Cravo de Abril: É PELO SONHO QUE LUTAMOS

31-05-2010
marcar artigo


O anticomunismo constitui o mais relevante capítulo da multifacetada história da repressão e da violência postas ao serviço da velha sociedade baseada na exploração do homem pelo homem e contra a sociedade nova, liberta de todas as formas de opressão e de exploração.Por efeito de uma longa experiência, o anticomunismo assume as expressões adequadas a cada momento, ora recorrendo à brutalidade, às prisões, às torturas, aos assassinatos (quando as circunstâncias o exigem e permitem), ora exibindo a mistificadora máscara democrática (quando as circunstâncias o permitem e exigem).Foi assim que a ditadura salazarista - sistema capitalista servido por um regime fascista - diabolizando o comunismo e os comunistas, perseguiu, prendeu, torturou, assassinou milhares de comunistas - procurando liquidar a resistência e assegurar a brutal exploração a que submetia os trabalhadores portugueses.E foi assim que, derrotado o fascismo, o anticomunismo recorreu à sua máscara democrática e na nova situação criada - sistema capitalista servido por um regime de democracia burguesa - fez do PCP o inimigo a abater, de forma a melhor prosseguir a sua acção exploradora, desprezando e violando direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos - mas fazendo-o democraticamente e em liberdade...O anticomunismo é velho: nasceu há 160 anos, no dia em que o Manifesto do Partido Comunista fez tremer os donos do mundo de então, ao demonstrar inequivocamente que havia uma alternativa à sociedade VELHA, opressora e exploradora - e que essa alternativa era a sociedade NOVA, sem exploradores nem explorados, socialista, comunista.Foi nesse dia que nasceu - fruto do medo do futuro - o anticomunismo e, com ele e para começar, as patranhas ampla e intensamente difundidas sobre os malandros dos comunistas, que comiam criancinhas e matavam os velhos com uma injecção atrás da orelha... - argumento ainda hoje utilizado, aliás, como vimos nas campanhas dos recentes referendos da Venezuela e da Bolívia, onde os que o utilizaram visavam, em primeiro lugar, as democracias em construção naqueles dois países latino-americanos.Quer isto dizer que o anticomunismo é - em primeiro lugar, acima de tudo e sempre - antidemocrático.Ignorar ou negar esta verdade constitui perigo grave para a democracia e para todos - sublinho: TODOS! - os democratas.Como a História nos mostra, sempre que os democratas não-comunistas igoraram esta realidade, a democracia sofreu pesadas derrotas: primeiro, levaram os comunistas, mas eu não me importei porque não era comunista... - escreveu Brecht, certeiro e luminar.É claro que os mandantes, os produtores e os difusores do anticomunismo sabem que travam uma guerra que, apesar de vitoriosa em muitas batalhas, está irremediavelmente condenada à derrota.Porque sabem que lutam contra um inimigo que - porque portador do mais humano e do mais belo de todos os ideais - traz consigo o Futuro: o Sonho de liberdade, justiça social, paz, solidariedade, fraternidade - e a determinação revolucionária de lutar, lutar sempre, até à concretização desse Sonho.E também essa determinação revolucionária (expressa nesses precisos termos) nasceu há 160 anos...No cadastro policial de Marx, encontra-se uma anotação, feita por um oficial prussiano, que define «o sujeito em questão» como «extremamente perigoso».E o referido oficial explica as razões do «perigo»:«Marx é um sonhador que pensa e um pensador que sonha».Por mim, aceito esta definição de comunista - verdadeira há 160 anos; verdadeira hoje, verdadeira daqui por 160 anos...


O anticomunismo constitui o mais relevante capítulo da multifacetada história da repressão e da violência postas ao serviço da velha sociedade baseada na exploração do homem pelo homem e contra a sociedade nova, liberta de todas as formas de opressão e de exploração.Por efeito de uma longa experiência, o anticomunismo assume as expressões adequadas a cada momento, ora recorrendo à brutalidade, às prisões, às torturas, aos assassinatos (quando as circunstâncias o exigem e permitem), ora exibindo a mistificadora máscara democrática (quando as circunstâncias o permitem e exigem).Foi assim que a ditadura salazarista - sistema capitalista servido por um regime fascista - diabolizando o comunismo e os comunistas, perseguiu, prendeu, torturou, assassinou milhares de comunistas - procurando liquidar a resistência e assegurar a brutal exploração a que submetia os trabalhadores portugueses.E foi assim que, derrotado o fascismo, o anticomunismo recorreu à sua máscara democrática e na nova situação criada - sistema capitalista servido por um regime de democracia burguesa - fez do PCP o inimigo a abater, de forma a melhor prosseguir a sua acção exploradora, desprezando e violando direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos - mas fazendo-o democraticamente e em liberdade...O anticomunismo é velho: nasceu há 160 anos, no dia em que o Manifesto do Partido Comunista fez tremer os donos do mundo de então, ao demonstrar inequivocamente que havia uma alternativa à sociedade VELHA, opressora e exploradora - e que essa alternativa era a sociedade NOVA, sem exploradores nem explorados, socialista, comunista.Foi nesse dia que nasceu - fruto do medo do futuro - o anticomunismo e, com ele e para começar, as patranhas ampla e intensamente difundidas sobre os malandros dos comunistas, que comiam criancinhas e matavam os velhos com uma injecção atrás da orelha... - argumento ainda hoje utilizado, aliás, como vimos nas campanhas dos recentes referendos da Venezuela e da Bolívia, onde os que o utilizaram visavam, em primeiro lugar, as democracias em construção naqueles dois países latino-americanos.Quer isto dizer que o anticomunismo é - em primeiro lugar, acima de tudo e sempre - antidemocrático.Ignorar ou negar esta verdade constitui perigo grave para a democracia e para todos - sublinho: TODOS! - os democratas.Como a História nos mostra, sempre que os democratas não-comunistas igoraram esta realidade, a democracia sofreu pesadas derrotas: primeiro, levaram os comunistas, mas eu não me importei porque não era comunista... - escreveu Brecht, certeiro e luminar.É claro que os mandantes, os produtores e os difusores do anticomunismo sabem que travam uma guerra que, apesar de vitoriosa em muitas batalhas, está irremediavelmente condenada à derrota.Porque sabem que lutam contra um inimigo que - porque portador do mais humano e do mais belo de todos os ideais - traz consigo o Futuro: o Sonho de liberdade, justiça social, paz, solidariedade, fraternidade - e a determinação revolucionária de lutar, lutar sempre, até à concretização desse Sonho.E também essa determinação revolucionária (expressa nesses precisos termos) nasceu há 160 anos...No cadastro policial de Marx, encontra-se uma anotação, feita por um oficial prussiano, que define «o sujeito em questão» como «extremamente perigoso».E o referido oficial explica as razões do «perigo»:«Marx é um sonhador que pensa e um pensador que sonha».Por mim, aceito esta definição de comunista - verdadeira há 160 anos; verdadeira hoje, verdadeira daqui por 160 anos...

marcar artigo