Jerónimo de Sousa condena "romance" entre Sócrates e Jardim

12-06-2010
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Jerónimo de Sousa, Edgar Silva e Artur Andrade, da Comissão Executiva, no termo do congresso regional do PCP da Madeira Homem de Gouveia, Lusa

O secretário-geral do PCP encerrou este domingo o VIII Congresso Regional dos comunistas da Madeira com um ataque ao “inusitado romance” entre Alberto João Jardim e José Sócrates, um entendimento que faria “chorar as pedras da calçada” se os protagonistas não fossem “farinha do mesmo saco”. No rescaldo da manifestação promovida pela CGTP em Lisboa, Jerónimo de Sousa voltou a condenar o “cerrar de passos” entre PS e PSD.

No dia em que o primeiro-ministro, de regresso de uma deslocação à América Latina, fez uma escala na Madeira para comunicar a Alberto João Jardim o desbloqueamento de verbas da comunidade lusa na Venezuela para a reconstrução da Região Autónoma, o secretário-geral do PCP desferiu duras críticas a ambos os dirigentes políticos. No cair do pano sobre o VIII Congresso Regional dos comunistas, Jerónimo de Sousa condenou o que disse ser a "farinha do mesmo saco da política de direita": "PS e PSD que aqui se misturam também na Região neste inusitado romance em que Sócrates e Jardim se enredaram".

"Não soubéssemos nós o que isso significa e dir-se-ia que tanto amor é de fazer chorar as pedras da calçada, mas a verdade é que isto só surpreenderá os mais distraídos", lançou o dirigente comunista, para quem "o vozear que, por detrás das querelas recorrentes em redor do défice democrático se ouve entre PS e PS, só serve para esconder a larga identidade de opções e orientações que unem estes dois partidos tanto no plano nacional como no regional".

"Uma identidade que agora se exprime em toda a sua extensão neste cerrar de passos unindo PS e PSD para atacar salários, roubar direitos e aumentar a exploração", reforçou Jerónimo de Sousa, para depois elogiar "a magnífica resposta dos trabalhadores portugueses e das massas populares à ofensiva concertada pelos governos do PS e PSD.

Edgar Silva propõe "programa de relançamento económico"

Eleito por unanimidade para a coordenação regional do PCP da Madeira, Edgar Silva defendeu, por sua vez, o lançamento de um "programa de relançamento económico" na Região Autónoma da Madeira. Isto porque "a dimensão catastrófica do actual quadro económico e financeiro aproxima a Região perigosamente do risco de insolvência e esta realidade não será alterada através da Lei de Meios". "Os apoios financeiros para a reconstrução de pouco servirão se não houver um programa de relançamento económico", vaticinou.

Segundo o coordenador regional dos comunistas madeirenses, a Lei de Meios acertada entre os governos da República e da Madeira, com vista aos trabalhos de reconstrução após a intempérie de 20 de Fevereiro, "constitui um paliativo que, por si só, não resolverá o quadro de colapso e de falência da actual autonomia".

Edgar Silva listou, em seguida, as linhas de base que os comunistas gostariam de ver consagradas num "programa de relançamento": dinamização da economia regional, alargamento do mercado interno, desenvolvimento dos sectores produtivos, aproveitamento de recursos regionais, dinamização de um mercado atlântico entre ilhas, planeamento de uma economia do mar, reforço das actividades de investigação e de desenvolvimento tecnológico, alargamento das funções sociais e o aprofundamento de uma política de justiça fiscal.

Dinheiro da comunidade portuguesa na Venezuela

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, garantiu este fim-de-semana a José Sócrates o desbloqueamento da transferência de cerca de um milhão de dólares angariados pela comunidade portuguesa naquele país para a reconstrução da Madeira. No termo de uma reunião com o primeiro-ministro no Aeroporto do Funchal, Alberto João Jardim adiantou que Sócrates lhe disse estar "tranquilizado e entusiasmado com o interesse que o Presidente da Venezuela tem pela comunidade portuguesa".

"Penso que entre a República Portuguesa e a Bolivariana estão a decorrer trabalhos no sentido de facilitar mais a vida aos portugueses na Venezuela", declarou o presidente do Governo Regional, salientando o "desbloqueamento imediato de tudo o que tem a ver com transferências que representam apoios à reconstrução da Madeira".

Hugo Chávez e José Sócrates assinaram, no sábado, 19 acordos de 1.655,9 milhões de euros em diferentes áreas com o intuito de reforçar a cooperação bilateral.

