Junho 2009

13-06-2010
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Aprende Sócrates!

Nas eleições para o Parlamento Europeu e apesar de toda a propaganda partidária e de uma imprensa, em regra favorável, o primeiro ministro Sócrates teve a resposta do povo português que merecia. Um político autoritário, autista, convencido e que tem governado mal, com a ajuda de alguns ministros que deviam ser julgados pela sua incompetência e pelo mal que estão a fazer ao país, teve a lição que merecia e ficou de sorriso amarelo perante os resultados. A políticas deste governo, principalmente na Educação, Obras Públicas, Saúde, Agricultura e Pescas, Justiça, Segurança Social e outras foram julgadas e condenadas pelo povo português.

Embora a abstenção tenha sido grande, os que foram votar mostraram-lhe o que pensam dessas políticas.

Pouco se discutiu da Europa, mas discutiram-se os problemas do País. Não esquecendo, ao contrário de muitos, que estas eleições não foram para eleger deputados para a Assembleia da República não deixam e esperemos que sejam um prenúncio de mudança.

Vejamos as listas candidatas e os deputados eleitos:

1 - PS - um candidato comunista reciclado em socialista, um professor não catedrático de direito como muitos pensam e conhecido em Coimbra por faltar bastante, uma imagem de um passado que não deixou saudades, o do PREC, eis Vital Moreira a escolha de Sócrates. Para mim, uma péssima escolha que, inclusivamente, dividiu o PS. Os outros candidatos eleitos foram a conhecida Edite Estrela, as duas candidatas às câmaras do Porto e Sintra Elisa Ferreira e a antiga maoista Ana Gomes antiga embaixadora na Indonésia, Capoulas Santos, o anterior ministro da saúde Correia de Campos e o menos conhecido Luís Paulo Alves. Ficaram de fora, pois só 7 foram eleitos o benfiquista da Porto Manuel dos Santos, Hasse Ferreira, a antiga dirigente da JS Jamila Madeira grande defensora de causas "fracturantes" como o aborto e as uniões de homossexuais e o madeirense Jardim Fernandes. Coitados. Todos estes políticos profissionais perderam o emprego e agora? Não se preocupem que se uns podem optar por reformas chorudas aos outros o camarada Sócrates tratará de os meter nas listas de deputados, arranjar-lhes um lugar de assessor nalgum sítio, não ficarão sem "emprego. Mas é obra, passar de 12 para 7 deputados em Estrasburgo e Bruxelas.

2 - PSD - Com um primeiro candidato conhecido pela sua oposição no Parlamento a Sócrates, Paulo Rangel, um deputado que vai fazer falta na Assembleia da República, foi uma boa escolha de Manuela Ferreira Leite, enquanto muitos preferiam o mais conhecido mas sem carisma Marques Mendes. Foi um dos três melhores candidatos em campanha, juntamente com o centrista Nuno Melo e o bloquista Paulo Portas. Interessante, três homens criados no Norte. Quanto aos candidatos eleitos, Carlos Coelho há anos no Parlamento Europeu e antigo JSD é o mais conhecido. Os outros são, na sua maioria desconhecidos, tendo sido eleitos Graça Carvalho, Maria do Céu Patrão e Regina Bastos (esta mania das quotas para as mulheres dá que pensar se estavam na lista pela sua competência ou apenas por serem mulheres), Mário David, J. Manuel Fernandes e N. Teixeira Jesus. Eleitos 8 deputados foi uma grande vitória, mas não acredito que Manuela Ferreira Leite, uma lisboeta centralista, sem carisma e poucas ideias cujo tempo já passou, consiga levar o PSD à vitória nas legislativas. Estou a escrever isto em 9 de Junho. Ou muda muito ou podem crer que não chegará ao poder. Falta, naturalmente, conhecer o programa e as listas de candidatos por cada distrito, bem como a evolução económica e social até lá. Para mim, a vitória deve-se, sobretudo, a Paulo Rangel.

3 - A passagem do Bloco de Esquerda a terceira força política, mantendo Paulo Portas, um dos melhores candidatos, e elegendo os desconhecidos Marisa Matias e Rui Tavares, mostra, de forma clara, o descontentamento que grassa na sociedade portuguesa. Beneficiando da presença de Francisco Louçã nas acções e discursos da campanha, a eleição de 3 deputados foi uma grande vitória para este agrupamento de diferentes sensibilidades políticas.

4 - A eleição e manutenção de 2 deputados pela CDU, a "velha" política Ilda Figueiredo e o novo João Ferreira, se manteve o seu eleitorado tradicional, lisboeta, setubalense e alentejano, teve muito menos votos no resto do país. De qualquer forma, foi um bom resultado, com o senão, difícil de engolir, de se ver ultrapassado em votos e deputados pelo Bloco. Na minha opinião pessoal, o Partido Comunista devia concorrer com o seu nome e sigla, mas percebo que, por razões de estratégia eleitoral, se juntem a Os Verdes e à quase inexistente Intervenção Democrática. Resulta mas é uma estratégia que engana os incautos e que não sabem a realidade. Até as bandeiras são de cores variadas, predominando o azul e branco, vejam lá, em vez do vermelho tradicional e a foice e o martelo nem vê-los. Mas se dá mais votos!

