Largo das Calhandreiras: O Que Diz a Vizinhança

15-10-2009
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Disciplina do silêncioDecididamente, o Partido Comunista não se consegue adaptar às regras democráticas, continuando a evidenciar tiques que ficaram como marca da forma como exerceu o poder durante mais de quase meio século em parte da Europa.O insólito caso da presidência da câmara da Marinha Grande e a forma como tudo tem sido conduzido, é prova disso mesmo.Escolhido para "tirar" ao Partido Socialista a gestão de uma das autarquias mais simbólicas para o PCP, cedo se percebeu que Barros Duarte não iria ter um consolado calmo. Homem de ideias firmes, Barros Duarte chamou a si a gestão total da Câmara, deixando pouco espaço de intervenção aos camaradas das estruturas locais e nacionais.Só a disciplina do silêncio que continua a vigorar no PCP foi permitindo disfarçar a divisão que se foi percebendo existir entre o presidente e os vereadores do partido, mas que a votação para a instalação de uma média superfície no Campo da Portela tornou publica.Já se estava, portanto, à espera que algo acontecesse antes do fim do mandato, conhecidas que são as regras internas do Partido Comunista e o modo como costuma actuar.A concelhia anunciou a renuncia de Barros Duarte sem a presença deste, que, no entanto, não a formalizou, entrando de baixa médica, inviabilizando assim, para já, a pretensão do partido em ver Alberto Cascalho, actual vice-presidente, à frente da câmara o restante mandato, de forma a preparar as próximas eleições. Ou seja, por motivos internos, estratégicos ou de outra ordem, o PCP tentou forçar a saída de uma pessoa eleita democraticamente para um lugar, anunciando, inclusive, o seu substituto.Mas o que mais evidencia o desajustamento da forma de actuar do PCP em relação ao que é esperado de um partido que exerce política em democracia, é o silêncio sobre todo este processo que passadas duas semanas se continua a verificar. O partido liderado por Jerónimo de Sousa não sentiu necessidade em esclarecer os eleitores da Marinha Grande sobre o que se passa, ficando estes sem perceber quem está a dirigir a autarquia. Se a pessoa em quem votaram, se o substituto que o partido impôs. Esse silêncio pode ser normal nos países onde o comunismo ou outro regime totalitário qualquer ainda perdura, mas não o é concerteza num Estado que se rege por princípios democráticos há trinta anos e onde os cidadãos têm o direito de conhecer o que se passa nas instituições que os governam. Abençoado 25 de Novembro...JN(surripiado do Jornal de Leiria)


Disciplina do silêncioDecididamente, o Partido Comunista não se consegue adaptar às regras democráticas, continuando a evidenciar tiques que ficaram como marca da forma como exerceu o poder durante mais de quase meio século em parte da Europa.O insólito caso da presidência da câmara da Marinha Grande e a forma como tudo tem sido conduzido, é prova disso mesmo.Escolhido para "tirar" ao Partido Socialista a gestão de uma das autarquias mais simbólicas para o PCP, cedo se percebeu que Barros Duarte não iria ter um consolado calmo. Homem de ideias firmes, Barros Duarte chamou a si a gestão total da Câmara, deixando pouco espaço de intervenção aos camaradas das estruturas locais e nacionais.Só a disciplina do silêncio que continua a vigorar no PCP foi permitindo disfarçar a divisão que se foi percebendo existir entre o presidente e os vereadores do partido, mas que a votação para a instalação de uma média superfície no Campo da Portela tornou publica.Já se estava, portanto, à espera que algo acontecesse antes do fim do mandato, conhecidas que são as regras internas do Partido Comunista e o modo como costuma actuar.A concelhia anunciou a renuncia de Barros Duarte sem a presença deste, que, no entanto, não a formalizou, entrando de baixa médica, inviabilizando assim, para já, a pretensão do partido em ver Alberto Cascalho, actual vice-presidente, à frente da câmara o restante mandato, de forma a preparar as próximas eleições. Ou seja, por motivos internos, estratégicos ou de outra ordem, o PCP tentou forçar a saída de uma pessoa eleita democraticamente para um lugar, anunciando, inclusive, o seu substituto.Mas o que mais evidencia o desajustamento da forma de actuar do PCP em relação ao que é esperado de um partido que exerce política em democracia, é o silêncio sobre todo este processo que passadas duas semanas se continua a verificar. O partido liderado por Jerónimo de Sousa não sentiu necessidade em esclarecer os eleitores da Marinha Grande sobre o que se passa, ficando estes sem perceber quem está a dirigir a autarquia. Se a pessoa em quem votaram, se o substituto que o partido impôs. Esse silêncio pode ser normal nos países onde o comunismo ou outro regime totalitário qualquer ainda perdura, mas não o é concerteza num Estado que se rege por princípios democráticos há trinta anos e onde os cidadãos têm o direito de conhecer o que se passa nas instituições que os governam. Abençoado 25 de Novembro...JN(surripiado do Jornal de Leiria)

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