Queridas leitoras,Apesar da excelente colaboração que muitas de vós efectuaram para adivinhar de quem seria a "sopeira" que decorou aquele cantinho a cheirar a bimbalhona campestre, nenhuma de vós acertou. Não era, de todo, fácil. Nada fácil, mesmo...Nem num filme de Almodovar haveria uma sofá-table tão kitsh. Só na Bobadela..., ou em Queluz, na zona das diabéticas.Pois bem, está então na altura de relevar a grande senhora da sociedade nacional, supostamente afável, mas uma grande bimbalhona do social.Para chegarmos até ela, temos de tomar ainda alguns quilómetros de viagem, que se faz em direcção ao norte do país, mais concretamente pela região do Douro...Na minha opinião, nunca uma estrada mereceu tanto ser chamado "caminho de cabras"Depois de irmos até ao cu do mundo, aqui no nosso Portugal (aliás, vosso, que eu sou uma puta sem nação, desvairada mesmo) , chegamos ao portão do curral, também conhecido como Hotel da Várzea (alguns já sabem de quem falo).Já ouvi pessoas, enquanto saiam por este portão, a dizerem esta é das ganadarias mais típicas do Douro.Entrados por aquele portão vê-se um edifício simpático, com bom aspecto, bem mantido.Pior mesmo é quando se está para entrar, se dá de caras com a "proprietária"...Maria Manuel CyrneVejamos a "história oficial":A Quinta do Visconde da Várzea, que pertence à Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne, um palácio do séc. XVIII, lindíssimo transformado em Hotel Rural Visconde da Várzea. A empresária recordou a opção familiar de trocar o bulício de Lisboa, pela vida campestre, numa propriedade que já pertencera aos seus antepassados, e que depois de obras de reabilitação se tornou num hotel de charme e de referência no turismo de habitação da região.Em 1975, a casa foi vendida pela família que a tinha há gerações à Seagrams, o que deu um profundo desgosto à Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne. Nesta altura apaixona-se por um primo, tendo casado pouco tempo depois, sem o aval da família. Não tiveram filhos de imediato por receio de problemas gerados pela consanguinidade.Veio para Lisboa, abriu uma botique e, quando a Seagrams colocou a casa à venda, arriscou e comprou de novo a casa que tinha passado de geração em geração na sua família.A Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne entretanto conseguiu engravidar, tendo tido gémeos, que têm 5 anos (cada, como é óbvio), vivendo naquela casa.A Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne costuma contar esta "estória" aos clientes de forma a inspirar as outras pessoas a irem em busca do sonho.A versão que apurámos:Maria Manuel Cyrne, é filha de uma empregada daquela casa. Aliás, correu o boato que até nem filha desta seria, pois na altura aquela copa era um reboliço e uma promiscuidade entre patrões e empregados. Mas que foi concebida ao nível da copa, parece consensual...Obviamente que na história oficial, a menção a ser Viscondessa, só poderá ter sido um lapso. Que confirmamos juntos das "autoridades" devidas. De facto, "Viscondessa" ou foi um erro ou manifestamente uma metáfora. Tal como o Dr.ª...Para além daquele "corner" (que utilisamos para o "teaser") toda a casa, transformada em hotel de charme (eu que já lá fui diria que era "pensão de cherne"), está pirosamente decorada, com peças provindas da loja da "Viscondessa", em Lisboa. E mais, com tudo à venda! Mesmo quando quando se está a almoçar podem ver os preços dos pratos por baixo dos mesmos. E dos talheres, galheteiros, cadeiras, mesas e, inacreditável, a tampa da sanita do WC onde toda a gente vai se aliviar (incluindo o marido da "Viscondessa", que por causa dos comprimidos que toma para lhe regular o trânsito intestinal, pois para a impotência já não há cura, deixa um travo azedo nos lavabos, que até nos deixa a lacrimejar e com aquele piquinho a arranhar a garganta...)E se tem clientes que não sabem ao que vão, é vê-la a cantar o fado com as mãos entre as pernas e a atingir o timbre potente da grande Natália de Andrade (essa monhé louca varrida comparada à Callas).Trureloo,Amélia
