Cravo de Abril: «QUEM QUER A CARLA?»

28-05-2010
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Para o bom cumprimento da sórdida tarefa que lhes está atribuída, os fabricadores da União Europeia do Grande Capital não olham a meios para alcançar os fins.O caso do Tratado Porreiro, Pá é exemplar do desprezo a que estes fabricadores votam os princípios e valores democráticos: sabendo que não tinham garantida previamente a vitória do «sim», estes democratas-de-repúblicas-de-bananas não hesitaram em mandar às urtigas o, por eles tão propalado «pilar da democracia» que é o sufrágio universal.Como sabemos, a pecadora Irlanda tem vindo a passar um mau bocado por ter sido o único país a agir democraticamente...E de então para cá, os eurodemocratas da treta tudo têm feito para descobrir uma golpaça para ludibriar uma vez mais a democracia. Ou seja: uma golpaça que transforme em «sim» o «não» dos irlandeses: repetir o referendo é uma hipótese, mas... o ideal seria não correr tal risco...E tantas são as «hipóteses» e tão grande é a desvergonha destes cavalheiros que já nada surpreende, mesmo quando falam em tom supostamente brincalhão.Nada surpreende: nem que seja a oferta pública de venda de uma primeira-dama, como aconteceu há dias.Foi o caso de um assessor de Sarkozy que, instado por uma jornalista irlandesa a falar de Carla Bruni, respondeu deste jeito:«Se os irlandeses querem a Carla, têm que votar como deve ser no Tratado de Lisboa».É claro que não é lícito classificar - nem eu classifico - tal oferta como uma trivial operação de proxenitismo.Contudo, recorrendo ao tom supostamente brincalhão do assessor, dá vontade de perguntar se «a Carla» está em condições para dizer sim a todos os irlandeses que votarem «sim»...


Para o bom cumprimento da sórdida tarefa que lhes está atribuída, os fabricadores da União Europeia do Grande Capital não olham a meios para alcançar os fins.O caso do Tratado Porreiro, Pá é exemplar do desprezo a que estes fabricadores votam os princípios e valores democráticos: sabendo que não tinham garantida previamente a vitória do «sim», estes democratas-de-repúblicas-de-bananas não hesitaram em mandar às urtigas o, por eles tão propalado «pilar da democracia» que é o sufrágio universal.Como sabemos, a pecadora Irlanda tem vindo a passar um mau bocado por ter sido o único país a agir democraticamente...E de então para cá, os eurodemocratas da treta tudo têm feito para descobrir uma golpaça para ludibriar uma vez mais a democracia. Ou seja: uma golpaça que transforme em «sim» o «não» dos irlandeses: repetir o referendo é uma hipótese, mas... o ideal seria não correr tal risco...E tantas são as «hipóteses» e tão grande é a desvergonha destes cavalheiros que já nada surpreende, mesmo quando falam em tom supostamente brincalhão.Nada surpreende: nem que seja a oferta pública de venda de uma primeira-dama, como aconteceu há dias.Foi o caso de um assessor de Sarkozy que, instado por uma jornalista irlandesa a falar de Carla Bruni, respondeu deste jeito:«Se os irlandeses querem a Carla, têm que votar como deve ser no Tratado de Lisboa».É claro que não é lícito classificar - nem eu classifico - tal oferta como uma trivial operação de proxenitismo.Contudo, recorrendo ao tom supostamente brincalhão do assessor, dá vontade de perguntar se «a Carla» está em condições para dizer sim a todos os irlandeses que votarem «sim»...

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