Tasca das Amoreiras

11-11-2009
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Ao longo da minha vida já vi muita coisa, mas por vezes ainda fico espantado com alguns acontecimentos. Entre o mais absurdo que vi, entre outras coisas, foi um leilão no e-bay em que foi arrematado por $100 o “NADA”. Mas hoje ainda me espantou mais ao ser leiloado por 33.600€ uma madeixa de cabelos presumivelmente pertencentes a John Lennon. Como não podia de deixar de ser o feito deu-se em Inglaterra (onde mais poderia acontecer?). Sendo que a base de licitação era de 4.200€, será lícito pensar que havia muita gente disposta a dar dinheiro pelos cabelos. Com tanta gente e principalmente crianças a morrer de fome em todo o mundo, não seria mais lógico aqueles a quem o dinheiro pesa muito no bolso oferecerem-no a quem mais necessita? Fica a pergunta para reflexão e para todos aqueles que até o “nada” compram! Jacinto César

Sou eu que estou louco ou então alguém me está a deixar louco. É visível por todos nós que a higiene em todos os lugares públicos melhorou consideravelmente nestes últimos anos. Basta ir a um qualquer café, loja ou supermercado para o verificar. Até há uns anos atrás era impensável recorrer a uma casa de banho que não fosse a minha. A falta de limpeza, a falta de “papel”, de sabão e outras coisas mais eram por demais evidentes. As cozinhas dos restaurantes eram muitas vezes de higiene muito duvidosa. Os produtos que se vendiam avulso em qualquer loja tinham origens e qualidade de fazer pensar duas vezes antes de os adquirir. Reconheço que muita coisa mudou positivamente em Portugal nestes últimos tempos. E se tal aconteceu deve-se em parte à actuação da ASAE. Tudo bem. O que está a acontecer agora é que já é demais. A ASAE tornou-se numa polícia mediática e pelos vistos gostam de se ver. Daí ao abuso vai um passo. Então não é que estes senhores querem acabar com as chávenas de café tradicionais em favor dos copos de plástico? Estão a ver a cena, não estão? Entra-se no nosso café ou pastelaria habituais, pede-se o tradicional café e em resposta e a bem da higiene toma lá um café em copo de plástico. E no verão? Queres uma “imperial”? Toma lá uma cerveja em copo de plástico. Queres um pastel de nata? Então leva lá este embalado! Mas aonde chegámos nós? Será que passámos de “porcos” a maníacos da higiene? Ou será que outros interesses se escondem por detrás de tais medidas? Num qualquer dia destes estaremos a comer num restaurante do mais fino em finos pratos de plástico e os talheres serão a condizer. Se calhar sou eu que de verdade estou a ficar louco! Para todos aqueles que não concordam com a medida assinem a petição. http://www.petitiononline.com/naoasae/petition.html Jacinto César

Dear Mr. Gordon Brown Desculpe estar-lhe a escrever na língua de Camões, mas o meu inglês é tão mau como o seu português. Poderá pensar que tenho um embirração especial por si e pelo seu governo, mas lá que o senhor não se anda a portar bem lá isso é uma verdade e eu Zé português não gosto. Há uns tempos atrás deixou impune um labregóte (e outras coisas mais) que andou a dizer mal do meu país a propósito do caso Maddie. Jamais o senhor iria pedir desculpas pelo facto a “uns reles e porcos comedores de sardinhas”. Que afronta! Este fim de semana recusou-se vir a Portugal e à cimeira UA-UE com a desculpa de estar presente outro labrego e seu inimigo de estimação e de seu nome Mugabe. Sei que é sempre mais agradável estar acompanhado pelo rei ou algum príncipe da democrata Arábia Saudita. Tiranos, mas com mais dinheiro. Mas enfim: inimigos sempre são inimigos. Agora, já fez saber que não pode estar presente na assinatura do Tratado Europeu porque tem um debate no parlamento. Não é por nada, mas o senhor e ao contrário do seu antecessor não gosta mesmo nada do meu país, pois não? Eu julgo que não! E quer saber de uma coisa? Eu também não gosto nada dos ingleses (que me desculpem os bons). A vossa arrogância já cheira mal! Passe bem! Jacinto César

