Cravo de Abril: POEMA

21-01-2011
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A BANDEIRAÉ preciso que tragam a bandeira.É preciso que alguém vá até ao fim da noitee desenterre a bandeira.Se já não tiver mãosque rasgue a terra com os dentesmas que traga a bandeira.Se já não tiver dentesque afunde os olhos nessa terrae lhe arranque a bandeiraque nela está sepulta.É preciso que os tambores anunciem a chegada da bendeira.Se não houver tamboresque os mortos se alevanteme façam rufar seus ossosem sol altíssimo à chegada da bandeira.Iluminem iluminem iluminem o caminho da bandeira.Se as nuvens de baionetas forem trevas no caminho da bandeiraque incendeiem a noite com as pedras da ruamas que haja luz à passagem da bandeirapara que os olhos vazados vejam a bandeirapara que as bocas rasgadas cantem a bandeirapara que os ferros caiam à passagem da bandeira.Carlos Maria Araújo


A BANDEIRAÉ preciso que tragam a bandeira.É preciso que alguém vá até ao fim da noitee desenterre a bandeira.Se já não tiver mãosque rasgue a terra com os dentesmas que traga a bandeira.Se já não tiver dentesque afunde os olhos nessa terrae lhe arranque a bandeiraque nela está sepulta.É preciso que os tambores anunciem a chegada da bendeira.Se não houver tamboresque os mortos se alevanteme façam rufar seus ossosem sol altíssimo à chegada da bandeira.Iluminem iluminem iluminem o caminho da bandeira.Se as nuvens de baionetas forem trevas no caminho da bandeiraque incendeiem a noite com as pedras da ruamas que haja luz à passagem da bandeirapara que os olhos vazados vejam a bandeirapara que as bocas rasgadas cantem a bandeirapara que os ferros caiam à passagem da bandeira.Carlos Maria Araújo

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