OS TEMPOS QUE CORREM. Miguel Vale de Almeida

24-12-2009
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As folhas caídas.

Passo os olhos pelas listas de apoiantes de Mário Soares, Manuel Alegre, Francisco Louçã (não encontro referência a apoiantes de Jerónimo de Sousa). Em todas elas encontro nomes ou de amigos, ou de pessoas próximas ou de gente que respeito e admiro e ao lado de quem já "travei" (que raio de expressão...) outras "batalhas" (outra...). As declarações de candidatura até agora directa ou indirectamente disponibilizadas não demonstram grandes diferenças de fundo - a não ser uma melhor definição e articulação de objectivos na de Louçã. Correspondem sobretudo ao jogo (legítimo) dos alinhamentos partidários e eleitorais ou às crises e clivagens dentro de partidos (aplica-se quase só ao PS, é claro). Nenhuma das candidaturas é clara na proposta de uma visão moderna e cosmopolita no plano da igualdade, sobretudo no "sim ou sopas", quando estes me parecem temas claramente presidenciais. São reactivas à situação conjuntural do país e não propõem visões de sociedade como competiria a um PR. É claro que parte do problema é meu: atravesso um período (que já vai longo) de reflexão sobre questões ideológicas e políticas que me faz ficar na retaguarda ou à margem de posições claras de apoio a este ou àquele (sendo que isso me dá mais ansiedade que tranquilidade, convém dizer). Mas o meu lado sociológico diz-me que estes "estados de espírito" nunca são apenas "pessoais", mas manifestações de correntes mais vastas no "estado das coisas". A ver vamos: prestar atenção a declarações, ler programas, colocar questões, ouvir respostas. Um longo Outono aproxima-se. mva | 11:06|

As folhas caídas.

Passo os olhos pelas listas de apoiantes de Mário Soares, Manuel Alegre, Francisco Louçã (não encontro referência a apoiantes de Jerónimo de Sousa). Em todas elas encontro nomes ou de amigos, ou de pessoas próximas ou de gente que respeito e admiro e ao lado de quem já "travei" (que raio de expressão...) outras "batalhas" (outra...). As declarações de candidatura até agora directa ou indirectamente disponibilizadas não demonstram grandes diferenças de fundo - a não ser uma melhor definição e articulação de objectivos na de Louçã. Correspondem sobretudo ao jogo (legítimo) dos alinhamentos partidários e eleitorais ou às crises e clivagens dentro de partidos (aplica-se quase só ao PS, é claro). Nenhuma das candidaturas é clara na proposta de uma visão moderna e cosmopolita no plano da igualdade, sobretudo no "sim ou sopas", quando estes me parecem temas claramente presidenciais. São reactivas à situação conjuntural do país e não propõem visões de sociedade como competiria a um PR. É claro que parte do problema é meu: atravesso um período (que já vai longo) de reflexão sobre questões ideológicas e políticas que me faz ficar na retaguarda ou à margem de posições claras de apoio a este ou àquele (sendo que isso me dá mais ansiedade que tranquilidade, convém dizer). Mas o meu lado sociológico diz-me que estes "estados de espírito" nunca são apenas "pessoais", mas manifestações de correntes mais vastas no "estado das coisas". A ver vamos: prestar atenção a declarações, ler programas, colocar questões, ouvir respostas. Um longo Outono aproxima-se. mva | 11:06|

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