Cravo de Abril: SER OU PARECER EIS A QUESTÃO

21-05-2011
marcar artigo


«Ser» é uma coisa - «parecer» é outra.E ninguém exibe melhor as diferenças entre uma coisa e outra do que o nosso por demais conhecido Mário Soares.Ele «parece» sempre o que não é - e «é» sempre o que não parece.«Parecendo» (quase) tudo o que há de melhor e de mais positivo, ele «é» (quase) tudo o que há de pior e da mais negativo.E não tem cura. Está-lhe no sangue.Hoje, Soares grita no Diário de Notícias a sua indignação face às cargas policiais contra os manifestantes no decorrer da Cimeira de Copenhaga.Sublinhando que os manifestantes «foram contidos e agredidos pelas forças ditas da "ordem", como se fossem subversivos ou terroristas», o ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República clama que «não se esperava um tal comportamento de um Estado de direito e democrático como é a Dinamarca».Aí está Soares parecendo o que não é.Na verdade, lendo o que ele escreveu ninguém dirá que, de todos os primeiros-ministros pós 25 de Abril, Soares foi o que mais vezes recorreu às «forças ditas da ordem» para reprimir trabalhadores - reprimir brutalmente, registe-se: que o digam, entre muitos outros, os trabalhadores da Lisnave.Mas ele é assim: um desavergonhado para o qual a desvergonha não tem margens nem limites.


«Ser» é uma coisa - «parecer» é outra.E ninguém exibe melhor as diferenças entre uma coisa e outra do que o nosso por demais conhecido Mário Soares.Ele «parece» sempre o que não é - e «é» sempre o que não parece.«Parecendo» (quase) tudo o que há de melhor e de mais positivo, ele «é» (quase) tudo o que há de pior e da mais negativo.E não tem cura. Está-lhe no sangue.Hoje, Soares grita no Diário de Notícias a sua indignação face às cargas policiais contra os manifestantes no decorrer da Cimeira de Copenhaga.Sublinhando que os manifestantes «foram contidos e agredidos pelas forças ditas da "ordem", como se fossem subversivos ou terroristas», o ex-primeiro-ministro e ex-Presidente da República clama que «não se esperava um tal comportamento de um Estado de direito e democrático como é a Dinamarca».Aí está Soares parecendo o que não é.Na verdade, lendo o que ele escreveu ninguém dirá que, de todos os primeiros-ministros pós 25 de Abril, Soares foi o que mais vezes recorreu às «forças ditas da ordem» para reprimir trabalhadores - reprimir brutalmente, registe-se: que o digam, entre muitos outros, os trabalhadores da Lisnave.Mas ele é assim: um desavergonhado para o qual a desvergonha não tem margens nem limites.

marcar artigo