Cravo de Abril: JOGOS DE CASINO

21-01-2011
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ACEITAM-SE APOSTASO Público de hoje, fornece novos dados sobre o espantoso processo traduzido na generosa oferta do edifício do Casino Lisboa à Sociedade Estoril Sol.Eis algumas datas. E alguns nomes.Julho de 2004: é decidido que o Casino Lisboa vai funcionar num edifício - propriedade do Estado - no Parque das Nações.Dezembro de 2004: o artigo 27 de um despacho «aprovado em Conselho de Ministros (...)- presidido pelo então primeiro-ministro Santana Lopes - e promulgado pelo Presidente da República Jorge Sampaio», acaba com a «regra da reversão para o Estado das instalações dos casinos».Fevereiro de 2005: o inspector-geral de Jogos, Joaquim Caldeira, invocando esse artigo 27, esclarece Mário Assis, da Estoril Sol de que o edifício do Casino Lisboa deixa de ser propriedade do Estado e passa a ser propriedade da Estoril Sol.No dia seguinte ao esclarecimento do inspector-geral de Jogos - melhor dizendo: na longa noite dos 300 despachos - o ministro do Turismo, Telmo Correia, com a simples aposição da palavra «visto» num canto do documento e do pedido de que se desse «conhecimento da decisão ao requerente», oficializava a transferência de propriedade do edifício.Simples, tudo muito simples, como se vê. Telmo Correia esclarece, entretanto, que - ao contrário do que o «antigo ministro da Economia de Durão Barroso, Carlos Tavares, disse ontem ao Expresso, «existia um compromisso entre o Governo de Durão Barroso e a concessionária do casino no sentido de esta ficar com as propriedade total do edifício».Em resumo:Durão Barroso, antes de abandonar o barco e fugir para a Europa, prometeu o edifício à Estoril Sol.Santana Lopes e os seus rapazes, que substituíram Barroso, aprovaram o despacho que oficializava a oferta.Jorge Sampaio promulgou o despacho.Joaquim Caldeira «esclareceu» a situação.Telmo Correia «apôs a palavra 'visto'»A Sociedade Estoril Sol ficou satisfeita.O Estado ficou defraudado.E agora?O «negócio» é anulado ou fica tudo em águas de bacalhau?Aceitam-se apostas...


ACEITAM-SE APOSTASO Público de hoje, fornece novos dados sobre o espantoso processo traduzido na generosa oferta do edifício do Casino Lisboa à Sociedade Estoril Sol.Eis algumas datas. E alguns nomes.Julho de 2004: é decidido que o Casino Lisboa vai funcionar num edifício - propriedade do Estado - no Parque das Nações.Dezembro de 2004: o artigo 27 de um despacho «aprovado em Conselho de Ministros (...)- presidido pelo então primeiro-ministro Santana Lopes - e promulgado pelo Presidente da República Jorge Sampaio», acaba com a «regra da reversão para o Estado das instalações dos casinos».Fevereiro de 2005: o inspector-geral de Jogos, Joaquim Caldeira, invocando esse artigo 27, esclarece Mário Assis, da Estoril Sol de que o edifício do Casino Lisboa deixa de ser propriedade do Estado e passa a ser propriedade da Estoril Sol.No dia seguinte ao esclarecimento do inspector-geral de Jogos - melhor dizendo: na longa noite dos 300 despachos - o ministro do Turismo, Telmo Correia, com a simples aposição da palavra «visto» num canto do documento e do pedido de que se desse «conhecimento da decisão ao requerente», oficializava a transferência de propriedade do edifício.Simples, tudo muito simples, como se vê. Telmo Correia esclarece, entretanto, que - ao contrário do que o «antigo ministro da Economia de Durão Barroso, Carlos Tavares, disse ontem ao Expresso, «existia um compromisso entre o Governo de Durão Barroso e a concessionária do casino no sentido de esta ficar com as propriedade total do edifício».Em resumo:Durão Barroso, antes de abandonar o barco e fugir para a Europa, prometeu o edifício à Estoril Sol.Santana Lopes e os seus rapazes, que substituíram Barroso, aprovaram o despacho que oficializava a oferta.Jorge Sampaio promulgou o despacho.Joaquim Caldeira «esclareceu» a situação.Telmo Correia «apôs a palavra 'visto'»A Sociedade Estoril Sol ficou satisfeita.O Estado ficou defraudado.E agora?O «negócio» é anulado ou fica tudo em águas de bacalhau?Aceitam-se apostas...

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