Cravo de Abril: SILÊNCIOS...

25-05-2011
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Foi grande o ruído em torno da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim pelo facto de a garota que aparecia a cantar não ser a que cantava...Os propagandistas do costume viram nisso um atentado... aos direitos humanos ou coisa parecida e, juntando esse «crime» ao que já anteriormente haviam «denunciado» - a comparação entre o realizador da cerimónia de abertura e a propagandista do regime nazi, Leni Rifensthal - fartaram-se de propagandear os dois «atentados».Depois, cumprida a tarefa, mudaram de tema propagandístico.E tão profundo foi o silêncio em que mergulharam que dir-se-ia estarem a bater-se à medalha de ouro da modalidade com a líder do PSD...Foi por isso, certamente, que deixaram passar sem comentários - em silêncio, portanto - uma curiosa notícia entretanto chegada.O Director da Orquestra Sinfónica de Sidney informou há dias que, no concerto de abertura dos Jogos Olímpicos realizados naquela cidade, no ano 2000, quem, de facto, excutou a peça por toda a gente atribuída à sua Orquestra, foi a Orquestra Sinfónica de Melbourne...Facto que, para os propagandistas do costume, pelos vistos, nada tem de recriminável: pela simples razão de que ocorreu em Sidney e não em Pequim...Outra notícia incapaz de arrancar esses propagandistas do olímpico silêncio a que se entregaram foi a que chegou dos EUA - e que é notícia de monta, susceptível mesmo de, em circunstâncias normais, ser manchete de todos os média à escala planetária.Se não vejamos: diz a sensacionalíssima notícia que, afinal, os vencedores dos Jogos Olímpicos de Pequim foram os EUA e não a China!!!!!...A que se deve esta reviravolta espectacular ocorrida depois de os Jogos terem encerrado?Ao simples facto de quem tem poder para decidir sobre a matéria ter decidido que assim era, ou seja: os importantes jornais Washington Post e New York Times - que, como se sabe, são quem dá cartas em matéria de «informação» para o mundo - decidiram alterar os critérios desde sempre estabelecidos pelo Comité Olímpico Internacional e estabelecer e aplicar novos critérios.Assim: acham os dois referidos jornais que,1 - as medalhas, sejam de ouro, de prata ou de broze, têm todas o mesmo valor; e2- deve ganhar os JO o país que mais medalhas conquistar.Ora, feitas as contas pelos dois periódicos, o resultado não deixa margem para qualquer dúvida:os EUA com mais dez medalhas do que a China foram os «vencedores das Olimpíadas de Pequim».É certo que a China conquistou mais quinze medalhas de ouro do que os EUA - facto que nenhum dos dois jornais nega, ou não estivessemos perante órgãos de comunicação social para os quais o rigor informativo e o respeito pelos direitos democráticos dos leitores, são princípios intocáveis...Mas, dizia eu, sobre «isto» os tais propagandistas de costume silenciam...


Foi grande o ruído em torno da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim pelo facto de a garota que aparecia a cantar não ser a que cantava...Os propagandistas do costume viram nisso um atentado... aos direitos humanos ou coisa parecida e, juntando esse «crime» ao que já anteriormente haviam «denunciado» - a comparação entre o realizador da cerimónia de abertura e a propagandista do regime nazi, Leni Rifensthal - fartaram-se de propagandear os dois «atentados».Depois, cumprida a tarefa, mudaram de tema propagandístico.E tão profundo foi o silêncio em que mergulharam que dir-se-ia estarem a bater-se à medalha de ouro da modalidade com a líder do PSD...Foi por isso, certamente, que deixaram passar sem comentários - em silêncio, portanto - uma curiosa notícia entretanto chegada.O Director da Orquestra Sinfónica de Sidney informou há dias que, no concerto de abertura dos Jogos Olímpicos realizados naquela cidade, no ano 2000, quem, de facto, excutou a peça por toda a gente atribuída à sua Orquestra, foi a Orquestra Sinfónica de Melbourne...Facto que, para os propagandistas do costume, pelos vistos, nada tem de recriminável: pela simples razão de que ocorreu em Sidney e não em Pequim...Outra notícia incapaz de arrancar esses propagandistas do olímpico silêncio a que se entregaram foi a que chegou dos EUA - e que é notícia de monta, susceptível mesmo de, em circunstâncias normais, ser manchete de todos os média à escala planetária.Se não vejamos: diz a sensacionalíssima notícia que, afinal, os vencedores dos Jogos Olímpicos de Pequim foram os EUA e não a China!!!!!...A que se deve esta reviravolta espectacular ocorrida depois de os Jogos terem encerrado?Ao simples facto de quem tem poder para decidir sobre a matéria ter decidido que assim era, ou seja: os importantes jornais Washington Post e New York Times - que, como se sabe, são quem dá cartas em matéria de «informação» para o mundo - decidiram alterar os critérios desde sempre estabelecidos pelo Comité Olímpico Internacional e estabelecer e aplicar novos critérios.Assim: acham os dois referidos jornais que,1 - as medalhas, sejam de ouro, de prata ou de broze, têm todas o mesmo valor; e2- deve ganhar os JO o país que mais medalhas conquistar.Ora, feitas as contas pelos dois periódicos, o resultado não deixa margem para qualquer dúvida:os EUA com mais dez medalhas do que a China foram os «vencedores das Olimpíadas de Pequim».É certo que a China conquistou mais quinze medalhas de ouro do que os EUA - facto que nenhum dos dois jornais nega, ou não estivessemos perante órgãos de comunicação social para os quais o rigor informativo e o respeito pelos direitos democráticos dos leitores, são princípios intocáveis...Mas, dizia eu, sobre «isto» os tais propagandistas de costume silenciam...

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