PALAVROSSAVRVS REX: LECH KACZYNSKI, NEGRA SINA

05-08-2010
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Há certas coisas que não deveriam estar a acontecer. Entrar em Tupolev-154 para voar, talvez. Talvez argumentar com o nevoeiro para explicar acidentes aéreos e sobretudo uma razia de altos dirigentes de um só país na armadilha de um avião com ar à civil. Num mundo cada vez mais esquisito e assimétrico, fica a saber-se que o antipático (cada qual é como era!) e eurorresistente (dez pontos a favor!) Lech Kaczynski, Presidente da Polónia, foi obrigado a morrer, hoje, por um grave acidente aéreo. Morre, em plena assunção revisionista russa dos sórdidos crimes estalinistas, com os quais certa Esquerda portuguesa deveria limpar as mãos à parede e segurar melhor as fraldas repletas. Morre, antes de poder concretamente evocar a morte de milhares de oficiais polacos massacrados pelo exército vermelho, em Katyn, 1940, Segunda Guerra Mundial, matéria sobre que oiço narrativas há vinte anos. Manifesto azar ou sina ou outra coisa qualquer que os serviços secretos certamente explicariam, não era suposto perecer Kaczynski e a sua comitiva de altíssimos responsáveis polacos, na viagem a Smolensk, Rússia, onde iriam participar numa cerimónia de homenagem aos oficiais chacinados. Há aqui qualquer coisa de muito mais estranho que a naturalidade de mais um acidente aéreo, ainda que com um Tupolev. Há muito que o nevoeiro não constitui qualquer problema nas viagens aéreas, salvo avarias sérias que o transformem num.


Há certas coisas que não deveriam estar a acontecer. Entrar em Tupolev-154 para voar, talvez. Talvez argumentar com o nevoeiro para explicar acidentes aéreos e sobretudo uma razia de altos dirigentes de um só país na armadilha de um avião com ar à civil. Num mundo cada vez mais esquisito e assimétrico, fica a saber-se que o antipático (cada qual é como era!) e eurorresistente (dez pontos a favor!) Lech Kaczynski, Presidente da Polónia, foi obrigado a morrer, hoje, por um grave acidente aéreo. Morre, em plena assunção revisionista russa dos sórdidos crimes estalinistas, com os quais certa Esquerda portuguesa deveria limpar as mãos à parede e segurar melhor as fraldas repletas. Morre, antes de poder concretamente evocar a morte de milhares de oficiais polacos massacrados pelo exército vermelho, em Katyn, 1940, Segunda Guerra Mundial, matéria sobre que oiço narrativas há vinte anos. Manifesto azar ou sina ou outra coisa qualquer que os serviços secretos certamente explicariam, não era suposto perecer Kaczynski e a sua comitiva de altíssimos responsáveis polacos, na viagem a Smolensk, Rússia, onde iriam participar numa cerimónia de homenagem aos oficiais chacinados. Há aqui qualquer coisa de muito mais estranho que a naturalidade de mais um acidente aéreo, ainda que com um Tupolev. Há muito que o nevoeiro não constitui qualquer problema nas viagens aéreas, salvo avarias sérias que o transformem num.

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