Cravo de Abril: POEMA

21-05-2011
marcar artigo


O INIMIGOGrandes olhos frios espiam esta calmafictícia em que vives. Olhos de inimigoque chove sobre ti a sua areia,migalha-te o futuro, cobiça-te os joelhos,oferece longas jornas de fome, saláriosfeitos de medo e asco.Sobre os campos, as fábricas, o inimigosopra no teu querer uma paralisia.Inventa sombras, disfarça a sua imagem;a linha que o define, fugidia,em vão a pensarás, em vão teu lápistentará aprisionar o seu contorno.Mas se avanças um passo logo o vêsnesses olhos que tentam fascinar-te.Egito Gonçalves


O INIMIGOGrandes olhos frios espiam esta calmafictícia em que vives. Olhos de inimigoque chove sobre ti a sua areia,migalha-te o futuro, cobiça-te os joelhos,oferece longas jornas de fome, saláriosfeitos de medo e asco.Sobre os campos, as fábricas, o inimigosopra no teu querer uma paralisia.Inventa sombras, disfarça a sua imagem;a linha que o define, fugidia,em vão a pensarás, em vão teu lápistentará aprisionar o seu contorno.Mas se avanças um passo logo o vêsnesses olhos que tentam fascinar-te.Egito Gonçalves

marcar artigo