Largo das Calhandreiras: A TESE OFICIAL

15-10-2009
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A tese oficial do PCP é a de que JBD se teria comprometido a deixar a autarquia a meio do mandato e que agora estaria a “roer a corda”. Haveria por isso um acordo anterior às eleições. Isto foi dito pelo funcionário do partido que conduziu a famosa conferência de imprensa da renúncia e de “apresentação” do novo presidente e do novo vereador, isto mesmo veio ontem dizer Jerónimo de Sousa que utilizou um discurso cauteloso, evitando claramente o extremar de posições até que seja conhecida a posição definitiva de JBD. O PCP deseja assim que JBD renuncie de forma a manter a câmara uma vez que, como tem sido afirmado, considera ter condições políticas para isso embora esta seja também uma manifestação inequívoca de que reconhece, implicitamente, que não tem condições para ir a eleições neste momento.Mas voltemos à tese oficial, dando de barato que a mesma é verdadeira (embora já se tenha ouvido do Presidente da Assembleia Municipal a versão de que JBD estaria cansado e de que ele próprio teria pedido para sair). Então pergunta-se a Jerónimo de Sousa, tão preocupado em defender que os compromissos são para serem cumpridos, falando da actuação do seu partido com uma superioridade moral que o distingue de comparações com outros, no que à defesa dos princípios e da dignidade dizem respeito, se é legitimo que o PCP se tenha apresentado ao eleitorado ocultando que o seu cabeça de lista tinha um contrato a termo, um vinculo precário com os seus eleitores?Ao defender a “boa tese”, a tese do JBD incumpridor (para alguns, "traidor"), Jerónimo não só veio dar razão ao eleitorado que se sente enganado, como veio confirmar que o PCP é um partido de falsos moralismos, um partido que afasta militantes por incumprimento de acordos, mas que não tem qualquer pejo em mentir descaradamente aos eleitores quando apresenta a sufrágio uma lista em que o número um é o isco e o número dois é uma primeira escolha derrotada à partida.


A tese oficial do PCP é a de que JBD se teria comprometido a deixar a autarquia a meio do mandato e que agora estaria a “roer a corda”. Haveria por isso um acordo anterior às eleições. Isto foi dito pelo funcionário do partido que conduziu a famosa conferência de imprensa da renúncia e de “apresentação” do novo presidente e do novo vereador, isto mesmo veio ontem dizer Jerónimo de Sousa que utilizou um discurso cauteloso, evitando claramente o extremar de posições até que seja conhecida a posição definitiva de JBD. O PCP deseja assim que JBD renuncie de forma a manter a câmara uma vez que, como tem sido afirmado, considera ter condições políticas para isso embora esta seja também uma manifestação inequívoca de que reconhece, implicitamente, que não tem condições para ir a eleições neste momento.Mas voltemos à tese oficial, dando de barato que a mesma é verdadeira (embora já se tenha ouvido do Presidente da Assembleia Municipal a versão de que JBD estaria cansado e de que ele próprio teria pedido para sair). Então pergunta-se a Jerónimo de Sousa, tão preocupado em defender que os compromissos são para serem cumpridos, falando da actuação do seu partido com uma superioridade moral que o distingue de comparações com outros, no que à defesa dos princípios e da dignidade dizem respeito, se é legitimo que o PCP se tenha apresentado ao eleitorado ocultando que o seu cabeça de lista tinha um contrato a termo, um vinculo precário com os seus eleitores?Ao defender a “boa tese”, a tese do JBD incumpridor (para alguns, "traidor"), Jerónimo não só veio dar razão ao eleitorado que se sente enganado, como veio confirmar que o PCP é um partido de falsos moralismos, um partido que afasta militantes por incumprimento de acordos, mas que não tem qualquer pejo em mentir descaradamente aos eleitores quando apresenta a sufrágio uma lista em que o número um é o isco e o número dois é uma primeira escolha derrotada à partida.

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