Em comunicado, citado pela Lusa, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sublinha que manifestou "o seu forte desagrado junto do administrador delegado da Bombardier", mas que este sustentou "não ter poderes para inverter a situação criada".
Sublinhando que a situação "não pode deixar de afectar a credibilidade e a boa fé da empresa no âmbito do processo negocial", o ministério salienta que a Bombardier não apresentou propostas concretas e aceitáveis de aluguer ou venda do complexo produtivo.
"O Governo já procedeu a uma análise das iniciativas e diligências efectuadas antes da sua entrada em funções, tendo verificado não existirem quaisquer compromissos firmes, definições de objectivos para o sector público ou linhas negociais orientadas nesse sentido", refere a nota da tutela, cujo ministro é Mário Lino.
No entanto, o Governo garante que já deu instruções à administração da CP para precisar o que possam vir a ser os objectivos e métodos negociais que permitam manter em Portugal capacidade para a construção de material circulante ferroviário.
Esta manhã, trabalhadores entraram nas instalações da fábrica da Amadora, com a polícia, para começar o desmantelamento e retirada de equipamento da secção de robótica, perante a indignação de um grupo de ex-trabalhadores da Bombardier.
Cerca de 30 ex-trabalhadores, que estão há duas semanas em vigília junto à fábrica para evitar a saída de material, não conseguiram impedir a entrada dos técnicos, devido à intervenção da polícia.
No entanto, garantem que vão fazer tudo para evitar a saída do equipamento, apesar da presença da polícia de intervenção.
PCP alerta que caso Bombardier pode marcar início do mandato de Sócrates
Numa reacção a decisão da Bombardier, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou que o envio da polícia de intervenção para a fábrica na Amadora "pode marcar o início do mandato" do Governo de José Sócrates. "Não é um sinal positivo o que está a acontecer na Bombardier. Assume um carácter muito grave e que pode marcar o início do mandato deste Governo a ida da polícia de choque para a empresa", afirmou o líder comunista, no final de uma reunião do Comité Central do PCP.
"Mais grave seria, se ao que tudo indica, a deslocação da polícia vier a dar cobertura à retirada das máquinas decisivas para que a empresa retome a laboração", criticou Jerónimo de Sousa.
Já hoje, junto à Bombardier, o líder da bancada parlamentar do PCP, Bernardino Soares, garantiu que o partido vai questionar o primeiro-ministro, José Sócrates, sobre a retirada de equipamento das instalações da fábrica.
Bernardino Soares sublinha que o PCP vai aproveitar a apresentação do programa do Governo no Parlamento, na segunda-feira, para questionar o executivo sobre a situação.
Ontem, o PCP já tinha entregue na Assembleia da República um requerimento a exigir ao Governo a explicação das medidas que vai adoptar para resolver a situação da empresa metalúrgica, cujo futuro estaria dependente de um acordo com a CP.
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Em comunicado, citado pela Lusa, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sublinha que manifestou "o seu forte desagrado junto do administrador delegado da Bombardier", mas que este sustentou "não ter poderes para inverter a situação criada".
Sublinhando que a situação "não pode deixar de afectar a credibilidade e a boa fé da empresa no âmbito do processo negocial", o ministério salienta que a Bombardier não apresentou propostas concretas e aceitáveis de aluguer ou venda do complexo produtivo.
"O Governo já procedeu a uma análise das iniciativas e diligências efectuadas antes da sua entrada em funções, tendo verificado não existirem quaisquer compromissos firmes, definições de objectivos para o sector público ou linhas negociais orientadas nesse sentido", refere a nota da tutela, cujo ministro é Mário Lino.
No entanto, o Governo garante que já deu instruções à administração da CP para precisar o que possam vir a ser os objectivos e métodos negociais que permitam manter em Portugal capacidade para a construção de material circulante ferroviário.
Esta manhã, trabalhadores entraram nas instalações da fábrica da Amadora, com a polícia, para começar o desmantelamento e retirada de equipamento da secção de robótica, perante a indignação de um grupo de ex-trabalhadores da Bombardier.
Cerca de 30 ex-trabalhadores, que estão há duas semanas em vigília junto à fábrica para evitar a saída de material, não conseguiram impedir a entrada dos técnicos, devido à intervenção da polícia.
No entanto, garantem que vão fazer tudo para evitar a saída do equipamento, apesar da presença da polícia de intervenção.
PCP alerta que caso Bombardier pode marcar início do mandato de Sócrates
Numa reacção a decisão da Bombardier, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, alertou que o envio da polícia de intervenção para a fábrica na Amadora "pode marcar o início do mandato" do Governo de José Sócrates. "Não é um sinal positivo o que está a acontecer na Bombardier. Assume um carácter muito grave e que pode marcar o início do mandato deste Governo a ida da polícia de choque para a empresa", afirmou o líder comunista, no final de uma reunião do Comité Central do PCP.
"Mais grave seria, se ao que tudo indica, a deslocação da polícia vier a dar cobertura à retirada das máquinas decisivas para que a empresa retome a laboração", criticou Jerónimo de Sousa.
Já hoje, junto à Bombardier, o líder da bancada parlamentar do PCP, Bernardino Soares, garantiu que o partido vai questionar o primeiro-ministro, José Sócrates, sobre a retirada de equipamento das instalações da fábrica.
Bernardino Soares sublinha que o PCP vai aproveitar a apresentação do programa do Governo no Parlamento, na segunda-feira, para questionar o executivo sobre a situação.
Ontem, o PCP já tinha entregue na Assembleia da República um requerimento a exigir ao Governo a explicação das medidas que vai adoptar para resolver a situação da empresa metalúrgica, cujo futuro estaria dependente de um acordo com a CP.