O Cachimbo de Magritte: A mentalidade liberal laicista

30-05-2010
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Depois do Daniel Oliveira e do João Galamba, também a Palmira Silva decidiu escrever sobre a Mensagem que o Papa Bento XVI enviou ao Congresso Internacional que celebrou os 40 anos da encíclica de Paulo VI, Humanae Vitae. Nada de novo no Reino da Esquerda. A ferocidade da crítica é inversamente proporcional ao estudo dos documentos da Igreja. Neste aspecto, não obstante a Palmira Silva aparentar estar mais informadas do que o Daniel Oliveira e o João Galamba acerca do que a Igreja diz, nem por isso revela especial capacidade para interpretar devidamente o seu alcance (confronte-se, por exemplo, a inversão que Palmira Silva opera quando fala do acto sexual como um pecado prazenteiro apenas desculpado pela geração dos filhos ou, ainda, quando ilustra a suposta amoralidade da Igreja a partir da ideia de que matar é errado porque Deus o diz e não porque a vida humana seja um valor em si). O texto da Palmira Silva é longo, demasiadamente longo, mas pode facilmente ser reduzido a isto: O facto do papel social e caritativo que a Igreja desempenha no mundo ser muitas vezes financiado através dos impostos dos contribuintes, deveria obrigar a Igreja a nortear as suas actividades por princípios que não são os seus. Segundo a interpretação da Palmira Silva, a Igreja tem uma visão totalitária quando impõe a todos, por via da sua acção social e caritativa, princípios religiosos que são só de alguns. Suspeito que totalitarismo apareça aqui por oposição à visão liberal que Palmira Silva revela ter quando sugere que aos idosos e doentes deve ser vedada a possibilidade de participar aos Domingos na Santa Missa através da emissão da televisão pública portuguesa.


Depois do Daniel Oliveira e do João Galamba, também a Palmira Silva decidiu escrever sobre a Mensagem que o Papa Bento XVI enviou ao Congresso Internacional que celebrou os 40 anos da encíclica de Paulo VI, Humanae Vitae. Nada de novo no Reino da Esquerda. A ferocidade da crítica é inversamente proporcional ao estudo dos documentos da Igreja. Neste aspecto, não obstante a Palmira Silva aparentar estar mais informadas do que o Daniel Oliveira e o João Galamba acerca do que a Igreja diz, nem por isso revela especial capacidade para interpretar devidamente o seu alcance (confronte-se, por exemplo, a inversão que Palmira Silva opera quando fala do acto sexual como um pecado prazenteiro apenas desculpado pela geração dos filhos ou, ainda, quando ilustra a suposta amoralidade da Igreja a partir da ideia de que matar é errado porque Deus o diz e não porque a vida humana seja um valor em si). O texto da Palmira Silva é longo, demasiadamente longo, mas pode facilmente ser reduzido a isto: O facto do papel social e caritativo que a Igreja desempenha no mundo ser muitas vezes financiado através dos impostos dos contribuintes, deveria obrigar a Igreja a nortear as suas actividades por princípios que não são os seus. Segundo a interpretação da Palmira Silva, a Igreja tem uma visão totalitária quando impõe a todos, por via da sua acção social e caritativa, princípios religiosos que são só de alguns. Suspeito que totalitarismo apareça aqui por oposição à visão liberal que Palmira Silva revela ter quando sugere que aos idosos e doentes deve ser vedada a possibilidade de participar aos Domingos na Santa Missa através da emissão da televisão pública portuguesa.

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