O colégio “Rainha Santa”, um caso de assalto às finanças públicas em nome de deus

27-01-2011
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O Colégio Rainha Santa Isabel, em funcionamento no coração de Coimbra e rodeado de escolas públicas por todo o lado, é um dos colégios privados que agora gemem porque apareceu alguma vontade política em acabar com o financiamento público do ensino privado. É dado como exemplo pelos bons resultados que apresenta nos rankings. Pudera. No seu regulamento interno estipula-se quanto à admissão de alunos:

1- Para a admissão de alunos, o Colégio, desenvolverá anualmente com os candidatos pré-inscritos um processo de selecção no qual, para além da adesão dos Pais e Encarregados de Educação e do próprio aluno ao Ideário e Projecto Educativo do Colégio, serão tidos em conta os seguintes critérios:

(…)

f) Percurso educativo do candidato;

(…)

3- Em caso algum serão factores de exclusão neste processo aspectos relacionados com a raça, religião, posição social e opções políticas dos candidatos ou das suas famílias.

O ponto 3 é de uma hipocrisia espantosa. É que no seu ideário o CRS afirma ter como “Visão Educativa” isto:

“Tenhamos somente em vista a glória de Deus e a salvação do mundo. Que todas as nossas acções tendam para este nobre fim.” “A Pedagogia Cluny não é neutra: busca fundamentalmente a Vontade de Deus e a felicidade da Humanidade”

No seu regulamento interno encontram-se igualmente barbaridades deste género:

O Colégio da Rainha Santa Isabel pretende formar os alunos no sentido cristão da vida, para isso o aluno deve:

Dizer sim a Deus.

Investir na formação religiosa séria e actualizada e testemunho da fé no meio em que vive.

Criar espaços de oração pessoal e em grupo.

Desenvolver uma devoção especial a Nossa Senhora.

Para remate, a cereja no topo da pastelaria: os professores estão obrigados a

Participar na oração comunitária da manhã na Capela;

Deixando de lado a questão de saber como pode um ensino religioso fundamentalista ser reconhecido por um estado laico, fiquemos pelo mais imediato: querem os vossos filhos em colégios de freiras, paguem do vosso bolso. Nós, que pagamos impostos, não temos que sustentar religiões, já fomos obrigados a fazê-lo até ao século XIX e bastou. E muito menos subsidiar uma instituição que obriga os seus trabalhadores à prática da “oração”.

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O Colégio Rainha Santa Isabel, em funcionamento no coração de Coimbra e rodeado de escolas públicas por todo o lado, é um dos colégios privados que agora gemem porque apareceu alguma vontade política em acabar com o financiamento público do ensino privado. É dado como exemplo pelos bons resultados que apresenta nos rankings. Pudera. No seu regulamento interno estipula-se quanto à admissão de alunos:

1- Para a admissão de alunos, o Colégio, desenvolverá anualmente com os candidatos pré-inscritos um processo de selecção no qual, para além da adesão dos Pais e Encarregados de Educação e do próprio aluno ao Ideário e Projecto Educativo do Colégio, serão tidos em conta os seguintes critérios:

(…)

f) Percurso educativo do candidato;

(…)

3- Em caso algum serão factores de exclusão neste processo aspectos relacionados com a raça, religião, posição social e opções políticas dos candidatos ou das suas famílias.

O ponto 3 é de uma hipocrisia espantosa. É que no seu ideário o CRS afirma ter como “Visão Educativa” isto:

“Tenhamos somente em vista a glória de Deus e a salvação do mundo. Que todas as nossas acções tendam para este nobre fim.” “A Pedagogia Cluny não é neutra: busca fundamentalmente a Vontade de Deus e a felicidade da Humanidade”

No seu regulamento interno encontram-se igualmente barbaridades deste género:

O Colégio da Rainha Santa Isabel pretende formar os alunos no sentido cristão da vida, para isso o aluno deve:

Dizer sim a Deus.

Investir na formação religiosa séria e actualizada e testemunho da fé no meio em que vive.

Criar espaços de oração pessoal e em grupo.

Desenvolver uma devoção especial a Nossa Senhora.

Para remate, a cereja no topo da pastelaria: os professores estão obrigados a

Participar na oração comunitária da manhã na Capela;

Deixando de lado a questão de saber como pode um ensino religioso fundamentalista ser reconhecido por um estado laico, fiquemos pelo mais imediato: querem os vossos filhos em colégios de freiras, paguem do vosso bolso. Nós, que pagamos impostos, não temos que sustentar religiões, já fomos obrigados a fazê-lo até ao século XIX e bastou. E muito menos subsidiar uma instituição que obriga os seus trabalhadores à prática da “oração”.

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