Nota introdutória – Aquilo que vou escrever, escrevo-o com conhecimento de causa pois por felicidade minha conheço um bom par de países africanos, todos os países africanos da baia do Mediterrâneo e alguns do Médio Oriente. Quando pequeno o meu Pai contava-me uma história que não sei se é verdade, e que se calhar alguém também já a ouviu, mas vou contá-la na mesma. Havia numa localidade um merceeiro que era gago e com quem muita gente se metia devido à sua deficiência. Havia também alguém que diariamente e durante anos fazia gala em azucrinar a cabeça do infeliz homem. Um belo dia o protagonista resolveu acabar com aquela afronta diária e esperou o provocador com um pau. Para azar dos dois, a pausada foi demasiadamente forte: o provocador morreu e o merceeiro foi para a cadeia. No dia do julgamento e já na sala do tribunal, o juiz perguntou-lhe o que tinha acontecido. O pobre homem, a única coisa que conseguia dizer e a gaguejar era: Meeerrriiiiiitttísssssimmmmoooo juuuuuiiiiizzzzz … Meeerrriiiiiitttísssssimmmmoooo juuuuuiiiiizzzzz. O nervoso não o deixava dizer mais. E repetiu uma dúzia de vezes a mesma lengalenga. O juiz já farto da conversa disse ao réu que falasse de uma vez, porque não tinha o dia inteiro. O nosso homem como não conseguia articular uma só palavra, resolveu escrever. Dizia assim o escrito que passou ao juiz: “ Senhor Juiz, se o senhor já está farto de me ouvir ao fim de poucos minutos, como estaria eu ao ouvir as mesmas ofensas durante anos?” Perguntar-se-ão o que tem esta história a ver com África? Tudo! Há um bom par de anos atrás, tive a oportunidade de ir à Rodésia (actual Zimbabué). País fantástico já nessa altura! Anos mais tarde, o regime de Iam Smith caiu e subiu ao poder o actual presidente Robert Mugabe. Presumo pelo que leio e ouço que o país deu um grande trambolhão desde então. A causa próxima terá sido a nacionalização das terras aos súbditos de Sua Majestade. Os naturais não conseguiram dar continuidade ao trabalho feito e temos um país a morrer de fome. Como seria de prever não vou aqui defender o tirano Mugabe nem os seus métodos de governo. Mas alguém é capaz de imaginar a que se devia a prosperidade da Rodésia nos tempos do Sr. Smith? À semi-escravatura em que a população vivia. Isso mesmo, escravatura. EU VI! Tal como na primeira história, o protagonista fartou-se! Só se enganaram na pessoa que os conduziu à liberdade. Talvez tenha sido pior a emenda que o soneto, mas libertaram-se! Às vezes dou comigo a pensar: até que ponto o cidadão comum (como eu), não é manipulado pela (des)informação? Acredito cegamente que o homem não será flor que se cheire! E os antigos fazendeiros dos quais não se fala? Será que eram assim tão boas pessoas? Que faríamos nós se outros nos roubassem sistematicamente a casa? Algum dia reagiríamos. Quanto aos métodos … Continuarei a escrever sobre a minha África. Jacinto César

Ontem casualmente ouvi as notícias da Antena 1 quando me deslocava de carro e ouvi o Sr. Procurador-geral da República dizer algo que me deixou preocupado. Dizia ele que a criminalidade em Portugal tinha diminuído em quantidade, mas que tinha aumentado em qualidade e isto a propósito do atentado à bomba contra um “senhor da noite” em Lisboa. É pá, então não querem lá ver que são os bandidos a aproveitar os dinheiros do Fundo Social Europeu para fazer formação profissional? Será que as organizações dos criminosos ao “contratar” os seus profissionais lhe proporcionam a formação necessária, com estágio incluído, para desenvolver melhor o “seu trabalho”? Se até agora andava relativamente tranquilo em todo o lado esperando que o pior que me poderia acontecer era ficar sem o telemóvel, já que não ando com muito dinheiro no bolso, a partir de agora tenho que passar a andar com mais cuidado não vá o diabo tecê-las. Num país em que a produtividade do trabalho é baixa (bom tema para daqui a uns dias) serem os “bandidos” a terem o melhor desempenho é no mínimo caricato, apesar de todos sabermos ser uma actividade muito mais lucrativa que o TRABALHO! Estes, já só faltam ter organizações sindicais e patronais a defendê-los e segurança social para quando a actividade não correr a feição, coisa não muito difícil de acontecer, pois estamos todos a ficar na penúria porque o “ganster mor” nos continua a assaltar todos os dias. Atenção criminosos, o ministro anda atrás de vocês. Não, não é o da justiça, é o das finanças. Jacinto César