5 - O CDS conseguiu, apesar de tantas sondagens desfavoráveis, manter os seus 2 deputados, substituindo Ribeiro e Castro e o outro (Luís Queiró ?) por Nuno Melo e Diogo Feio. Nuno Melo, como já afirmei, foi um dos três melhores candidatos destas eleições e Diogo Feio tem qualidades para o lugar. Beneficiaram da presença constante de Paulo Portas e foram dos poucos que abordaram na campanha os grandes problemas nacionais, como a educação, obras públicas, a segurança social, a justiça e criminalidade, ... Fizeram uma campanha com poucos meios e obtiveram um bom resultado. Quanto às legislativas veremos o que vai acontecer até lá, mas, como cidadão do Porto e relativamente às eleições autárquicas, lamento e reprovo a aliança do CDS local, dirigido por Álvaro Castelo Branco, com Rui Rio, em que a troco de poderem nomear um ou dois vereadores prejudicam a cidade e os portuenses ao fazerem campanha e votarem nesse político profissional de má memória para a maioria dos portuenses.

Quanto aos outros partidos, um breve comentário:

- Parabéns a Laurinda Alves e ao MEP pelos seus 50.000 votos, que são obra para um partido novo. Tenho uma dúvida, que é esta: segundo o blog de Laurinda Alves os apoiantes são quase todos do sexo feminino. Não quero acreditar que seja um partido só de mulheres, senão precisamos de quotas para homens.

- PCTP - os votos e o pensamento do costume

- Partido Humanista - o defeito deve ser meu, mas nunca percebi a sua mensagem e que querem.

- MMS - novo partido, praticamente desconhecido e assim ficou.

- POUS - um partido velho e ultrapassado que só é notícia quando concorre a eleições.

- MPT - Partido inicialmente interessante, por ligado às ideias do Arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, tem perdido entusiasmo e militância, arrastando-se sem grande chama.

- PPM - Pretende representar mas não representa os monárquicos portugueses divididos pelo voto útil, pelo que poucos votos e relevância conseguiu.

- PNR - o partido português da extrema direita, claramente hostilizado e perseguido pela justiça e comunicação social, pretende mas não tem conseguido capitalizar os votos dos descontentes com a falta de segurança, o excesso de facilidades concedidas à imigração e ao tão apregoado multiculturalismo que tem dado os resultados que todos temos visto nos arredores de Lisboa e em Setúbal. A mensagem que está a fazer crescer os seus congéneres europeus, da Áustria à Inglaterra, não tem passado em Portugal, por isso teve poucos votos, como os partidos anteriores.

Conclusão:

Vitória do PSD merecida, devida principalmente a Rangel.

Derrota merecida do PS e de Sócrates, que tem prejudicado gravemente muitas classes profissionais, desde os professores e funcionários públicos aos polícias.

Destaque para a subida do Bloco de Esquerda, claramente um voto de protesto.

CDU com subida de votos, tal como o CDS.

Destaque para a existência de outros partidos, todos eles importantes numa democracia pois permitem uma maior liberdade de escolha dos eleitores.

Não confundir estas eleições e seus resultados com as que se irão realizar lá para o final do ano (talvez Outubro, pois ainda não foram marcadas) para a eleição dos deputados. São eleições diferentes e os resultados também o deverão ser.

Não acredito em Manuela Ferreira Leite, se o PSD quer ganhar escolha um líder com ideias e carisma, senão vai perder essas eleições e Sócrates ganhará.

Vamos ver se Sócrates, um indivíduo teimoso e envolto em controvérsias por esclarecer como o caso Freeport e o aterro da Cova da Beira, entre outros, terá capacidade para aprender a lição que os portugueses lhe deram anteontem.

Mário Soares, numa frase que ficou célebre, dizia que só um burro não muda de ideias.

Aguardemos para ver se Sócrates aprendeu alguma coisa ou não. E depois, cada um de nós, tirará as ilações devidas e votará em conformidade. Para um Portugal melhor, é o meu desejo!

Aprende Sócrates!

Nas eleições para o Parlamento Europeu e apesar de toda a propaganda partidária e de uma imprensa, em regra favorável, o primeiro ministro Sócrates teve a resposta do povo português que merecia. Um político autoritário, autista, convencido e que tem governado mal, com a ajuda de alguns ministros que deviam ser julgados pela sua incompetência e pelo mal que estão a fazer ao país, teve a lição que merecia e ficou de sorriso amarelo perante os resultados. A políticas deste governo, principalmente na Educação, Obras Públicas, Saúde, Agricultura e Pescas, Justiça, Segurança Social e outras foram julgadas e condenadas pelo povo português.

Embora a abstenção tenha sido grande, os que foram votar mostraram-lhe o que pensam dessas políticas.

