Fórum Palestina: Lula da Silva: Todos, do menor ao maior país do mundo, precisam colocar nas suas prioridades a negociação da paz no Médio Oriente

18-12-2009
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Segundo a imprensa brasileira, Lula da Silva, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas, repudiaram na sexta-feira passada o anúncio de Israel sobre a construção de 900 novas casas em território ocupado, na Cisjordânia.Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Abbas foram veementes ao tratar do tema, lado a lado, durante uma conferência de imprensa conjunta, durante a manhã, no Museu da Santa Casa da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador, onde assinaram um protocolo de intenções para cooperação técnica entre o Ministério de Relações Exteriores e o Ministério de Negócios Estrangeiros da ANP. "O Brasil entende que deve parar imediatamente qualquer novo colonato no território palestino - disse o presidente brasileiro, que, minutos antes, no seu discurso, falara espontaneamente sobre o tema. - A expansão dos colonatos na Cisjordânia deve ser congelada. As fronteiras do futuro Estado palestino devem ser preservadas."Por sua vez Abbas declarou:Se continuar construindo na capital palestina, Israel está complicando a paz, quer que nos distanciemos da paz. Pedimos não apenas a retirada das 900 casas, mas de todas as actividades de construção nos territórios ocupados. Essas palavras não são nossas. Foram ditas também pelo presidente Obama - disse Abbas, lembrando que há "mais de 15 resoluções da ONU contrárias às construções" e que "Israel se comprometeu a cumprir o acordo de que teria que suspender as construções". Apontado por Abbas como um governante com "respeito internacional" para interceder pela paz na região, Lula, afirmou que é hora de "jogar no convencimento das personalidades de cada país que são contra a paz no Oriente Médio". "As pessoas que estão praticando esse conflito são minoritárias, eu diria sectárias. O Brasil tem todo o interesse em ajudar, em conversar com quem quer que seja, porque eu acho que ninguém pode ter primazia de negociar a paz entre palestinos e judeus. Todos, do menor país do mundo, ao maior país do mundo, precisam colocar nas suas prioridades a negociação da paz no Oriente Médio - disse Lula. Afirmando que o processo de paz no Oriente Médio beneficiará da contribuição de outros países "além dos que tradicionalmente estiveram envolvidos". E defendeu que uma paz "justa e duradoura" na região depende do fortalecimento "próspero, coeso e sem restrições" de um Estado palestino. Segundo Lula, a situação humanitária na Faixa de Gaza é "insustentável". "Aqueles que se amparam em dogmas inabaláveis semeiam a discórdia e fomentam na verdade a permanência do conflito" - afirmou ainda, recordando o encontro da semana passada com o presidente de Israel, Shimon PeresSegundo o presidente brasileiro, um futuro acordo Mercosul-Palestina ajudará a reforçar vínculos entre as duas regiões À noite, Lula foi ainda mais incisivo: "Abbas luta contra a tirania daqueles que mantêm o povo segregado e confinado - disse Lula, em discurso na Praça Castro Alves.


Segundo a imprensa brasileira, Lula da Silva, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) Mahmoud Abbas, repudiaram na sexta-feira passada o anúncio de Israel sobre a construção de 900 novas casas em território ocupado, na Cisjordânia.Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Abbas foram veementes ao tratar do tema, lado a lado, durante uma conferência de imprensa conjunta, durante a manhã, no Museu da Santa Casa da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador, onde assinaram um protocolo de intenções para cooperação técnica entre o Ministério de Relações Exteriores e o Ministério de Negócios Estrangeiros da ANP. "O Brasil entende que deve parar imediatamente qualquer novo colonato no território palestino - disse o presidente brasileiro, que, minutos antes, no seu discurso, falara espontaneamente sobre o tema. - A expansão dos colonatos na Cisjordânia deve ser congelada. As fronteiras do futuro Estado palestino devem ser preservadas."Por sua vez Abbas declarou:Se continuar construindo na capital palestina, Israel está complicando a paz, quer que nos distanciemos da paz. Pedimos não apenas a retirada das 900 casas, mas de todas as actividades de construção nos territórios ocupados. Essas palavras não são nossas. Foram ditas também pelo presidente Obama - disse Abbas, lembrando que há "mais de 15 resoluções da ONU contrárias às construções" e que "Israel se comprometeu a cumprir o acordo de que teria que suspender as construções". Apontado por Abbas como um governante com "respeito internacional" para interceder pela paz na região, Lula, afirmou que é hora de "jogar no convencimento das personalidades de cada país que são contra a paz no Oriente Médio". "As pessoas que estão praticando esse conflito são minoritárias, eu diria sectárias. O Brasil tem todo o interesse em ajudar, em conversar com quem quer que seja, porque eu acho que ninguém pode ter primazia de negociar a paz entre palestinos e judeus. Todos, do menor país do mundo, ao maior país do mundo, precisam colocar nas suas prioridades a negociação da paz no Oriente Médio - disse Lula. Afirmando que o processo de paz no Oriente Médio beneficiará da contribuição de outros países "além dos que tradicionalmente estiveram envolvidos". E defendeu que uma paz "justa e duradoura" na região depende do fortalecimento "próspero, coeso e sem restrições" de um Estado palestino. Segundo Lula, a situação humanitária na Faixa de Gaza é "insustentável". "Aqueles que se amparam em dogmas inabaláveis semeiam a discórdia e fomentam na verdade a permanência do conflito" - afirmou ainda, recordando o encontro da semana passada com o presidente de Israel, Shimon PeresSegundo o presidente brasileiro, um futuro acordo Mercosul-Palestina ajudará a reforçar vínculos entre as duas regiões À noite, Lula foi ainda mais incisivo: "Abbas luta contra a tirania daqueles que mantêm o povo segregado e confinado - disse Lula, em discurso na Praça Castro Alves.

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