Jerónimo de Sousa, Edgar Silva e Artur Andrade, da Comissão Executiva, no termo do congresso regional do PCP da Madeira Homem de Gouveia, Lusa

O secretário-geral do PCP encerrou este domingo o VIII Congresso Regional dos comunistas da Madeira com um ataque ao “inusitado romance” entre Alberto João Jardim e José Sócrates, um entendimento que faria “chorar as pedras da calçada” se os protagonistas não fossem “farinha do mesmo saco”. No rescaldo da manifestação promovida pela CGTP em Lisboa, Jerónimo de Sousa voltou a condenar o “cerrar de passos” entre PS e PSD.

No dia em que o primeiro-ministro, de regresso de uma deslocação à América Latina, fez uma escala na Madeira para comunicar a Alberto João Jardim o desbloqueamento de verbas da comunidade lusa na Venezuela para a reconstrução da Região Autónoma, o secretário-geral do PCP desferiu duras críticas a ambos os dirigentes políticos. No cair do pano sobre o VIII Congresso Regional dos comunistas, Jerónimo de Sousa condenou o que disse ser a "farinha do mesmo saco da política de direita": "PS e PSD que aqui se misturam também na Região neste inusitado romance em que Sócrates e Jardim se enredaram".

"Não soubéssemos nós o que isso significa e dir-se-ia que tanto amor é de fazer chorar as pedras da calçada, mas a verdade é que isto só surpreenderá os mais distraídos", lançou o dirigente comunista, para quem "o vozear que, por detrás das querelas recorrentes em redor do défice democrático se ouve entre PS e PS, só serve para esconder a larga identidade de opções e orientações que unem estes dois partidos tanto no plano nacional como no regional".

"Uma identidade que agora se exprime em toda a sua extensão neste cerrar de passos unindo PS e PSD para atacar salários, roubar direitos e aumentar a exploração", reforçou Jerónimo de Sousa, para depois elogiar "a magnífica resposta dos trabalhadores portugueses e das massas populares à ofensiva concertada pelos governos do PS e PSD.

Edgar Silva propõe "programa de relançamento económico"

Eleito por unanimidade para a coordenação regional do PCP da Madeira, Edgar Silva defendeu, por sua vez, o lançamento de um "programa de relançamento económico" na Região Autónoma da Madeira. Isto porque "a dimensão catastrófica do actual quadro económico e financeiro aproxima a Região perigosamente do risco de insolvência e esta realidade não será alterada através da Lei de Meios". "Os apoios financeiros para a reconstrução de pouco servirão se não houver um programa de relançamento económico", vaticinou.

Segundo o coordenador regional dos comunistas madeirenses, a Lei de Meios acertada entre os governos da República e da Madeira, com vista aos trabalhos de reconstrução após a intempérie de 20 de Fevereiro, "constitui um paliativo que, por si só, não resolverá o quadro de colapso e de falência da actual autonomia".

Edgar Silva listou, em seguida, as linhas de base que os comunistas gostariam de ver consagradas num "programa de relançamento": dinamização da economia regional, alargamento do mercado interno, desenvolvimento dos sectores produtivos, aproveitamento de recursos regionais, dinamização de um mercado atlântico entre ilhas, planeamento de uma economia do mar, reforço das actividades de investigação e de desenvolvimento tecnológico, alargamento das funções sociais e o aprofundamento de uma política de justiça fiscal.

Dinheiro da comunidade portuguesa na Venezuela

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, garantiu este fim-de-semana a José Sócrates o desbloqueamento da transferência de cerca de um milhão de dólares angariados pela comunidade portuguesa naquele país para a reconstrução da Madeira. No termo de uma reunião com o primeiro-ministro no Aeroporto do Funchal, Alberto João Jardim adiantou que Sócrates lhe disse estar "tranquilizado e entusiasmado com o interesse que o Presidente da Venezuela tem pela comunidade portuguesa".

"Penso que entre a República Portuguesa e a Bolivariana estão a decorrer trabalhos no sentido de facilitar mais a vida aos portugueses na Venezuela", declarou o presidente do Governo Regional, salientando o "desbloqueamento imediato de tudo o que tem a ver com transferências que representam apoios à reconstrução da Madeira".

Hugo Chávez e José Sócrates assinaram, no sábado, 19 acordos de 1.655,9 milhões de euros em diferentes áreas com o intuito de reforçar a cooperação bilateral.

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