Cada povo tem o que merece como se costuma dizer. Mais ou menos o mesmo se pode aplicar à nossa cidade e seus políticos. Temos o que merecemos. Temos os políticos que merecemos, ou seja, de uma qualidade muito duvidosa a todos os níveis. E isto aplica-se a TODOS: os do poder e os da oposição! É muito triste ver-se a relação entre as duas “partes” e entre estes e o comum dos cidadãos. A demagogia do poder e os argumentos falaciosos da oposição são demais evidentes. E como se pode mudar este estado de coisas? Não pode!! E porquê? Vejamos um exemplo “prático”. Imaginemos um cidadão competente na sua área profissional, honesto, empenhado e com vontade de ajudar o seu próximo. Inocentemente pensa que pode contribuir com todas as suas capacidades numa causa comum e que pode passar por integrar uma lista para a sua autarquia. Pode optar por dois caminhos: ou se candidata numa lista independente ou “vende” a sua consciência a um partido político. No primeiro caso e se ganhar umas eleições ia-se sujeitar aos ataques dos profissionais da política. Todos os motivos seriam bons para o caluniarem, enxovalharem, duvidarem da sua honestidade e competência, etc. E se se integrar numa lista partidária? Aconteceria exactamente o mesmo! E pergunto agora eu: qual é o cidadão decente que se quer ver envolvido numa situação destas? Nenhum!! A política é como uma droga: depois de se provar já não se quer outra coisa. O poder, o protagonismo, as mordomias, o DINHEIRO, são factores que fazem correr a grande maioria desta classe cada vez mais desprezada pelos cidadãos. Ora se os capazes se afastam, quem sobra? Os incompetentes, os desonestos, os vaidosos, os intelectualmente menores e todos aqueles que não sabem fazer mais nada. Uma mãe (mulher de um ex-lider político de um não importante partido) a falar para outra sobre o seu filho – “ o rapaz depois de fazer o 12º ano não quis continuar a estudar e como tal metemo-lo na política”. Palavra para quê, é um político português. Jacinto César

Aquando do referendo sobre o aborto envolvi-me em várias polémicas por manifestar o meu NÃO veemente. Referi várias vezes que a IVG era autenticamente a “condenação á morte” dum inocente. Disse-o e continuo a repeti-lo. Para mim é um crime praticado sobre alguém que não teve culpa de “ter sido chamado” a este mundo por alguém que depois se arrependeu. Infelizmente o referendo deu no que deu e o morticínio continua. Mas à boa moda dos “vermelhos”, a luta continua! Mas à frente. Hoje gostaria aqui de reflectir sobre a pena capital. Sempre entendi e continuo a entender que a pena de morte é o processo mais simples da sociedade fazer pagar alguém por crimes que praticou. A velha máxima do “olho por olho, dente por dente” não pode ser aplicada por uma sociedade civilizada, sob pena de um qualquer dia destes vermos um violador ser condenado a ser violado e sucessivamente. Se se praticou um crime, este deve ser punido, mas nunca da maneira mais simples que é eliminar pura e simplesmente o criminoso. Recuso esta ideia mesmo para crimes confessos. Esta é a razão principal pelo qual sou contra. Mas se esta não chegasse, poderia ainda argumentar outro factor a ter em conta: o erro judicial. Se já é bárbaro condenar um culpado, que dizer de condenar um inocente? Não se pense que é invulgar. Vai que não vai outro caso de erro vem parar à opinião pública. Faz hoje oito dias que nos EUA foi absolvido alguém que foi condenado à morte há quinze anos. Esse homem permaneceu QUINZE anos no chamado “corredor da morte” sendo inocente. Mas como é possível que tal se passe num país que se diz “o mais desenvolvido do mundo”? Se a isto se chama desenvolvimento, prefiro viver “no meu país subdesenvolvido”. E se isto acontece nos EUA que pensar do que se passa noutros países onde a referida pena está institucionalizada e aplicada por dá cá aquela palha? Para mim basta-me a primeira razão! Jacinto César

