Cravo de Abril: SOARICES

31-05-2010
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A Cooperativa Milho-Rei, proprietária do semanário Barcelos Popular, promoveu recentemente um debate subordinado ao tema Trabalho, Sindicalismo e Glogalização, com a participação de Mário Soares, Manuel Carvalho da Silva e Manuel Vilas Boas (jornalista da TSF).Não vou, aqui, pronunciar-me sobre o conteúdo do debate e muito menos sobre a composição do painel de participantes, do qual emergem as presenças do secretário-geral da CGTP e do homem que jurou «quebrar a espinha à Intersindical», que tudo fez para o conseguir (com a ajuda das centrais internacionais do divisionismo sindical) e que, como temos constatado, não desistiu ainda desse objectivo.Mas não posso deixar de referir a entrevista de Soares ao Barcelos Popular. Mesmo assim, para citar apenas duas perguntas e duas respostas, já que não vale a pena gastar muita cera com tão ruim defunto.Duas respostas que não trazem nenhuma novidade porque, como é sabido, de Soares não há que esperar senão o velho, gasto e rançoso mais do mesmo com que, armado em «pai da democracia», se passeia por Portugal e pelo mundo qual caixeiro viajante do capitalismo internacional.Ouçamo-lo, então, e às suas soarices:Jornalista: «Três décadas depois, Portugal agrada-lhe?»Soares: «Se viesse cá, o Salazar morria de susto! Gabava-se de uma auto-estrada de 20 Km até ao Estádio Nacional... Agora todos têm automóvel, horários laborais, o nível de vida cresceu imenso em todos os sectores. Estamos ao nível do europeu médio.»Jornalista: «Médio? Mas Portugal surge na cauda da União Europeia em variadíssimos indicadores»Soares: «Querem convencer-nos que estamos atrasados. Não! Sob nenhum aspecto. Temos elites óptimas, excelentes engenheiros, óptimos cientistas espalhados pelo mundo. No entanto, não podemos subir ao nível dos salários dos ingleses, alemães ou dos franceses que têm democracia há 200 anos e nós só há 33».Pronto, fiquemos por aqui. E sem comentários.


A Cooperativa Milho-Rei, proprietária do semanário Barcelos Popular, promoveu recentemente um debate subordinado ao tema Trabalho, Sindicalismo e Glogalização, com a participação de Mário Soares, Manuel Carvalho da Silva e Manuel Vilas Boas (jornalista da TSF).Não vou, aqui, pronunciar-me sobre o conteúdo do debate e muito menos sobre a composição do painel de participantes, do qual emergem as presenças do secretário-geral da CGTP e do homem que jurou «quebrar a espinha à Intersindical», que tudo fez para o conseguir (com a ajuda das centrais internacionais do divisionismo sindical) e que, como temos constatado, não desistiu ainda desse objectivo.Mas não posso deixar de referir a entrevista de Soares ao Barcelos Popular. Mesmo assim, para citar apenas duas perguntas e duas respostas, já que não vale a pena gastar muita cera com tão ruim defunto.Duas respostas que não trazem nenhuma novidade porque, como é sabido, de Soares não há que esperar senão o velho, gasto e rançoso mais do mesmo com que, armado em «pai da democracia», se passeia por Portugal e pelo mundo qual caixeiro viajante do capitalismo internacional.Ouçamo-lo, então, e às suas soarices:Jornalista: «Três décadas depois, Portugal agrada-lhe?»Soares: «Se viesse cá, o Salazar morria de susto! Gabava-se de uma auto-estrada de 20 Km até ao Estádio Nacional... Agora todos têm automóvel, horários laborais, o nível de vida cresceu imenso em todos os sectores. Estamos ao nível do europeu médio.»Jornalista: «Médio? Mas Portugal surge na cauda da União Europeia em variadíssimos indicadores»Soares: «Querem convencer-nos que estamos atrasados. Não! Sob nenhum aspecto. Temos elites óptimas, excelentes engenheiros, óptimos cientistas espalhados pelo mundo. No entanto, não podemos subir ao nível dos salários dos ingleses, alemães ou dos franceses que têm democracia há 200 anos e nós só há 33».Pronto, fiquemos por aqui. E sem comentários.

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