O Cachimbo de Magritte: Eduardo Lourenço

30-05-2010
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No momento em que escrevo, decorre na Fundação Gulbenkian uma homenagem a Eduardo Lourenço, depois de dois dias de colóquio sobre a sua obra. Só ele conseguiria reunir marxistas como Saramago e conservadores como Adriano Moreira, socialistas como Jaime Gama e laranjinhas como Teresa Gouveia, republicanos como Manuel Alegre e monárquicos como Mendo Castro Henriques, católicos como João Bénard da Costa e ateus como Lídia Jorge, a esquerda de António Pinto Ribeiro e a direita de Vasco Graça Moura. Os seus admiradores são, à imagem dos seus livros, um reflexo do Portugal recente.Entrevistei-o hoje de manhã e mantém-se, aos 85 anos, de uma lucidez e de uma ironia extraordinárias. Citou Mattoso e os Gato Fedorento a propósito da identidade nacional e fez revelações surpreendentes sobre Sá Carneiro. Vinte minutos de festim intelectual em que o roubei ao Centro Nacional de Cultura, organizador do colóquio e da homenagem, e de que darei notícias mais tarde.


No momento em que escrevo, decorre na Fundação Gulbenkian uma homenagem a Eduardo Lourenço, depois de dois dias de colóquio sobre a sua obra. Só ele conseguiria reunir marxistas como Saramago e conservadores como Adriano Moreira, socialistas como Jaime Gama e laranjinhas como Teresa Gouveia, republicanos como Manuel Alegre e monárquicos como Mendo Castro Henriques, católicos como João Bénard da Costa e ateus como Lídia Jorge, a esquerda de António Pinto Ribeiro e a direita de Vasco Graça Moura. Os seus admiradores são, à imagem dos seus livros, um reflexo do Portugal recente.Entrevistei-o hoje de manhã e mantém-se, aos 85 anos, de uma lucidez e de uma ironia extraordinárias. Citou Mattoso e os Gato Fedorento a propósito da identidade nacional e fez revelações surpreendentes sobre Sá Carneiro. Vinte minutos de festim intelectual em que o roubei ao Centro Nacional de Cultura, organizador do colóquio e da homenagem, e de que darei notícias mais tarde.

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