Cravo de Abril: ALI HÁ NEGÓCIO...

20-05-2011
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Não vou falar de novidade nenhuma.O caso é por demais conhecido - pelo menos desde que, aqui há uns quatro meses, veio a público.É certo que, a partir de dada altura, praticamente não se voltou a falar do assunto. Sabe-se lá porquê, sabe-se lá para quê...
A propósito, sempre me interroguei sobre as razões pelas quais uma coisa tão obviamente... irregular (digamos assim, para simplificar...) era tratada de maneira tão... sem consequências (digamos assim, para simplificar...)E creio bem que continuarei a interrogar-me sobre o assunto durante muito, muito tempo...
Mas vamos ao que interessa: o caso veio à baila ontem no tribunal que está a tratar do caso SLN/BPN/Oliveira e Costa & Cia.E o caso é este: «Cavaco Silva e a filha, Patrícia Cavaco Silva Montez, compraram 250 mil acções a Oliveira e Costa a 1 euro cada, apesar de o arguido as ter adquirido a 2,1 euros cada» - quer isto dizer que o arguido (Oliveira e Costa) perdeu no negócio qualquer coisa como 275 mil euros.Dois anos depois, Cavaco Silva e a filha venderam ao BPN, a 2,4 euros cada, as acções que haviam comprado a 1 euro - o que quer dizer que lucraram com o negócio qualquer coisa como 350 mil euros.
Ora, como escrevi lá em cima, não se trata de novidade nenhuma.Mas confesso que este é, para mim, um mistério profundo - ou, dizendo com mais rigor, um duplo mistério.
Assim:1 - o que é que leva um homem de negócios, com notável currículo, a fazer um negócio que logo à partida lhe causa um prejuízo de 275 mil euros?2 - o que é que leva um cidadão e a filha a, sem se interrogarem, fazerem um negócio que lhes traz assim, de mão beijada e do pé para a mão, um lucro de 350 mil euros?
No que me diz respeito, estou convencido que ambas as partes envolvidas no negócio sabiam o que estavam a fazer; sabiam que o negócio era assim mesmo; sabiam que o prejuízo e o lucro eram os que eram...E assim sendo, sabiam também o que ninguém mais sabe. A saber: que ali há NEGÓCIO...


Não vou falar de novidade nenhuma.O caso é por demais conhecido - pelo menos desde que, aqui há uns quatro meses, veio a público.É certo que, a partir de dada altura, praticamente não se voltou a falar do assunto. Sabe-se lá porquê, sabe-se lá para quê...
A propósito, sempre me interroguei sobre as razões pelas quais uma coisa tão obviamente... irregular (digamos assim, para simplificar...) era tratada de maneira tão... sem consequências (digamos assim, para simplificar...)E creio bem que continuarei a interrogar-me sobre o assunto durante muito, muito tempo...
Mas vamos ao que interessa: o caso veio à baila ontem no tribunal que está a tratar do caso SLN/BPN/Oliveira e Costa & Cia.E o caso é este: «Cavaco Silva e a filha, Patrícia Cavaco Silva Montez, compraram 250 mil acções a Oliveira e Costa a 1 euro cada, apesar de o arguido as ter adquirido a 2,1 euros cada» - quer isto dizer que o arguido (Oliveira e Costa) perdeu no negócio qualquer coisa como 275 mil euros.Dois anos depois, Cavaco Silva e a filha venderam ao BPN, a 2,4 euros cada, as acções que haviam comprado a 1 euro - o que quer dizer que lucraram com o negócio qualquer coisa como 350 mil euros.
Ora, como escrevi lá em cima, não se trata de novidade nenhuma.Mas confesso que este é, para mim, um mistério profundo - ou, dizendo com mais rigor, um duplo mistério.
Assim:1 - o que é que leva um homem de negócios, com notável currículo, a fazer um negócio que logo à partida lhe causa um prejuízo de 275 mil euros?2 - o que é que leva um cidadão e a filha a, sem se interrogarem, fazerem um negócio que lhes traz assim, de mão beijada e do pé para a mão, um lucro de 350 mil euros?
No que me diz respeito, estou convencido que ambas as partes envolvidas no negócio sabiam o que estavam a fazer; sabiam que o negócio era assim mesmo; sabiam que o prejuízo e o lucro eram os que eram...E assim sendo, sabiam também o que ninguém mais sabe. A saber: que ali há NEGÓCIO...

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