Categorias
Entidades
Queridas leitoras,Apesar da excelente colaboração que muitas de vós efectuaram para adivinhar de quem seria a "sopeira" que decorou aquele cantinho a cheirar a bimbalhona campestre, nenhuma de vós acertou. Não era, de todo, fácil. Nada fácil, mesmo...Nem num filme de Almodovar haveria uma sofá-table tão kitsh. Só na Bobadela..., ou em Queluz, na zona das diabéticas.Pois bem, está então na altura de relevar a grande senhora da sociedade nacional, supostamente afável, mas uma grande bimbalhona do social.Para chegarmos até ela, temos de tomar ainda alguns quilómetros de viagem, que se faz em direcção ao norte do país, mais concretamente pela região do Douro...Na minha opinião, nunca uma estrada mereceu tanto ser chamado "caminho de cabras"Depois de irmos até ao cu do mundo, aqui no nosso Portugal (aliás, vosso, que eu sou uma puta sem nação, desvairada mesmo) , chegamos ao portão do curral, também conhecido como Hotel da Várzea (alguns já sabem de quem falo).Já ouvi pessoas, enquanto saiam por este portão, a dizerem esta é das ganadarias mais típicas do Douro.Entrados por aquele portão vê-se um edifício simpático, com bom aspecto, bem mantido.Pior mesmo é quando se está para entrar, se dá de caras com a "proprietária"...Maria Manuel CyrneVejamos a "história oficial":A Quinta do Visconde da Várzea, que pertence à Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne, um palácio do séc. XVIII, lindíssimo transformado em Hotel Rural Visconde da Várzea. A empresária recordou a opção familiar de trocar o bulício de Lisboa, pela vida campestre, numa propriedade que já pertencera aos seus antepassados, e que depois de obras de reabilitação se tornou num hotel de charme e de referência no turismo de habitação da região.Em 1975, a casa foi vendida pela família que a tinha há gerações à Seagrams, o que deu um profundo desgosto à Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne. Nesta altura apaixona-se por um primo, tendo casado pouco tempo depois, sem o aval da família. Não tiveram filhos de imediato por receio de problemas gerados pela consanguinidade.Veio para Lisboa, abriu uma botique e, quando a Seagrams colocou a casa à venda, arriscou e comprou de novo a casa que tinha passado de geração em geração na sua família.A Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne entretanto conseguiu engravidar, tendo tido gémeos, que têm 5 anos (cada, como é óbvio), vivendo naquela casa.A Viscondessa Drª Maria Manuel Cyrne costuma contar esta "estória" aos clientes de forma a inspirar as outras pessoas a irem em busca do sonho.A versão que apurámos:Maria Manuel Cyrne, é filha de uma empregada daquela casa. Aliás, correu o boato que até nem filha desta seria, pois na altura aquela copa era um reboliço e uma promiscuidade entre patrões e empregados. Mas que foi concebida ao nível da copa, parece consensual...Obviamente que na história oficial, a menção a ser Viscondessa, só poderá ter sido um lapso. Que confirmamos juntos das "autoridades" devidas. De facto, "Viscondessa" ou foi um erro ou manifestamente uma metáfora. Tal como o Dr.ª...Para além daquele "corner" (que utilisamos para o "teaser") toda a casa, transformada em hotel de charme (eu que já lá fui diria que era "pensão de cherne"), está pirosamente decorada, com peças provindas da loja da "Viscondessa", em Lisboa. E mais, com tudo à venda! Mesmo quando quando se está a almoçar podem ver os preços dos pratos por baixo dos mesmos. E dos talheres, galheteiros, cadeiras, mesas e, inacreditável, a tampa da sanita do WC onde toda a gente vai se aliviar (incluindo o marido da "Viscondessa", que por causa dos comprimidos que toma para lhe regular o trânsito intestinal, pois para a impotência já não há cura, deixa um travo azedo nos lavabos, que até nos deixa a lacrimejar e com aquele piquinho a arranhar a garganta...)E se tem clientes que não sabem ao que vão, é vê-la a cantar o fado com as mãos entre as pernas e a atingir o timbre potente da grande Natália de Andrade (essa monhé louca varrida comparada à Callas).Trureloo,Amélia