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O Colégio Rainha Santa Isabel, em funcionamento no coração de Coimbra e rodeado de escolas públicas por todo o lado, é um dos colégios privados que agora gemem porque apareceu alguma vontade política em acabar com o financiamento público do ensino privado. É dado como exemplo pelos bons resultados que apresenta nos rankings. Pudera. No seu regulamento interno estipula-se quanto à admissão de alunos:
1- Para a admissão de alunos, o Colégio, desenvolverá anualmente com os candidatos pré-inscritos um processo de selecção no qual, para além da adesão dos Pais e Encarregados de Educação e do próprio aluno ao Ideário e Projecto Educativo do Colégio, serão tidos em conta os seguintes critérios:
(…)
f) Percurso educativo do candidato;
(…)
3- Em caso algum serão factores de exclusão neste processo aspectos relacionados com a raça, religião, posição social e opções políticas dos candidatos ou das suas famílias.
O ponto 3 é de uma hipocrisia espantosa. É que no seu ideário o CRS afirma ter como “Visão Educativa” isto:
“Tenhamos somente em vista a glória de Deus e a salvação do mundo. Que todas as nossas acções tendam para este nobre fim.” “A Pedagogia Cluny não é neutra: busca fundamentalmente a Vontade de Deus e a felicidade da Humanidade”
No seu regulamento interno encontram-se igualmente barbaridades deste género:
O Colégio da Rainha Santa Isabel pretende formar os alunos no sentido cristão da vida, para isso o aluno deve:
Dizer sim a Deus.
Investir na formação religiosa séria e actualizada e testemunho da fé no meio em que vive.
Criar espaços de oração pessoal e em grupo.
Desenvolver uma devoção especial a Nossa Senhora.
Para remate, a cereja no topo da pastelaria: os professores estão obrigados a
Participar na oração comunitária da manhã na Capela;
Deixando de lado a questão de saber como pode um ensino religioso fundamentalista ser reconhecido por um estado laico, fiquemos pelo mais imediato: querem os vossos filhos em colégios de freiras, paguem do vosso bolso. Nós, que pagamos impostos, não temos que sustentar religiões, já fomos obrigados a fazê-lo até ao século XIX e bastou. E muito menos subsidiar uma instituição que obriga os seus trabalhadores à prática da “oração”.
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O Colégio Rainha Santa Isabel, em funcionamento no coração de Coimbra e rodeado de escolas públicas por todo o lado, é um dos colégios privados que agora gemem porque apareceu alguma vontade política em acabar com o financiamento público do ensino privado. É dado como exemplo pelos bons resultados que apresenta nos rankings. Pudera. No seu regulamento interno estipula-se quanto à admissão de alunos:
1- Para a admissão de alunos, o Colégio, desenvolverá anualmente com os candidatos pré-inscritos um processo de selecção no qual, para além da adesão dos Pais e Encarregados de Educação e do próprio aluno ao Ideário e Projecto Educativo do Colégio, serão tidos em conta os seguintes critérios:
(…)
f) Percurso educativo do candidato;
(…)
3- Em caso algum serão factores de exclusão neste processo aspectos relacionados com a raça, religião, posição social e opções políticas dos candidatos ou das suas famílias.
O ponto 3 é de uma hipocrisia espantosa. É que no seu ideário o CRS afirma ter como “Visão Educativa” isto:
“Tenhamos somente em vista a glória de Deus e a salvação do mundo. Que todas as nossas acções tendam para este nobre fim.” “A Pedagogia Cluny não é neutra: busca fundamentalmente a Vontade de Deus e a felicidade da Humanidade”
No seu regulamento interno encontram-se igualmente barbaridades deste género:
O Colégio da Rainha Santa Isabel pretende formar os alunos no sentido cristão da vida, para isso o aluno deve:
Dizer sim a Deus.
Investir na formação religiosa séria e actualizada e testemunho da fé no meio em que vive.
Criar espaços de oração pessoal e em grupo.
Desenvolver uma devoção especial a Nossa Senhora.
Para remate, a cereja no topo da pastelaria: os professores estão obrigados a
Participar na oração comunitária da manhã na Capela;
Deixando de lado a questão de saber como pode um ensino religioso fundamentalista ser reconhecido por um estado laico, fiquemos pelo mais imediato: querem os vossos filhos em colégios de freiras, paguem do vosso bolso. Nós, que pagamos impostos, não temos que sustentar religiões, já fomos obrigados a fazê-lo até ao século XIX e bastou. E muito menos subsidiar uma instituição que obriga os seus trabalhadores à prática da “oração”.