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Ao longo da minha vida já vi muita coisa, mas por vezes ainda fico espantado com alguns acontecimentos. Entre o mais absurdo que vi, entre outras coisas, foi um leilão no e-bay em que foi arrematado por $100 o “NADA”. Mas hoje ainda me espantou mais ao ser leiloado por 33.600€ uma madeixa de cabelos presumivelmente pertencentes a John Lennon. Como não podia de deixar de ser o feito deu-se em Inglaterra (onde mais poderia acontecer?). Sendo que a base de licitação era de 4.200€, será lícito pensar que havia muita gente disposta a dar dinheiro pelos cabelos. Com tanta gente e principalmente crianças a morrer de fome em todo o mundo, não seria mais lógico aqueles a quem o dinheiro pesa muito no bolso oferecerem-no a quem mais necessita? Fica a pergunta para reflexão e para todos aqueles que até o “nada” compram! Jacinto César

Sou eu que estou louco ou então alguém me está a deixar louco. É visível por todos nós que a higiene em todos os lugares públicos melhorou consideravelmente nestes últimos anos. Basta ir a um qualquer café, loja ou supermercado para o verificar. Até há uns anos atrás era impensável recorrer a uma casa de banho que não fosse a minha. A falta de limpeza, a falta de “papel”, de sabão e outras coisas mais eram por demais evidentes. As cozinhas dos restaurantes eram muitas vezes de higiene muito duvidosa. Os produtos que se vendiam avulso em qualquer loja tinham origens e qualidade de fazer pensar duas vezes antes de os adquirir. Reconheço que muita coisa mudou positivamente em Portugal nestes últimos tempos. E se tal aconteceu deve-se em parte à actuação da ASAE. Tudo bem. O que está a acontecer agora é que já é demais. A ASAE tornou-se numa polícia mediática e pelos vistos gostam de se ver. Daí ao abuso vai um passo. Então não é que estes senhores querem acabar com as chávenas de café tradicionais em favor dos copos de plástico? Estão a ver a cena, não estão? Entra-se no nosso café ou pastelaria habituais, pede-se o tradicional café e em resposta e a bem da higiene toma lá um café em copo de plástico. E no verão? Queres uma “imperial”? Toma lá uma cerveja em copo de plástico. Queres um pastel de nata? Então leva lá este embalado! Mas aonde chegámos nós? Será que passámos de “porcos” a maníacos da higiene? Ou será que outros interesses se escondem por detrás de tais medidas? Num qualquer dia destes estaremos a comer num restaurante do mais fino em finos pratos de plástico e os talheres serão a condizer. Se calhar sou eu que de verdade estou a ficar louco! Para todos aqueles que não concordam com a medida assinem a petição. http://www.petitiononline.com/naoasae/petition.html Jacinto César

Dear Mr. Gordon Brown Desculpe estar-lhe a escrever na língua de Camões, mas o meu inglês é tão mau como o seu português. Poderá pensar que tenho um embirração especial por si e pelo seu governo, mas lá que o senhor não se anda a portar bem lá isso é uma verdade e eu Zé português não gosto. Há uns tempos atrás deixou impune um labregóte (e outras coisas mais) que andou a dizer mal do meu país a propósito do caso Maddie. Jamais o senhor iria pedir desculpas pelo facto a “uns reles e porcos comedores de sardinhas”. Que afronta! Este fim de semana recusou-se vir a Portugal e à cimeira UA-UE com a desculpa de estar presente outro labrego e seu inimigo de estimação e de seu nome Mugabe. Sei que é sempre mais agradável estar acompanhado pelo rei ou algum príncipe da democrata Arábia Saudita. Tiranos, mas com mais dinheiro. Mas enfim: inimigos sempre são inimigos. Agora, já fez saber que não pode estar presente na assinatura do Tratado Europeu porque tem um debate no parlamento. Não é por nada, mas o senhor e ao contrário do seu antecessor não gosta mesmo nada do meu país, pois não? Eu julgo que não! E quer saber de uma coisa? Eu também não gosto nada dos ingleses (que me desculpem os bons). A vossa arrogância já cheira mal! Passe bem! Jacinto César

