Cravo de Abril: EM JEITO DE BALANÇO...

20-05-2011
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Hoje é dia de reflexão - dia em que, de acordo com a lei, não se deve fazer propaganda eleitoral...Isto julgava eu, mas lendo o Diário de Notícias de hoje, vi que estava enganado: lá estão, em jeito de «balanço da campanha», oito-páginas-oito de propaganda eleitoral...Propaganda aos mesmos que o referido jornal propagandeou durante o tempo legal da campanha: o PS (muito, muito propagandeado); o PSD (não tanto, mas enfim...); o BE (sempre o filho querido, o menino bonito, do DN e de todos os gémeos do DN); o CDS/PP (propagandeado qb). E, é claro, para mostrar o pluralismo reinante no matutino, a CDU: tratada de acordo com a tradição - uma tradição laboriosamente construída ao longo de muitos dias, de muitas semanas, de muitos meses, de muitos anos...Com uma curiosidade: de passagem é feita uma breve, brevíssima alusão a um tal «comício de Lisboa que contou com a participação de cerca de sete mil pessoas». Pronto!: a partir de agora ninguém mais pode dizer que os jornais - todos! - silenciaram a mais participada iniciativa da campanha eleitoral...Posto isto, e também em jeito de «balanço da campanha», passo a reflectir o seguinte:todos os média propriedade do grande capital fizeram da CDU o alvo exclusivo dos seus ataques - ataques que se traduziram, com frequência, num desavergonhado vale-tudo;todos esses média fizeram de todos os restantes partidos os alvos exclusivos dos seus elogios - elogios que se traduziram, com frequência, num desavergonhado vale-tudo.Refletir sobre as razões de tudo isto, é o caminho certo para, amanhã, se encontrar o quadradinho certo no boletim de voto.


Hoje é dia de reflexão - dia em que, de acordo com a lei, não se deve fazer propaganda eleitoral...Isto julgava eu, mas lendo o Diário de Notícias de hoje, vi que estava enganado: lá estão, em jeito de «balanço da campanha», oito-páginas-oito de propaganda eleitoral...Propaganda aos mesmos que o referido jornal propagandeou durante o tempo legal da campanha: o PS (muito, muito propagandeado); o PSD (não tanto, mas enfim...); o BE (sempre o filho querido, o menino bonito, do DN e de todos os gémeos do DN); o CDS/PP (propagandeado qb). E, é claro, para mostrar o pluralismo reinante no matutino, a CDU: tratada de acordo com a tradição - uma tradição laboriosamente construída ao longo de muitos dias, de muitas semanas, de muitos meses, de muitos anos...Com uma curiosidade: de passagem é feita uma breve, brevíssima alusão a um tal «comício de Lisboa que contou com a participação de cerca de sete mil pessoas». Pronto!: a partir de agora ninguém mais pode dizer que os jornais - todos! - silenciaram a mais participada iniciativa da campanha eleitoral...Posto isto, e também em jeito de «balanço da campanha», passo a reflectir o seguinte:todos os média propriedade do grande capital fizeram da CDU o alvo exclusivo dos seus ataques - ataques que se traduziram, com frequência, num desavergonhado vale-tudo;todos esses média fizeram de todos os restantes partidos os alvos exclusivos dos seus elogios - elogios que se traduziram, com frequência, num desavergonhado vale-tudo.Refletir sobre as razões de tudo isto, é o caminho certo para, amanhã, se encontrar o quadradinho certo no boletim de voto.

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