café moleskine: O ataque à função publica

23-12-2009
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Os dois sectores prioritários para proceder a cortes na função pública, quer de efectivos quer de despesas, já estão bem definidos. Depois do secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, ter sublinhado, recentemente, o peso excessivo dos sectores da Educação e da Saúde, o relatório da comissão encarregue de proceder à revisão do sistema de carreiras - a que o PÚBLICO teve acesso - concretiza a medida, apontando os dois principais alvos: o pessoal administrativo e os auxiliares de acção médica e educativos. (in Publico) O ataque à função publica mantém-se...Podemos (e devemos) observar este fenómeno sob diversos pontos de vista:O governo acha que os funcionário publicos são excessivos. Pode ser que sim... mas de quem é a culpa? Dos funcionários ou de quem lá os meteu? Como tal, do meu ponto de vista, os funcionários pertencentes à F.Publica não devem perder a sua principal regalia, que é não poderem ser despedidos (excepto por motivos disciplinares). É injusto? Pode ser que sim... mas foram as regras acordadas quando se começou a jogar. Limitar o acesso de novos funcionários seria a melhor opção.O governo tem pressa em aprovar esta medida. Porquê? Porque se isto se arrasta mais um anito, ficaremos já muito proximo das eleições. E todos sabemos que em epoca de angariação de votos as medidas populares aumentam e as anti-sociais diminuem...Ser promovido por mérito é sério e justo, mas apenas se bem aplicado. Sem factores "Cunha". O governo diz que as progresões automáticas têm que acabar. As pessoas devem saber: NÃO HÁ PROGRESSÕES AUTOMÁTICAS. As progressões dos funcionários estão dependentes da avaliação de desempenho. E não é por dizer uma mentira muitas vezes que ela passa a verdade...Os funcionarios da F.Publica são demasiados? Talvez... mas serão os culpados de todos os males? Certamente que não! Mas é isso que querem fazer passar, que os F.Publicos são o cancro da sociedade.Os sectores mais atacados serão os administrativos e os auxiliares de acção medica e educativos. São muitos? Provavelmente... mas será pelos 500 euros que cada um ganha que temos o "buraco" na F.Publica? Ou será pelos altos vencimentos de gestores publicos, que auferem 3000, 4000, 5000 euros ou mais, e ainda têm direito a carro, telemovel, almoços, viagens, subsidio de representação, subsidio, mais subsidio, mais subsidio... e ainda não satisfeitos, essas regalias estendem-se à esposa(ou marido), ao cunhado, ao irmao, ao vizinho, à amante, à maezinha (já faleceu? Deus lhe dê eterno descanso, mas como já não pode receber o subsidio, recebe o filhinho...)Por fim, os sindicatos. São moles e brandos? Podem ter a certeza que sim! Não nos servem para nada. As suas medidas de luta estão ao nivel de um terceiro mundo... é fazer uma grevezita de um dia, com viagem até à porta da Assembleia (enquanto vão, passeiam), fazem uns comes e bebes, agitam-se uns cartazes e no final do dia regressam a casa com o pensamento "ah, lutamos como valentes... pena é que os bolinhos de bacalhau estivessem um bocado salgados". Enquanto isso, o "Don Socrates" e seu gang riem-se da nossa pobreza de espirito. Gostava de ler as vossas opiniões...

Os dois sectores prioritários para proceder a cortes na função pública, quer de efectivos quer de despesas, já estão bem definidos. Depois do secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, ter sublinhado, recentemente, o peso excessivo dos sectores da Educação e da Saúde, o relatório da comissão encarregue de proceder à revisão do sistema de carreiras - a que o PÚBLICO teve acesso - concretiza a medida, apontando os dois principais alvos: o pessoal administrativo e os auxiliares de acção médica e educativos. (in Publico) O ataque à função publica mantém-se...Podemos (e devemos) observar este fenómeno sob diversos pontos de vista:O governo acha que os funcionário publicos são excessivos. Pode ser que sim... mas de quem é a culpa? Dos funcionários ou de quem lá os meteu? Como tal, do meu ponto de vista, os funcionários pertencentes à F.Publica não devem perder a sua principal regalia, que é não poderem ser despedidos (excepto por motivos disciplinares). É injusto? Pode ser que sim... mas foram as regras acordadas quando se começou a jogar. Limitar o acesso de novos funcionários seria a melhor opção.O governo tem pressa em aprovar esta medida. Porquê? Porque se isto se arrasta mais um anito, ficaremos já muito proximo das eleições. E todos sabemos que em epoca de angariação de votos as medidas populares aumentam e as anti-sociais diminuem...Ser promovido por mérito é sério e justo, mas apenas se bem aplicado. Sem factores "Cunha". O governo diz que as progresões automáticas têm que acabar. As pessoas devem saber: NÃO HÁ PROGRESSÕES AUTOMÁTICAS. As progressões dos funcionários estão dependentes da avaliação de desempenho. E não é por dizer uma mentira muitas vezes que ela passa a verdade...Os funcionarios da F.Publica são demasiados? Talvez... mas serão os culpados de todos os males? Certamente que não! Mas é isso que querem fazer passar, que os F.Publicos são o cancro da sociedade.Os sectores mais atacados serão os administrativos e os auxiliares de acção medica e educativos. São muitos? Provavelmente... mas será pelos 500 euros que cada um ganha que temos o "buraco" na F.Publica? Ou será pelos altos vencimentos de gestores publicos, que auferem 3000, 4000, 5000 euros ou mais, e ainda têm direito a carro, telemovel, almoços, viagens, subsidio de representação, subsidio, mais subsidio, mais subsidio... e ainda não satisfeitos, essas regalias estendem-se à esposa(ou marido), ao cunhado, ao irmao, ao vizinho, à amante, à maezinha (já faleceu? Deus lhe dê eterno descanso, mas como já não pode receber o subsidio, recebe o filhinho...)Por fim, os sindicatos. São moles e brandos? Podem ter a certeza que sim! Não nos servem para nada. As suas medidas de luta estão ao nivel de um terceiro mundo... é fazer uma grevezita de um dia, com viagem até à porta da Assembleia (enquanto vão, passeiam), fazem uns comes e bebes, agitam-se uns cartazes e no final do dia regressam a casa com o pensamento "ah, lutamos como valentes... pena é que os bolinhos de bacalhau estivessem um bocado salgados". Enquanto isso, o "Don Socrates" e seu gang riem-se da nossa pobreza de espirito. Gostava de ler as vossas opiniões...

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