Nota introdutória – Aquilo que vou escrever, escrevo-o com conhecimento de causa pois por felicidade minha conheço um bom par de países africanos, todos os países africanos da baia do Mediterrâneo e alguns do Médio Oriente. Quando pequeno o meu Pai contava-me uma história que não sei se é verdade, e que se calhar alguém também já a ouviu, mas vou contá-la na mesma. Havia numa localidade um merceeiro que era gago e com quem muita gente se metia devido à sua deficiência. Havia também alguém que diariamente e durante anos fazia gala em azucrinar a cabeça do infeliz homem. Um belo dia o protagonista resolveu acabar com aquela afronta diária e esperou o provocador com um pau. Para azar dos dois, a pausada foi demasiadamente forte: o provocador morreu e o merceeiro foi para a cadeia. No dia do julgamento e já na sala do tribunal, o juiz perguntou-lhe o que tinha acontecido. O pobre homem, a única coisa que conseguia dizer e a gaguejar era: Meeerrriiiiiitttísssssimmmmoooo juuuuuiiiiizzzzz … Meeerrriiiiiitttísssssimmmmoooo juuuuuiiiiizzzzz. O nervoso não o deixava dizer mais. E repetiu uma dúzia de vezes a mesma lengalenga. O juiz já farto da conversa disse ao réu que falasse de uma vez, porque não tinha o dia inteiro. O nosso homem como não conseguia articular uma só palavra, resolveu escrever. Dizia assim o escrito que passou ao juiz: “ Senhor Juiz, se o senhor já está farto de me ouvir ao fim de poucos minutos, como estaria eu ao ouvir as mesmas ofensas durante anos?” Perguntar-se-ão o que tem esta história a ver com África? Tudo! Há um bom par de anos atrás, tive a oportunidade de ir à Rodésia (actual Zimbabué). País fantástico já nessa altura! Anos mais tarde, o regime de Iam Smith caiu e subiu ao poder o actual presidente Robert Mugabe. Presumo pelo que leio e ouço que o país deu um grande trambolhão desde então. A causa próxima terá sido a nacionalização das terras aos súbditos de Sua Majestade. Os naturais não conseguiram dar continuidade ao trabalho feito e temos um país a morrer de fome. Como seria de prever não vou aqui defender o tirano Mugabe nem os seus métodos de governo. Mas alguém é capaz de imaginar a que se devia a prosperidade da Rodésia nos tempos do Sr. Smith? À semi-escravatura em que a população vivia. Isso mesmo, escravatura. EU VI! Tal como na primeira história, o protagonista fartou-se! Só se enganaram na pessoa que os conduziu à liberdade. Talvez tenha sido pior a emenda que o soneto, mas libertaram-se! Às vezes dou comigo a pensar: até que ponto o cidadão comum (como eu), não é manipulado pela (des)informação? Acredito cegamente que o homem não será flor que se cheire! E os antigos fazendeiros dos quais não se fala? Será que eram assim tão boas pessoas? Que faríamos nós se outros nos roubassem sistematicamente a casa? Algum dia reagiríamos. Quanto aos métodos … Continuarei a escrever sobre a minha África. Jacinto César

Ontem casualmente ouvi as notícias da Antena 1 quando me deslocava de carro e ouvi o Sr. Procurador-geral da República dizer algo que me deixou preocupado. Dizia ele que a criminalidade em Portugal tinha diminuído em quantidade, mas que tinha aumentado em qualidade e isto a propósito do atentado à bomba contra um “senhor da noite” em Lisboa. É pá, então não querem lá ver que são os bandidos a aproveitar os dinheiros do Fundo Social Europeu para fazer formação profissional? Será que as organizações dos criminosos ao “contratar” os seus profissionais lhe proporcionam a formação necessária, com estágio incluído, para desenvolver melhor o “seu trabalho”? Se até agora andava relativamente tranquilo em todo o lado esperando que o pior que me poderia acontecer era ficar sem o telemóvel, já que não ando com muito dinheiro no bolso, a partir de agora tenho que passar a andar com mais cuidado não vá o diabo tecê-las. Num país em que a produtividade do trabalho é baixa (bom tema para daqui a uns dias) serem os “bandidos” a terem o melhor desempenho é no mínimo caricato, apesar de todos sabermos ser uma actividade muito mais lucrativa que o TRABALHO! Estes, já só faltam ter organizações sindicais e patronais a defendê-los e segurança social para quando a actividade não correr a feição, coisa não muito difícil de acontecer, pois estamos todos a ficar na penúria porque o “ganster mor” nos continua a assaltar todos os dias. Atenção criminosos, o ministro anda atrás de vocês. Não, não é o da justiça, é o das finanças. Jacinto César

