Cravo de Abril: O IMPÉRIO ZELA POR NÓS...

30-05-2010
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Numa conferência realizada em Dublin, foi decidido avançar para um projecto de tratado visando proibir a utilização das célebres e bárbaras bombas de fragmentação.Muito bem!Só que... os principais utilizadores dessas (e de todas as outras) bombas - os Estados Unidos da América - não participaram na conferência.Além disso, e como era de esperar, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano apressou-se a esclarecer que nada do que ali foi decidido «mudou a nossa posição» - que é a de continuar a utilizar as ditas bombas, obviamente.Questionado sobre as «consequências da rejeição do tratado» para a imagem dos EUA no mundo, o porta-voz, com a típica arrogância made in USA, aconselhou as pessoas a tirar «as suas próprias conclusões»...Tiremos a conclusão: o Império zela por nós...Pronto, por mim fico-me por aqui.Porque se ceder à tentação de qualificar com rigor a atitude dos EUA face a esta questão - e se essa qualificação chegar ao conhecimento dos propagandistas lusos do Império - serei implacavelmente fustigado com a terrível acusação de «anti-americanista primário». Acusação que, na situação actual, tende cada vez mais a significar«amigo de terroristas» - e que, por isso, está mesmo a pedir a justiceira fragmentação...


Numa conferência realizada em Dublin, foi decidido avançar para um projecto de tratado visando proibir a utilização das célebres e bárbaras bombas de fragmentação.Muito bem!Só que... os principais utilizadores dessas (e de todas as outras) bombas - os Estados Unidos da América - não participaram na conferência.Além disso, e como era de esperar, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano apressou-se a esclarecer que nada do que ali foi decidido «mudou a nossa posição» - que é a de continuar a utilizar as ditas bombas, obviamente.Questionado sobre as «consequências da rejeição do tratado» para a imagem dos EUA no mundo, o porta-voz, com a típica arrogância made in USA, aconselhou as pessoas a tirar «as suas próprias conclusões»...Tiremos a conclusão: o Império zela por nós...Pronto, por mim fico-me por aqui.Porque se ceder à tentação de qualificar com rigor a atitude dos EUA face a esta questão - e se essa qualificação chegar ao conhecimento dos propagandistas lusos do Império - serei implacavelmente fustigado com a terrível acusação de «anti-americanista primário». Acusação que, na situação actual, tende cada vez mais a significar«amigo de terroristas» - e que, por isso, está mesmo a pedir a justiceira fragmentação...

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