Cravo de Abril: ANTES PELO CONTRÁRIO

21-05-2011
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Sem princípios nem ponta de vergonha, a ofensiva ideológica capitalista corre à rédea solta por todos os esgotos que alimentam a política de direita.Sinais escandalosos dessa ofensiva marcaram presença nos testes dos exames de História do 12º ano. Trata-se de grosseiras provocações, de uma abjecta manipulação de consciências, de torpes insultos à inteligência e à sensibilidade dos cidadãos.Na Prova de História A - num grupo significativamente designado por «o estalinismo e a afirmação do expansionismo soviético» - os alunos devem «interpretar» textos de Stáline e de Kennedy.No texto de Stáline, é-lhes exigido que procedam à «identificação de três práticas políticas do estalinismo», sendo-lhes indicado um volumoso rol de exemplos, género: «campanhas de depuração/purgas», «trabalhos forçados», etc...Do texto de Kennedy devem, primeiro, concluir que o pobre e bom homem «agia preocupado com o expansionismo soviético» e , a seguir, devem proceder a uma «análise profunda sobre o expansionismo soviético».No grupo designado «integração e participação de Portugal no projecto europeu» é o inevitável Mário Soares quem dá as cartas. No texto escolhido, Soares ensina as muitas bondades da União Europeia, designadamente no que respeita a «assegurar um equilibrio cuidadoso entre a prosperidade económica, a justiça social e um ambiente saudável» - aos alunos é exigido que «identifiquem três aspectos positivos da entrada de Portugal na União Europeia»...Na Prova de História B, a partir de um texto de Sá Carneiro, escrito na altura em que este era membro da Assembleia Nacional fascista, os alunos devem demonstrar que «a revolução do 25 de Abril de 1974 operou mudança de regime preconizada por Sá Carneiro»...Vejam bem!: do que eles se lembram!...Perante exemplos destes, invenções como a do «milagre» da Prova de Matemática, não passam de brincadeiras de crianças...E é caso para dizer que os ideólogos da política de direita destacados para a área do Ensino não fazem nada para esconder aquilo que são. E, ao que parece, não têm vergonha de exibir tamanha desvergonha.É este o Ensino prodigalizado pelo Sócrates excelentíssimo e pela sua excelentíssima ministra...No tempo do fascismo era pior? Era melhor?Ou nem pior nem melhor, antes pelo contrário?


Sem princípios nem ponta de vergonha, a ofensiva ideológica capitalista corre à rédea solta por todos os esgotos que alimentam a política de direita.Sinais escandalosos dessa ofensiva marcaram presença nos testes dos exames de História do 12º ano. Trata-se de grosseiras provocações, de uma abjecta manipulação de consciências, de torpes insultos à inteligência e à sensibilidade dos cidadãos.Na Prova de História A - num grupo significativamente designado por «o estalinismo e a afirmação do expansionismo soviético» - os alunos devem «interpretar» textos de Stáline e de Kennedy.No texto de Stáline, é-lhes exigido que procedam à «identificação de três práticas políticas do estalinismo», sendo-lhes indicado um volumoso rol de exemplos, género: «campanhas de depuração/purgas», «trabalhos forçados», etc...Do texto de Kennedy devem, primeiro, concluir que o pobre e bom homem «agia preocupado com o expansionismo soviético» e , a seguir, devem proceder a uma «análise profunda sobre o expansionismo soviético».No grupo designado «integração e participação de Portugal no projecto europeu» é o inevitável Mário Soares quem dá as cartas. No texto escolhido, Soares ensina as muitas bondades da União Europeia, designadamente no que respeita a «assegurar um equilibrio cuidadoso entre a prosperidade económica, a justiça social e um ambiente saudável» - aos alunos é exigido que «identifiquem três aspectos positivos da entrada de Portugal na União Europeia»...Na Prova de História B, a partir de um texto de Sá Carneiro, escrito na altura em que este era membro da Assembleia Nacional fascista, os alunos devem demonstrar que «a revolução do 25 de Abril de 1974 operou mudança de regime preconizada por Sá Carneiro»...Vejam bem!: do que eles se lembram!...Perante exemplos destes, invenções como a do «milagre» da Prova de Matemática, não passam de brincadeiras de crianças...E é caso para dizer que os ideólogos da política de direita destacados para a área do Ensino não fazem nada para esconder aquilo que são. E, ao que parece, não têm vergonha de exibir tamanha desvergonha.É este o Ensino prodigalizado pelo Sócrates excelentíssimo e pela sua excelentíssima ministra...No tempo do fascismo era pior? Era melhor?Ou nem pior nem melhor, antes pelo contrário?

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