Cada povo tem o que merece como se costuma dizer. Mais ou menos o mesmo se pode aplicar à nossa cidade e seus políticos. Temos o que merecemos. Temos os políticos que merecemos, ou seja, de uma qualidade muito duvidosa a todos os níveis. E isto aplica-se a TODOS: os do poder e os da oposição! É muito triste ver-se a relação entre as duas “partes” e entre estes e o comum dos cidadãos. A demagogia do poder e os argumentos falaciosos da oposição são demais evidentes. E como se pode mudar este estado de coisas? Não pode!! E porquê? Vejamos um exemplo “prático”. Imaginemos um cidadão competente na sua área profissional, honesto, empenhado e com vontade de ajudar o seu próximo. Inocentemente pensa que pode contribuir com todas as suas capacidades numa causa comum e que pode passar por integrar uma lista para a sua autarquia. Pode optar por dois caminhos: ou se candidata numa lista independente ou “vende” a sua consciência a um partido político. No primeiro caso e se ganhar umas eleições ia-se sujeitar aos ataques dos profissionais da política. Todos os motivos seriam bons para o caluniarem, enxovalharem, duvidarem da sua honestidade e competência, etc. E se se integrar numa lista partidária? Aconteceria exactamente o mesmo! E pergunto agora eu: qual é o cidadão decente que se quer ver envolvido numa situação destas? Nenhum!! A política é como uma droga: depois de se provar já não se quer outra coisa. O poder, o protagonismo, as mordomias, o DINHEIRO, são factores que fazem correr a grande maioria desta classe cada vez mais desprezada pelos cidadãos. Ora se os capazes se afastam, quem sobra? Os incompetentes, os desonestos, os vaidosos, os intelectualmente menores e todos aqueles que não sabem fazer mais nada. Uma mãe (mulher de um ex-lider político de um não importante partido) a falar para outra sobre o seu filho – “ o rapaz depois de fazer o 12º ano não quis continuar a estudar e como tal metemo-lo na política”. Palavra para quê, é um político português. Jacinto César

Aquando do referendo sobre o aborto envolvi-me em várias polémicas por manifestar o meu NÃO veemente. Referi várias vezes que a IVG era autenticamente a “condenação á morte” dum inocente. Disse-o e continuo a repeti-lo. Para mim é um crime praticado sobre alguém que não teve culpa de “ter sido chamado” a este mundo por alguém que depois se arrependeu. Infelizmente o referendo deu no que deu e o morticínio continua. Mas à boa moda dos “vermelhos”, a luta continua! Mas à frente. Hoje gostaria aqui de reflectir sobre a pena capital. Sempre entendi e continuo a entender que a pena de morte é o processo mais simples da sociedade fazer pagar alguém por crimes que praticou. A velha máxima do “olho por olho, dente por dente” não pode ser aplicada por uma sociedade civilizada, sob pena de um qualquer dia destes vermos um violador ser condenado a ser violado e sucessivamente. Se se praticou um crime, este deve ser punido, mas nunca da maneira mais simples que é eliminar pura e simplesmente o criminoso. Recuso esta ideia mesmo para crimes confessos. Esta é a razão principal pelo qual sou contra. Mas se esta não chegasse, poderia ainda argumentar outro factor a ter em conta: o erro judicial. Se já é bárbaro condenar um culpado, que dizer de condenar um inocente? Não se pense que é invulgar. Vai que não vai outro caso de erro vem parar à opinião pública. Faz hoje oito dias que nos EUA foi absolvido alguém que foi condenado à morte há quinze anos. Esse homem permaneceu QUINZE anos no chamado “corredor da morte” sendo inocente. Mas como é possível que tal se passe num país que se diz “o mais desenvolvido do mundo”? Se a isto se chama desenvolvimento, prefiro viver “no meu país subdesenvolvido”. E se isto acontece nos EUA que pensar do que se passa noutros países onde a referida pena está institucionalizada e aplicada por dá cá aquela palha? Para mim basta-me a primeira razão! Jacinto César

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