Cravo de Abril: O DIÁRIO DA MANHÃ VOLTOU

05-08-2010
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Relembro: o Diário da Manhã era órgão oficial do fascismo salazarista.Recordo: Diário da Manhã é o título escolhido por António Ribeiro Ferreira (ARF) para uma rubrica por ele assinada no Correio da Manhã.Insisto: o título da rubrica condiz plenamente com o conteúdo reaccionário, ultradireitista, fascista, das prosas que ARF ali verte.Concluo: o Diário da Manhã voltou.Ontem, ARF disparou duas rajadas raivosas: uma sobre José Saramago, outra sobre os que criticaram a ausência de Cavaco Silva no funeral do Prémio Nobel.Sobre Saramago, ARF alerta os seus correligionários: «é preciso não esquecer que o homem sempre defendeu os massacres cometidos pela União Soviética, as piores ditaduras e nunca esteve ao lado da liberdade» - e há que reconhecer que nenhum escriba do Diário da Manhã fascista desempenharia melhor o papel de sentinela vigilante da defesa do regime.Quanto aos que criticaram Cavaco por não ter ido ao funeral... se me permitem, abro aqui um parêntesis para fazer uma confissão: pela primeira vez, estive de acordo, digamos assim, com uma atitude de Cavaco; ou seja: gostei de não o ver no funeral de José Saramago - tanto quanto não gostei de ver outros que, hipócrita e oportunisticamente, lá foram...Voltando à prosa de ARF. Escreve ele, dirigindo-se aos que criticaram o Cavaco: «Vivemos num País de homens e mulheres livres. Gostem ou não. Se não gostarem têm bom remédio. Comam menos. E deixem-nos em paz» - assim escreviam também, e também no Diário da Manhã, os ARF's nascidos, criados e alimentados no País de homens e mulheres livres que Salazar chefiava.Uma coisa é certa: o Diário da Manhã voltou.Que mais nos irá acontecer?


Relembro: o Diário da Manhã era órgão oficial do fascismo salazarista.Recordo: Diário da Manhã é o título escolhido por António Ribeiro Ferreira (ARF) para uma rubrica por ele assinada no Correio da Manhã.Insisto: o título da rubrica condiz plenamente com o conteúdo reaccionário, ultradireitista, fascista, das prosas que ARF ali verte.Concluo: o Diário da Manhã voltou.Ontem, ARF disparou duas rajadas raivosas: uma sobre José Saramago, outra sobre os que criticaram a ausência de Cavaco Silva no funeral do Prémio Nobel.Sobre Saramago, ARF alerta os seus correligionários: «é preciso não esquecer que o homem sempre defendeu os massacres cometidos pela União Soviética, as piores ditaduras e nunca esteve ao lado da liberdade» - e há que reconhecer que nenhum escriba do Diário da Manhã fascista desempenharia melhor o papel de sentinela vigilante da defesa do regime.Quanto aos que criticaram Cavaco por não ter ido ao funeral... se me permitem, abro aqui um parêntesis para fazer uma confissão: pela primeira vez, estive de acordo, digamos assim, com uma atitude de Cavaco; ou seja: gostei de não o ver no funeral de José Saramago - tanto quanto não gostei de ver outros que, hipócrita e oportunisticamente, lá foram...Voltando à prosa de ARF. Escreve ele, dirigindo-se aos que criticaram o Cavaco: «Vivemos num País de homens e mulheres livres. Gostem ou não. Se não gostarem têm bom remédio. Comam menos. E deixem-nos em paz» - assim escreviam também, e também no Diário da Manhã, os ARF's nascidos, criados e alimentados no País de homens e mulheres livres que Salazar chefiava.Uma coisa é certa: o Diário da Manhã voltou.Que mais nos irá acontecer?

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