O país do Burro: Mais duas

29-05-2010
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As remunerações no regime geral da Administração Pública, aquele que tem maior peso no total de funcionários do Estado, estão estruturadas por grupos de pessoal. Abaixo apresentamos as remunerações máxima e mínima em cada grupo (valor ilíquido), sendo que o valor mínimo corresponde ao vencimento auferido no início da carreira e o valor máximo ao do topo da carreira, ao qual se chegava, na melhor das hipóteses, ao fim de 25 anos (e que nem todos atingiam).a) Técnico Superior: entre 1.048,87 e 2.940,75 euros;b) ´Técnico: entre 725,39 e 2.123,88 euros;c) Técnico Profissional: entre 650,23 e 1.470,38 euros;d) Administrativo: entre 650,23 e 1.101,15 euros;e) Pessoal Auxiliar: entre 418,24 e 699,25 euros;Os valores apresentados dizem respeito ao sistema de remunerações ainda em vigor e foram retirados daqui.Ora o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, disse, na conferência anual da Ordem dos Economistas, que um funcionário público custava ao Estado, em 2005, cerca de 25 mil euros por ano, mais 180% que há década e meia, quando a despesa com um trabalhador era de apenas 9 mil euros. Ou seja, para além de dizer que um trabalhador da função pública ganha, em média, um rendimento mensal de cerca de 2 mil euros, ainda diz que em 15 anos as remunerações aumentaram 180%. Duas mentiras. A grande maioria dos funcionários públicos nem os 9 mil euros referidos como a média de há 15 anos ganha. Mas, mais ridículo ainda, foi dizer que as remunerações médias aumentaram 180%, mais de 10% ao ano. Deliberadamente ou não, o secretário de Estado mentiu. Ou então – e não sei se é mais ou menos grave que mentir – não faz a mínima ideia daquilo que diz, apesar da secretaria de Estado que dirige ser precisamente a da Administração pública. Ou então distraiu-se. Ou então… estava só a brincar.


As remunerações no regime geral da Administração Pública, aquele que tem maior peso no total de funcionários do Estado, estão estruturadas por grupos de pessoal. Abaixo apresentamos as remunerações máxima e mínima em cada grupo (valor ilíquido), sendo que o valor mínimo corresponde ao vencimento auferido no início da carreira e o valor máximo ao do topo da carreira, ao qual se chegava, na melhor das hipóteses, ao fim de 25 anos (e que nem todos atingiam).a) Técnico Superior: entre 1.048,87 e 2.940,75 euros;b) ´Técnico: entre 725,39 e 2.123,88 euros;c) Técnico Profissional: entre 650,23 e 1.470,38 euros;d) Administrativo: entre 650,23 e 1.101,15 euros;e) Pessoal Auxiliar: entre 418,24 e 699,25 euros;Os valores apresentados dizem respeito ao sistema de remunerações ainda em vigor e foram retirados daqui.Ora o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, disse, na conferência anual da Ordem dos Economistas, que um funcionário público custava ao Estado, em 2005, cerca de 25 mil euros por ano, mais 180% que há década e meia, quando a despesa com um trabalhador era de apenas 9 mil euros. Ou seja, para além de dizer que um trabalhador da função pública ganha, em média, um rendimento mensal de cerca de 2 mil euros, ainda diz que em 15 anos as remunerações aumentaram 180%. Duas mentiras. A grande maioria dos funcionários públicos nem os 9 mil euros referidos como a média de há 15 anos ganha. Mas, mais ridículo ainda, foi dizer que as remunerações médias aumentaram 180%, mais de 10% ao ano. Deliberadamente ou não, o secretário de Estado mentiu. Ou então – e não sei se é mais ou menos grave que mentir – não faz a mínima ideia daquilo que diz, apesar da secretaria de Estado que dirige ser precisamente a da Administração pública. Ou então distraiu-se. Ou então… estava só a brincar.

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