Cravo de Abril: O PROPAGANDISTA

29-05-2010
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Todas as terças-feiras, Mário Soares tem à sua disposição uma página do DN, que utiliza para fazer propaganda daquilo que há mais de trinta anos é o seu cavalo de batalha: a política de direita por ele iniciada em 1976 com o objectivo de liquidar a Revolução de Abril.Fá-lo, contudo, mascarado de democrata de gema e de exemplar homem de esquerda, sabendo que essa é a melhor forma de levar a água ao seu moinho - que é, também, o moinho do capitalismo...Ontem, Soares fez o elogio da Mensagem de Natal de José Sócrates. Um elogio caloroso, sublinhe-se.Na opinião de Soares, na mensagem há «novidades» que «as oposições» não quiseram ver.Isto porque, diz ele, «as oposições» estão mais mais preocupadas com o «bota abaixo».Falando de «oposições», Soares sabe que está a meter no mesmo saco os que combatem o Governo e a sua política de direita, à qual contrapõem uma alternativa de esquerda; e os que criticam o Governo com o objectivo de para lá irem fazer a mesma política de direita - e sabe que essa é a melhor forma de defender, precisamente, a política de direita tão cara ao PS/PSD/CDS...Mas quais são, então, as «novidades» detectadas por Soares na Mensagem de Sócrates?Ele explica: «(Sócrates) disse que as suas primeiras prioridades são o desemprego, que prevê crescente, e a pobreza de que sofrem muitos portugueses. Quem o pode negar?».Soares sabe que estas «prioridades» - recorrentes em todas as alocuções de Natal de todos os primeiros-ministros, desde 1976 - nada têm de «novidade». E sabe que, depois de cada uma dessas alocuções, o desemprego aumentou e a pobreza idem.Quem o pode negar? - pergunto eu.A terminar, escreve Soares: «Os portugueses que ouviram a mensagem sabem, por experiência própria, que não é com manifestações de rua - nem com protestos mais ou menos violentos - que esses flagelos podem ser remediados».Ora aí está:afinal é isto, essencialmente isto, que o preocupa;afinal é isto, essencialmente isto, que ele quer evitar;afinal é isto, essencialmente isto, que lhe mete medo.O que confirma que a luta de massas é o caminho - e que intensificá-la e ampliá-la constitui o nosso objectivo fundamental no ano de 2009.


Todas as terças-feiras, Mário Soares tem à sua disposição uma página do DN, que utiliza para fazer propaganda daquilo que há mais de trinta anos é o seu cavalo de batalha: a política de direita por ele iniciada em 1976 com o objectivo de liquidar a Revolução de Abril.Fá-lo, contudo, mascarado de democrata de gema e de exemplar homem de esquerda, sabendo que essa é a melhor forma de levar a água ao seu moinho - que é, também, o moinho do capitalismo...Ontem, Soares fez o elogio da Mensagem de Natal de José Sócrates. Um elogio caloroso, sublinhe-se.Na opinião de Soares, na mensagem há «novidades» que «as oposições» não quiseram ver.Isto porque, diz ele, «as oposições» estão mais mais preocupadas com o «bota abaixo».Falando de «oposições», Soares sabe que está a meter no mesmo saco os que combatem o Governo e a sua política de direita, à qual contrapõem uma alternativa de esquerda; e os que criticam o Governo com o objectivo de para lá irem fazer a mesma política de direita - e sabe que essa é a melhor forma de defender, precisamente, a política de direita tão cara ao PS/PSD/CDS...Mas quais são, então, as «novidades» detectadas por Soares na Mensagem de Sócrates?Ele explica: «(Sócrates) disse que as suas primeiras prioridades são o desemprego, que prevê crescente, e a pobreza de que sofrem muitos portugueses. Quem o pode negar?».Soares sabe que estas «prioridades» - recorrentes em todas as alocuções de Natal de todos os primeiros-ministros, desde 1976 - nada têm de «novidade». E sabe que, depois de cada uma dessas alocuções, o desemprego aumentou e a pobreza idem.Quem o pode negar? - pergunto eu.A terminar, escreve Soares: «Os portugueses que ouviram a mensagem sabem, por experiência própria, que não é com manifestações de rua - nem com protestos mais ou menos violentos - que esses flagelos podem ser remediados».Ora aí está:afinal é isto, essencialmente isto, que o preocupa;afinal é isto, essencialmente isto, que ele quer evitar;afinal é isto, essencialmente isto, que lhe mete medo.O que confirma que a luta de massas é o caminho - e que intensificá-la e ampliá-la constitui o nosso objectivo fundamental no ano de 2009.

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