ou não toque nada.O instinto e um sentido muito apurado para avaliar caracteresdeterminou, assim o quis a química e as ondas hertzianas,que aquilo nunca me tivesse beneficiado de qualquer benevolência.O certo é que em Portugal o Estado de Direito agoniza, vitimado pela escóriade uma gente sem escrúpulos, cega, surda e muda, ou na miséria moralda mais grosseira e sistémica pedofilia na grande parte provavelmente impune ou na sordidez dos altos negócios ocultos na Banca com que se escarnece dos cidadãos e da Justiça e que ficará em grande parte provavelmente impune também.lkjPor isso, num momento em que todo o Portugal, mormente o do jornalismo tantas vezes tendencioso, exige uma testa decente ao investigadoManuel Dias Loureiro e a não obtém de todo [por que se não demite de conselheiro de Estado?], em que este encosta Cavaco Silvaa qualquer parede misteriosa neutral que não sabemos, é sintomáticoque este bafejado milionário e condutor de Porches da política não se manque.Nessa medida, apetece-me em conformidade conceder às palavras de Alfredo Barroso, que também não é nenhuma virgem pudica, mas também não é de certeza um milionário da política e um condutor de Porches, a pertinência que têm, quando a um tempo fustiga o lado do fragilizado conselheiro e o lado caváquico, um lado fraco e indirectamente entalado, diga-se, em toda a questão ou não fossem as amizades também uma intrincada cumplicidade de silêncios:lkj«Ora, é um facto que o doutor Dias Loureiro foi um dos colaboradores mais próximos do professor Cavaco Silva, no PSD e no Governo. É um facto que o doutor Dias Loureiro é um dos cinco conselheiros de Estado designados pelo actual Presidente da República. É um facto que o doutor Dias Loureiro tem andado a fazer em público uma triste figura. É um facto que a triste figura que ele anda a fazer incomoda muito o Chefe do Estado.lkjIsto são factos do domínio público, e não insinuações urdidas por conspiradores que só querem o mal da Pátria, da República e do professor Cavaco Silva. O Chefe do Estado não pode ser julgado pelos amigos que tem, mas tem a obrigação de os pôr na ordem e demarcar-se deles quando fazem em público tristes figuras. Sejam eles o doutor Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira e líder do PSD na Região, ou o doutor Manuel Dias Loureiro, conselheiro de Estado e ex-secretário-geral do PSD.lkjEm democracia, ninguém está acima de qualquer crítica ou de qualquer suspeita. Nem mesmo o Chefe do Estado, seja ele quem for. O professor Cavaco não é uma flor de estufa. E o doutor Dias Loureiro não é flor que se cheire. Bem podem os seus apoiantes mais caninos desfazer-se em insultos. Os cães de Pavlov ladram e a caravana passa.»lkjAlfredo Barroso, in Sorumbático


Nunca gostei de Dias Loureiro, se, em política, podemos ter bom gostoe apreciar o produto humano, a acção e o discurso, como de igual modoapreciamos ou não um bom filme e uma música que nos toque ou não toque nada.O instinto e um sentido muito apurado para avaliar caracteresdeterminou, assim o quis a química e as ondas hertzianas,que aquilo nunca me tivesse beneficiado de qualquer benevolência.O certo é que em Portugal o Estado de Direito agoniza, vitimado pela escóriade uma gente sem escrúpulos, cega, surda e muda, ou na miséria moralda mais grosseira e sistémica pedofilia na grande parte provavelmente impune ou na sordidez dos altos negócios ocultos na Banca com que se escarnece dos cidadãos e da Justiça e que ficará em grande parte provavelmente impune também.lkjPor isso, num momento em que todo o Portugal, mormente o do jornalismo tantas vezes tendencioso, exige uma testa decente ao investigadoManuel Dias Loureiro e a não obtém de todo [por que se não demite de conselheiro de Estado?], em que este encosta Cavaco Silvaa qualquer parede misteriosa neutral que não sabemos, é sintomáticoque este bafejado milionário e condutor de Porches da política não se manque.Nessa medida, apetece-me em conformidade conceder às palavras de Alfredo Barroso, que também não é nenhuma virgem pudica, mas também não é de certeza um milionário da política e um condutor de Porches, a pertinência que têm, quando a um tempo fustiga o lado do fragilizado conselheiro e o lado caváquico, um lado fraco e indirectamente entalado, diga-se, em toda a questão ou não fossem as amizades também uma intrincada cumplicidade de silêncios:lkj«Ora, é um facto que o doutor Dias Loureiro foi um dos colaboradores mais próximos do professor Cavaco Silva, no PSD e no Governo. É um facto que o doutor Dias Loureiro é um dos cinco conselheiros de Estado designados pelo actual Presidente da República. É um facto que o doutor Dias Loureiro tem andado a fazer em público uma triste figura. É um facto que a triste figura que ele anda a fazer incomoda muito o Chefe do Estado.lkjIsto são factos do domínio público, e não insinuações urdidas por conspiradores que só querem o mal da Pátria, da República e do professor Cavaco Silva. O Chefe do Estado não pode ser julgado pelos amigos que tem, mas tem a obrigação de os pôr na ordem e demarcar-se deles quando fazem em público tristes figuras. Sejam eles o doutor Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da Madeira e líder do PSD na Região, ou o doutor Manuel Dias Loureiro, conselheiro de Estado e ex-secretário-geral do PSD.lkjEm democracia, ninguém está acima de qualquer crítica ou de qualquer suspeita. Nem mesmo o Chefe do Estado, seja ele quem for. O professor Cavaco não é uma flor de estufa. E o doutor Dias Loureiro não é flor que se cheire. Bem podem os seus apoiantes mais caninos desfazer-se em insultos. Os cães de Pavlov ladram e a caravana passa.»lkjAlfredo Barroso, in Sorumbático

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