Socialissimo

10-11-2009
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Não sei se serão os UHF já um fóssil (no bom sentido) ou se o António Manuel Ribeiro um dinossauro do tal 'rock portuga'. Uma coisa é certa: longevidade é com eles. E sem formol. Fomos todos -ou quase todos- colegas no extinto Liceu D. João de Castro, de Almada, uns anos antes de se tornarem banda a sério. Com um deles, voltei a cruzar-me de novo, mais tarde, mas de camuflado vestido. E nunca uma corneta de alvorada terá sido tão bem tocada num quartel. O que admiro neste projecto UHF é a capacidade de sobrevivência e a tenacidade do mentor do mesmo: forma, reagrupa, torna a dar e segue em frente. Não é para todos, decididamente. Autênticos ' Cavalos de corrida '; tudo bons rapazes.

Gerard Sayer (aka) é rapaz para os seus sessenta anitos hoje em dia. Andava ele quase nos trinta, quando em '73, lança este 45rpm de seu nome ''. Parece Marcel, mas não é mimo e aainda não tinha sido 'inventada', canta e encanta. Tanto, que o meu velho vinil original, nesta faixa, encalha.Encalhado também ficou Sayer quando, do outro lado do Atlântico, uns artistas-da-cassete-pirata, de sua graça ', resolvem sonegar o tema e adaptar. Sem sucesso. 'Say(er)' no more.Antes disto, Roger, o louraço dos '', tinha gravado um tema de Sayer, que encantava as meninas da época: ' Giving it all away '.Quase ao mesmo tempo (foi uma época fértil) Steve Harley, ainda com cabelo, e a sua banda '' extasiava as multidões pós-com o seu quase sinfónico ''.Por cá também se ouvia nos 'disco pedidos', mas não chegava para rivalizar, em pedidos, com o Art Sullivan.

Nos primeiros anos de 1800, o enorme casarão apalaçado do Largo do Rato, pertencia ainda aos Marqueses de Viana. Fausto & festas de arromba levaram à ruína essa nobre família, não obstante diversos avisos feitos pelos mais próximos, no sentido de moderarem a actuação. De nada valeu, e em 1877 o palacete passa para novos proprietários: os Marqueses da Praia. E só sai dessa alçada familiar em 1974, por via de aquisição, para dar lugar à sede do Partido Socialista.

Admitindo que se aprende com a história (há sempre repetentes) e sabendo que as coisas não correram bem, mesmo alertados, aos primeiros proprietários, seria conveniente aos actuais ocupantes, que olhassem, hoje, de igual modo, para os sinais de alerta.

Congregar mais de oitenta mil manifestantes e, tal como Jerónimo de Sousa o disse, 'não propriamente um grupo de vanguarda e com tradição manifestante', ter um impressionante número de Professores descontentes e preocupados com a sua (nova) situação é, sem sombra de dúvida, um sinal a ter muito em conta.

A arrogância nunca conduziu nada a bom termo. E o arrogante arrisca-se sempre a sair pela esquerda baixa. Mais tarde ou mais cedo.

Não sei se serão os UHF já um fóssil (no bom sentido) ou se o António Manuel Ribeiro um dinossauro do tal 'rock portuga'. Uma coisa é certa: longevidade é com eles. E sem formol. Fomos todos -ou quase todos- colegas no extinto Liceu D. João de Castro, de Almada, uns anos antes de se tornarem banda a sério. Com um deles, voltei a cruzar-me de novo, mais tarde, mas de camuflado vestido. E nunca uma corneta de alvorada terá sido tão bem tocada num quartel. O que admiro neste projecto UHF é a capacidade de sobrevivência e a tenacidade do mentor do mesmo: forma, reagrupa, torna a dar e segue em frente. Não é para todos, decididamente. Autênticos ' Cavalos de corrida '; tudo bons rapazes.

Gerard Sayer (aka) é rapaz para os seus sessenta anitos hoje em dia. Andava ele quase nos trinta, quando em '73, lança este 45rpm de seu nome ''. Parece Marcel, mas não é mimo e aainda não tinha sido 'inventada', canta e encanta. Tanto, que o meu velho vinil original, nesta faixa, encalha.Encalhado também ficou Sayer quando, do outro lado do Atlântico, uns artistas-da-cassete-pirata, de sua graça ', resolvem sonegar o tema e adaptar. Sem sucesso. 'Say(er)' no more.Antes disto, Roger, o louraço dos '', tinha gravado um tema de Sayer, que encantava as meninas da época: ' Giving it all away '.Quase ao mesmo tempo (foi uma época fértil) Steve Harley, ainda com cabelo, e a sua banda '' extasiava as multidões pós-com o seu quase sinfónico ''.Por cá também se ouvia nos 'disco pedidos', mas não chegava para rivalizar, em pedidos, com o Art Sullivan.

Nos primeiros anos de 1800, o enorme casarão apalaçado do Largo do Rato, pertencia ainda aos Marqueses de Viana. Fausto & festas de arromba levaram à ruína essa nobre família, não obstante diversos avisos feitos pelos mais próximos, no sentido de moderarem a actuação. De nada valeu, e em 1877 o palacete passa para novos proprietários: os Marqueses da Praia. E só sai dessa alçada familiar em 1974, por via de aquisição, para dar lugar à sede do Partido Socialista.

Admitindo que se aprende com a história (há sempre repetentes) e sabendo que as coisas não correram bem, mesmo alertados, aos primeiros proprietários, seria conveniente aos actuais ocupantes, que olhassem, hoje, de igual modo, para os sinais de alerta.

Congregar mais de oitenta mil manifestantes e, tal como Jerónimo de Sousa o disse, 'não propriamente um grupo de vanguarda e com tradição manifestante', ter um impressionante número de Professores descontentes e preocupados com a sua (nova) situação é, sem sombra de dúvida, um sinal a ter muito em conta.

A arrogância nunca conduziu nada a bom termo. E o arrogante arrisca-se sempre a sair pela esquerda baixa. Mais tarde ou mais cedo.

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