Cravo de Abril: A OPÇÃO

23-05-2011
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Manuel António Pina (MAP) escreve todos os dias no Jornal de Notícias. As suas crónicas são, regra geral, de qualidade. De vez em quando, no entanto, não sei se por ignorância se por qualquer outro motivo, alinha na desinformação organizada que hoje domina o universo mediático. E quando assim é... é uma desgraça.Na sua crónica de hoje, MAP atira-se a Hugo Chávez utilizando os «argumentos» em voga nos média dominante quando se trata da Venezuela: a mentira - mentira tantas vezes repetida quantas as necessárias para ser tomada como verdade e utilizada até por um cronista da craveira de MAP...MAP, que até simpatizou com Chávez quando este, «em 1992, se levantou contra a plutocracia de Andrés Perez», está agora preocupado com o Chávez actual e com a evolução da situaçao na Venezuela.E que preocupações são as de MAP?Ele explica: «crescentemente a "revolução bolivariana" parece assumir, com a progressiva redução das liberdades (a última, depois da liberdade de informação, é a liberdade de manifestação) aspectos do "socialismo real".Impressiona como, em tão poucas palavras, MAP consegue sintetizar o essencial da campanha em curso contra a Revolução Bolivariana (sem aspas e com maiúsculas) organizada a partir dos EUA e propagada por todo o planeta pelos média dominantes.E a verdade é que, se MAP se desse ao trabalho de fazer o trabalho de casa que lhe compete, ficaria a saber que na Venezuela a liberdade de informação é uma realidade observável e de fácil constatação.Fcaria a saber que, na Venezuela, os média propriedade do grande capital desenvolvem todos os dias uma intensa actividade em que o vale-tudo é lei e colaboraram, até - e activamente - na preparação do golpe militar que há sete anos tentou derrubar o governo legítimo (recorde-se o caso da revista Boémia, que até já tinha uma edição a anunciar o êxito do golpe, com «reportagens» recheadas de pormenores...)Ficaria a saber, igualmente, que a grande diferença em matéria de liberdade de informação, entre a Venezuela e Portugal, é que lá existe uma outra informação, alternativa à informação do grande capital, uma informação revolucionária.E ficaria a saber que o mesmio se passa com a liberdade de manifestação e com todas as liberdades (políticas, económicas, sociais, culturais) que fazem uma democracia - e sem as quais o que existe é uma imitação de democracia.Como MAP pode constatar olhando para a realidade portuguesa.É fácil, muito fácil, alinhar na operação imperialista contra a Venezuela Bolivariana.É difícil, muito difícil - e arriscado - combater essa operação.Todavia, nesta como em muitas outras situações, «a barricada só tem dois lados: o nosso e o deles».E não há outra opção.


Manuel António Pina (MAP) escreve todos os dias no Jornal de Notícias. As suas crónicas são, regra geral, de qualidade. De vez em quando, no entanto, não sei se por ignorância se por qualquer outro motivo, alinha na desinformação organizada que hoje domina o universo mediático. E quando assim é... é uma desgraça.Na sua crónica de hoje, MAP atira-se a Hugo Chávez utilizando os «argumentos» em voga nos média dominante quando se trata da Venezuela: a mentira - mentira tantas vezes repetida quantas as necessárias para ser tomada como verdade e utilizada até por um cronista da craveira de MAP...MAP, que até simpatizou com Chávez quando este, «em 1992, se levantou contra a plutocracia de Andrés Perez», está agora preocupado com o Chávez actual e com a evolução da situaçao na Venezuela.E que preocupações são as de MAP?Ele explica: «crescentemente a "revolução bolivariana" parece assumir, com a progressiva redução das liberdades (a última, depois da liberdade de informação, é a liberdade de manifestação) aspectos do "socialismo real".Impressiona como, em tão poucas palavras, MAP consegue sintetizar o essencial da campanha em curso contra a Revolução Bolivariana (sem aspas e com maiúsculas) organizada a partir dos EUA e propagada por todo o planeta pelos média dominantes.E a verdade é que, se MAP se desse ao trabalho de fazer o trabalho de casa que lhe compete, ficaria a saber que na Venezuela a liberdade de informação é uma realidade observável e de fácil constatação.Fcaria a saber que, na Venezuela, os média propriedade do grande capital desenvolvem todos os dias uma intensa actividade em que o vale-tudo é lei e colaboraram, até - e activamente - na preparação do golpe militar que há sete anos tentou derrubar o governo legítimo (recorde-se o caso da revista Boémia, que até já tinha uma edição a anunciar o êxito do golpe, com «reportagens» recheadas de pormenores...)Ficaria a saber, igualmente, que a grande diferença em matéria de liberdade de informação, entre a Venezuela e Portugal, é que lá existe uma outra informação, alternativa à informação do grande capital, uma informação revolucionária.E ficaria a saber que o mesmio se passa com a liberdade de manifestação e com todas as liberdades (políticas, económicas, sociais, culturais) que fazem uma democracia - e sem as quais o que existe é uma imitação de democracia.Como MAP pode constatar olhando para a realidade portuguesa.É fácil, muito fácil, alinhar na operação imperialista contra a Venezuela Bolivariana.É difícil, muito difícil - e arriscado - combater essa operação.Todavia, nesta como em muitas outras situações, «a barricada só tem dois lados: o nosso e o deles».E não há outra opção.

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