Cravo de Abril: Alegre: ma non troppo

20-01-2011
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Ontem foi noite de Aqui e Agora. Mas: aqui e agora, o quê? A resposta não nos foi dada como seria de esperar: foi comício porque sim, e até teve uns artistas a darem-nos música. O primeiro deles foi o José Soeiro que nos embalou saudando a geração dos 500 €. Mas, onde estava - por exemplo - no dia 13 de Dezembro quando foi assinado o Tratado de Lisboa? Ah, não nos esqueçamos : foi o seu dia de estreia enquanto deputado da AR. Naturalmente, pensamos nós, enquanto jovem de esquerda que falou daquilo que nos mais preocupa: ou as propinas, ou a contínua degradação do ensino público, ou as precárias condições laborais, ou a assinatura dum tratado que compromete o nosso futuro, ou, ou... Pois, seria bom! José Soeiro, o mesmo que ontem se mostrou indignado pelas políticas que nos fazem, a nós - jovens portugueses, a geração dos 500€, orou sobre as praxes nas universidades. Era o mais urgente, que diabo.E, com mais meia dúzia de ilusões próprias de malabaristas, foi o circo decorrendo. Manuel Alegre começou dizendo que se tratava duma iniciativa cultural e o resto foi o paleio do costume: no seu tom de voz inconfundível foi evocando aquilo que há muito não pratica: os valores de esquerda, a esquerda de valores, o socialismo, o estar do lado dos pobres e dos oprimidos, ... E hoje os MEDIA serão inundados com notícias que um novo movimento de esquerda se reorganiza, que ganha força, que cresce, mas amanhã os participantes não mais se lembrarão deste comício, não mais se lembrarão do que defenderam. Aliás como vem sendo costume: da parte do Bloco, como agoirou o Jerónimo, bastará as eleições de 2009 para pôr definitivamente os dois pés dentro. O Manuel Alegre não necessitará de tanto tempo para se assumir: é só esperar pela próxima votação em AR... É mesmo caso para dizer: Alegre ma non troppo.


Ontem foi noite de Aqui e Agora. Mas: aqui e agora, o quê? A resposta não nos foi dada como seria de esperar: foi comício porque sim, e até teve uns artistas a darem-nos música. O primeiro deles foi o José Soeiro que nos embalou saudando a geração dos 500 €. Mas, onde estava - por exemplo - no dia 13 de Dezembro quando foi assinado o Tratado de Lisboa? Ah, não nos esqueçamos : foi o seu dia de estreia enquanto deputado da AR. Naturalmente, pensamos nós, enquanto jovem de esquerda que falou daquilo que nos mais preocupa: ou as propinas, ou a contínua degradação do ensino público, ou as precárias condições laborais, ou a assinatura dum tratado que compromete o nosso futuro, ou, ou... Pois, seria bom! José Soeiro, o mesmo que ontem se mostrou indignado pelas políticas que nos fazem, a nós - jovens portugueses, a geração dos 500€, orou sobre as praxes nas universidades. Era o mais urgente, que diabo.E, com mais meia dúzia de ilusões próprias de malabaristas, foi o circo decorrendo. Manuel Alegre começou dizendo que se tratava duma iniciativa cultural e o resto foi o paleio do costume: no seu tom de voz inconfundível foi evocando aquilo que há muito não pratica: os valores de esquerda, a esquerda de valores, o socialismo, o estar do lado dos pobres e dos oprimidos, ... E hoje os MEDIA serão inundados com notícias que um novo movimento de esquerda se reorganiza, que ganha força, que cresce, mas amanhã os participantes não mais se lembrarão deste comício, não mais se lembrarão do que defenderam. Aliás como vem sendo costume: da parte do Bloco, como agoirou o Jerónimo, bastará as eleições de 2009 para pôr definitivamente os dois pés dentro. O Manuel Alegre não necessitará de tanto tempo para se assumir: é só esperar pela próxima votação em AR... É mesmo caso para dizer: Alegre ma non troppo.

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