Com Obama, a ofensiva do imperialismo norte-americano na América Latina, não apenas se intensificou como retomou formas de intervenção típicas dos governos dos EUA ao longo de décadas.O golpe fascista das Honduras, acompanhado do considerável reforço da presença militar dos EUA naquele país, foi o primeiro grande passo dado nesse sentido.Ao golpe das Honduras sucederam-se, designadamente: a instalação de sete bases militares na Colômbia; o reforço da presença militar dos EUA no Panamá; a invasão do destruído Haiti.Isto para além da intensificação do bloqueio contra Cuba e da multiplicação de acções provocatórias contra a Venezuela, a Bolívia, a Nicarágua - enfim, contra todos os países e povos que decidiram tomar os seus destinos nas próprias mãos.A ofensiva imperialista deu agora novo e grave passo em frente com a ocupação da Costa Rica.Ocupação silenciosa - porque silenciada pela generalidade dos média dominantes - não obstante tratar-se de uma operação aparatosa que envolve a entrada na Costa Rica de 46 vasos de guerra, entre eles um porta-aviões; 200 helicópteros, dez aviões de combate e sete mil marines.Trata-se de uma ocupação concertada entre o ocupante e o ocupado, já que decorre de um chamado «acordo de segurança» entre os governos dos dois países: o de Obama e o de Laura Chinchilla.O objectivo da utilização de todo este impressionante aparato bélico é, dizem Obama e Chinchila - em coro, sem corar, sem se rirem, e tomando-nos por estúpidos - «o combate contra o narcotráfico»...Que combate a que narcotráfico?: encontraremos a resposta se tivermos em conta que os EUA são o maior consumidor de drogas do mundo e que a Colômbia e o Peru (dois países onde quem manda são os EUA) são os maiores produtores mundias de cocaína...Este «acordo» dito «de segurança» viola frontalmente a Constituição da Costa Rica, mas isso não é problema nem é novidade, como pode constatar-se olhando para as práticas do anterior presidente da Costa Rica, Óscar Arias, eterno serventuário do imperialismo norte-americano (recorde-se que Arias foi utilizado por Obama para, fingindo que os EUA queriam o regresso de Manuel Zelaya à presidência das Honduras, consolidar os golpistas no poder).Mas há que reconhecer que, em matéria de currículo, Laura Chinchila não fica atrás do seu antecessor: integrando, como Arias, a Internacional Socialista (pois claro...), Laura Chinchila tem na sua folha de serviço uma longa e estreita ligação à CIA...Pelo que, mais dia menos dia, saberemos que Obama a condecorou com a medalha da liberdade, da democracia e dos direitos humanos...
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Com Obama, a ofensiva do imperialismo norte-americano na América Latina, não apenas se intensificou como retomou formas de intervenção típicas dos governos dos EUA ao longo de décadas.O golpe fascista das Honduras, acompanhado do considerável reforço da presença militar dos EUA naquele país, foi o primeiro grande passo dado nesse sentido.Ao golpe das Honduras sucederam-se, designadamente: a instalação de sete bases militares na Colômbia; o reforço da presença militar dos EUA no Panamá; a invasão do destruído Haiti.Isto para além da intensificação do bloqueio contra Cuba e da multiplicação de acções provocatórias contra a Venezuela, a Bolívia, a Nicarágua - enfim, contra todos os países e povos que decidiram tomar os seus destinos nas próprias mãos.A ofensiva imperialista deu agora novo e grave passo em frente com a ocupação da Costa Rica.Ocupação silenciosa - porque silenciada pela generalidade dos média dominantes - não obstante tratar-se de uma operação aparatosa que envolve a entrada na Costa Rica de 46 vasos de guerra, entre eles um porta-aviões; 200 helicópteros, dez aviões de combate e sete mil marines.Trata-se de uma ocupação concertada entre o ocupante e o ocupado, já que decorre de um chamado «acordo de segurança» entre os governos dos dois países: o de Obama e o de Laura Chinchilla.O objectivo da utilização de todo este impressionante aparato bélico é, dizem Obama e Chinchila - em coro, sem corar, sem se rirem, e tomando-nos por estúpidos - «o combate contra o narcotráfico»...Que combate a que narcotráfico?: encontraremos a resposta se tivermos em conta que os EUA são o maior consumidor de drogas do mundo e que a Colômbia e o Peru (dois países onde quem manda são os EUA) são os maiores produtores mundias de cocaína...Este «acordo» dito «de segurança» viola frontalmente a Constituição da Costa Rica, mas isso não é problema nem é novidade, como pode constatar-se olhando para as práticas do anterior presidente da Costa Rica, Óscar Arias, eterno serventuário do imperialismo norte-americano (recorde-se que Arias foi utilizado por Obama para, fingindo que os EUA queriam o regresso de Manuel Zelaya à presidência das Honduras, consolidar os golpistas no poder).Mas há que reconhecer que, em matéria de currículo, Laura Chinchila não fica atrás do seu antecessor: integrando, como Arias, a Internacional Socialista (pois claro...), Laura Chinchila tem na sua folha de serviço uma longa e estreita ligação à CIA...Pelo que, mais dia menos dia, saberemos que Obama a condecorou com a medalha da liberdade, da democracia e dos direitos humanos...