Cravo de Abril: O ESTADO DA VISÃO

26-05-2011
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A Visão está preocupada com o voto dos portugueses.Ou seja: a Visão quer que os portugueses votem e votem bem no dia 27.Explicando melhor: a Visão acha que «as eleições» são um tempo de «escolhas» e que as «escolhas» devem ser reflectidas, pensadas, de modo a que o voto seja bem «decidido».Para isso, a Visão ensina que é preciso «olhar, de forma o mais objectiva possível, para o país que temos e para o percurso que fizemos ao longo dos últimos tempos. E, em especial, dos últimos quatro anos».Como se vê, não há melhor forma de ensinar as pessoas a votar bem do que, de forma objectiva, desviar-lhes a atenção daquela que é a questão central destas eleições, a saber: que PS e PSD (às vezes com o CDS/PP) estão no Governo há 33 anos, tempo e mais do que tempo para mostrarem, ambos, que não prestam.Para melhor ensinar os seus leitores a votar bem, a Visão produziu e ofereceu-lhes (por 2,85 euros) um «especial de 40 páginas» sobre «O Estado da Nação»: dados e mais dados, números e mais números, que o Director, Pedro Camacho, sintetiza enaltecendo «as reformas consideráveis, de substância», as «reformas de bandeira», realizadas por Sócrates: «na Saúde, na Educação, na área do Trabalho, na Justiça, na Segurança Social, na Energia».O mal todo está em que, ensina o Director, o Governo «não soube explicar à sociedade» as imensas bondades dessas reformas.E assim, «a sociedade» não percebeu que, com essas reformas, o Governo lhe estava a abrir as portas do Paraíso - e ignorante e ingrata, concluiu que era o Inferno que estava a entrar portas dentro...Com tais ensinamentos, não há leitor da Visão que não fique a saber como votar bem...Registe-se ainda que também para a Visão, a Festa do Avante! não existiu: nas suas 172 páginas, aí incluídas as 32 dedicadas a espectáculos, etc, não há uma linha dedicada ao maior acontecimento cultural, artístico, político, de massas, realizado em Portugal.Este silenciamento é tão significativo como o barulho das 40 páginas sobre «O Estado da Nação» - e ambos mostram, a quem quiser ver, o estado da Visão...


A Visão está preocupada com o voto dos portugueses.Ou seja: a Visão quer que os portugueses votem e votem bem no dia 27.Explicando melhor: a Visão acha que «as eleições» são um tempo de «escolhas» e que as «escolhas» devem ser reflectidas, pensadas, de modo a que o voto seja bem «decidido».Para isso, a Visão ensina que é preciso «olhar, de forma o mais objectiva possível, para o país que temos e para o percurso que fizemos ao longo dos últimos tempos. E, em especial, dos últimos quatro anos».Como se vê, não há melhor forma de ensinar as pessoas a votar bem do que, de forma objectiva, desviar-lhes a atenção daquela que é a questão central destas eleições, a saber: que PS e PSD (às vezes com o CDS/PP) estão no Governo há 33 anos, tempo e mais do que tempo para mostrarem, ambos, que não prestam.Para melhor ensinar os seus leitores a votar bem, a Visão produziu e ofereceu-lhes (por 2,85 euros) um «especial de 40 páginas» sobre «O Estado da Nação»: dados e mais dados, números e mais números, que o Director, Pedro Camacho, sintetiza enaltecendo «as reformas consideráveis, de substância», as «reformas de bandeira», realizadas por Sócrates: «na Saúde, na Educação, na área do Trabalho, na Justiça, na Segurança Social, na Energia».O mal todo está em que, ensina o Director, o Governo «não soube explicar à sociedade» as imensas bondades dessas reformas.E assim, «a sociedade» não percebeu que, com essas reformas, o Governo lhe estava a abrir as portas do Paraíso - e ignorante e ingrata, concluiu que era o Inferno que estava a entrar portas dentro...Com tais ensinamentos, não há leitor da Visão que não fique a saber como votar bem...Registe-se ainda que também para a Visão, a Festa do Avante! não existiu: nas suas 172 páginas, aí incluídas as 32 dedicadas a espectáculos, etc, não há uma linha dedicada ao maior acontecimento cultural, artístico, político, de massas, realizado em Portugal.Este silenciamento é tão significativo como o barulho das 40 páginas sobre «O Estado da Nação» - e ambos mostram, a quem quiser ver, o estado da Visão...

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