O Cachimbo de Magritte: George W. Bush, os neo-liberais e os outros

29-05-2010
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Quem ande por aí a ler e a ouvir muito do que escreve e diz sobre a actual crise financeira norte-americana, com ramificações um pouco por tudo o que são economias "desenvolvidas" e "emergentes" só pode pensar que aquilo a que assistimos é culpa de George W. Bush e, às vezes, de Ronald Reagan. E no entanto, pelo meio, durante oito anos, Bill Clinton foi cúmplice da economia de mercado, "neo-liberal" e/ou de "casino" que agora nos aparece em profunda crise. Como se não bastasse, vale a pena recordar que Alan Greenspan foi presidente da Reserva Federal durante décadas (1987-2006). No espaço de quase uma geração optou por uma política de redução sistemática das taxas de juro cada vez que no horizonte surgia o mínimo sinal de recessão económica nos EUA.Esta livre escolha teve, a médio-longo prazo, consequências negativas tão óbvias no sistema monetário e financeiro norte-americano que me abstenho de enunciá-las e explicá-las. Visto isto, penso que não é preciso dizer mais nada sobre a honestidade intelectual de muitos "comentadores" e "analistas" de coisas da economia e sobre a relevância de parte importante dos pseudo factos e argumentos que por aí se ouvem.


Quem ande por aí a ler e a ouvir muito do que escreve e diz sobre a actual crise financeira norte-americana, com ramificações um pouco por tudo o que são economias "desenvolvidas" e "emergentes" só pode pensar que aquilo a que assistimos é culpa de George W. Bush e, às vezes, de Ronald Reagan. E no entanto, pelo meio, durante oito anos, Bill Clinton foi cúmplice da economia de mercado, "neo-liberal" e/ou de "casino" que agora nos aparece em profunda crise. Como se não bastasse, vale a pena recordar que Alan Greenspan foi presidente da Reserva Federal durante décadas (1987-2006). No espaço de quase uma geração optou por uma política de redução sistemática das taxas de juro cada vez que no horizonte surgia o mínimo sinal de recessão económica nos EUA.Esta livre escolha teve, a médio-longo prazo, consequências negativas tão óbvias no sistema monetário e financeiro norte-americano que me abstenho de enunciá-las e explicá-las. Visto isto, penso que não é preciso dizer mais nada sobre a honestidade intelectual de muitos "comentadores" e "analistas" de coisas da economia e sobre a relevância de parte importante dos pseudo factos e argumentos que por aí se ouvem.

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