Cravo de Abril: PLURALISMO FIÁVEL

21-01-2011
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Há dias, o Presidente da República vetou a lei do pluralismo. E explicou porquê.Contudo, se a decisão de rejeitar a lei foi boa, as razões que estiveram na origem da decisão são péssimas.Dessas razões - que Cavaco Silva enunciou com aquela solenidade pernóstica com que usa ridicularizar-se e fazer-nos rir - destaco duas.Em primeiro lugar, considerou a lei «inoportuna». Porquê?Porque, segundo informou, «estão em preparação a nível europeu critérios fiáveis sobre pluralismo».Este é o argumento da subserviência saloia e bacoca aos ditames do que vem de fora - do es-tran-gei-ro, da Eu-ro-pa - matéria na qual o então primeiro-ministro Cavaco se tornou um emérito especialista.A segunda razão, baseia-se na seguinte e abalizada opinião do Presidente da República:«Em Portugal não há, ao contrário do que porventura sucederá noutros países, um défice de pluralismo da comunicação social».«Défice de pluralismo»?: claro que não, sr. Presidente, nem pensar nisso, bem pelo contrário:como vemos, ouvimos e lemos todos os dias, todos os média defendem os interesses não apenas de um ou dois, mas de todos os grandes grupos económicos e financeiros.E não há critério de pluralismo mais fiável do que esse.


Há dias, o Presidente da República vetou a lei do pluralismo. E explicou porquê.Contudo, se a decisão de rejeitar a lei foi boa, as razões que estiveram na origem da decisão são péssimas.Dessas razões - que Cavaco Silva enunciou com aquela solenidade pernóstica com que usa ridicularizar-se e fazer-nos rir - destaco duas.Em primeiro lugar, considerou a lei «inoportuna». Porquê?Porque, segundo informou, «estão em preparação a nível europeu critérios fiáveis sobre pluralismo».Este é o argumento da subserviência saloia e bacoca aos ditames do que vem de fora - do es-tran-gei-ro, da Eu-ro-pa - matéria na qual o então primeiro-ministro Cavaco se tornou um emérito especialista.A segunda razão, baseia-se na seguinte e abalizada opinião do Presidente da República:«Em Portugal não há, ao contrário do que porventura sucederá noutros países, um défice de pluralismo da comunicação social».«Défice de pluralismo»?: claro que não, sr. Presidente, nem pensar nisso, bem pelo contrário:como vemos, ouvimos e lemos todos os dias, todos os média defendem os interesses não apenas de um ou dois, mas de todos os grandes grupos económicos e financeiros.E não há critério de pluralismo mais fiável do que esse.

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