Cravo de Abril: O MAR DE ROSAS

23-05-2011
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A pretexto de tudo e de nada, o primeiro-ministro atira-nos à cara com os êxitos da sua sábia governação: ele é um relatório da OCDE sobre a excelsa qualidade da política de ensino do Governo; ele é um código do trabalho cheio de melhorias; ele é uma resposta à crise que faz inveja a todo o mundo...Ou seja: lá fora, as coisas estão uma desgraça; cá dentro, vivemos num mar de rosas...Há dias, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertava:«o sufoco económico e o empobrecimento da classe média estão a acelerar um processo que já era preocupante: a deterioração da saúde mental».Preocupações lá deles, é claro, já que, por cá, no nosso mar de rosas, é só saúde - mental e da outra.Senão vejamos:a revista Notícias magazine de 25 de Janeiro, numa reportagem intitulada «A nacional depressão», confirma a pertinência do alerta da OMS: o desemprego, a precariedade, o trabalho mal pago, a falta de apoios sociais, enfim as consequências da política do Governo, estão a agravar cada vez mais a saúde mental de cada vez mais portugueses.Diz o jornalista: «Em Portugal, os sintomas são evidentes. O consumo de antidepressivos a ansiolíticos não pára de aumentar (no top 10 dos medicamentos mais vendidos estão dois psicofármacos famosos, o Lorenin e Xanax). Um em cada três portugueses sofre de um distúrbio psicológico. A taxa de suicídio duplicou na última década».E, olhando para o futuro, acrescenta: «Nas contas da tragédia portuguesa, é preciso obedecer a uma nova equação. Há cada vez mais gente a somar dívidas e a subtrair conforto à vida. Até ao dia em que estoira»Mas tudo isto não passa, certamente, de propaganda anti-Sócrates.Porque, como ele não se cansa de nos dizer, vivemos num mar de rosas.


A pretexto de tudo e de nada, o primeiro-ministro atira-nos à cara com os êxitos da sua sábia governação: ele é um relatório da OCDE sobre a excelsa qualidade da política de ensino do Governo; ele é um código do trabalho cheio de melhorias; ele é uma resposta à crise que faz inveja a todo o mundo...Ou seja: lá fora, as coisas estão uma desgraça; cá dentro, vivemos num mar de rosas...Há dias, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertava:«o sufoco económico e o empobrecimento da classe média estão a acelerar um processo que já era preocupante: a deterioração da saúde mental».Preocupações lá deles, é claro, já que, por cá, no nosso mar de rosas, é só saúde - mental e da outra.Senão vejamos:a revista Notícias magazine de 25 de Janeiro, numa reportagem intitulada «A nacional depressão», confirma a pertinência do alerta da OMS: o desemprego, a precariedade, o trabalho mal pago, a falta de apoios sociais, enfim as consequências da política do Governo, estão a agravar cada vez mais a saúde mental de cada vez mais portugueses.Diz o jornalista: «Em Portugal, os sintomas são evidentes. O consumo de antidepressivos a ansiolíticos não pára de aumentar (no top 10 dos medicamentos mais vendidos estão dois psicofármacos famosos, o Lorenin e Xanax). Um em cada três portugueses sofre de um distúrbio psicológico. A taxa de suicídio duplicou na última década».E, olhando para o futuro, acrescenta: «Nas contas da tragédia portuguesa, é preciso obedecer a uma nova equação. Há cada vez mais gente a somar dívidas e a subtrair conforto à vida. Até ao dia em que estoira»Mas tudo isto não passa, certamente, de propaganda anti-Sócrates.Porque, como ele não se cansa de nos dizer, vivemos num mar de rosas.

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