Pouco se discutiu da Europa, mas discutiram-se os problemas do País. Não esquecendo, ao contrário de muitos, que estas eleições não foram para eleger deputados para a Assembleia da República não deixam e esperemos que sejam um prenúncio de mudança.

Vejamos as listas candidatas e os deputados eleitos:

1 - PS - um candidato comunista reciclado em socialista, um professor não catedrático de direito como muitos pensam e conhecido em Coimbra por faltar bastante, uma imagem de um passado que não deixou saudades, o do PREC, eis Vital Moreira a escolha de Sócrates. Para mim, uma péssima escolha que, inclusivamente, dividiu o PS. Os outros candidatos eleitos foram a conhecida Edite Estrela, as duas candidatas às câmaras do Porto e Sintra Elisa Ferreira e a antiga maoista Ana Gomes antiga embaixadora na Indonésia, Capoulas Santos, o anterior ministro da saúde Correia de Campos e o menos conhecido Luís Paulo Alves. Ficaram de fora, pois só 7 foram eleitos o benfiquista da Porto Manuel dos Santos, Hasse Ferreira, a antiga dirigente da JS Jamila Madeira grande defensora de causas "fracturantes" como o aborto e as uniões de homossexuais e o madeirense Jardim Fernandes. Coitados. Todos estes políticos profissionais perderam o emprego e agora? Não se preocupem que se uns podem optar por reformas chorudas aos outros o camarada Sócrates tratará de os meter nas listas de deputados, arranjar-lhes um lugar de assessor nalgum sítio, não ficarão sem "emprego. Mas é obra, passar de 12 para 7 deputados em Estrasburgo e Bruxelas.

2 - PSD - Com um primeiro candidato conhecido pela sua oposição no Parlamento a Sócrates, Paulo Rangel, um deputado que vai fazer falta na Assembleia da República, foi uma boa escolha de Manuela Ferreira Leite, enquanto muitos preferiam o mais conhecido mas sem carisma Marques Mendes. Foi um dos três melhores candidatos em campanha, juntamente com o centrista Nuno Melo e o bloquista Paulo Portas. Interessante, três homens criados no Norte. Quanto aos candidatos eleitos, Carlos Coelho há anos no Parlamento Europeu e antigo JSD é o mais conhecido. Os outros são, na sua maioria desconhecidos, tendo sido eleitos Graça Carvalho, Maria do Céu Patrão e Regina Bastos (esta mania das quotas para as mulheres dá que pensar se estavam na lista pela sua competência ou apenas por serem mulheres), Mário David, J. Manuel Fernandes e N. Teixeira Jesus. Eleitos 8 deputados foi uma grande vitória, mas não acredito que Manuela Ferreira Leite, uma lisboeta centralista, sem carisma e poucas ideias cujo tempo já passou, consiga levar o PSD à vitória nas legislativas. Estou a escrever isto em 9 de Junho. Ou muda muito ou podem crer que não chegará ao poder. Falta, naturalmente, conhecer o programa e as listas de candidatos por cada distrito, bem como a evolução económica e social até lá. Para mim, a vitória deve-se, sobretudo, a Paulo Rangel.

3 - A passagem do Bloco de Esquerda a terceira força política, mantendo Paulo Portas, um dos melhores candidatos, e elegendo os desconhecidos Marisa Matias e Rui Tavares, mostra, de forma clara, o descontentamento que grassa na sociedade portuguesa. Beneficiando da presença de Francisco Louçã nas acções e discursos da campanha, a eleição de 3 deputados foi uma grande vitória para este agrupamento de diferentes sensibilidades políticas.

4 - A eleição e manutenção de 2 deputados pela CDU, a "velha" política Ilda Figueiredo e o novo João Ferreira, se manteve o seu eleitorado tradicional, lisboeta, setubalense e alentejano, teve muito menos votos no resto do país. De qualquer forma, foi um bom resultado, com o senão, difícil de engolir, de se ver ultrapassado em votos e deputados pelo Bloco. Na minha opinião pessoal, o Partido Comunista devia concorrer com o seu nome e sigla, mas percebo que, por razões de estratégia eleitoral, se juntem a Os Verdes e à quase inexistente Intervenção Democrática. Resulta mas é uma estratégia que engana os incautos e que não sabem a realidade. Até as bandeiras são de cores variadas, predominando o azul e branco, vejam lá, em vez do vermelho tradicional e a foice e o martelo nem vê-los. Mas se dá mais votos!

5 - O CDS conseguiu, apesar de tantas sondagens desfavoráveis, manter os seus 2 deputados, substituindo Ribeiro e Castro e o outro (Luís Queiró ?) por Nuno Melo e Diogo Feio. Nuno Melo, como já afirmei, foi um dos três melhores candidatos destas eleições e Diogo Feio tem qualidades para o lugar. Beneficiaram da presença constante de Paulo Portas e foram dos poucos que abordaram na campanha os grandes problemas nacionais, como a educação, obras públicas, a segurança social, a justiça e criminalidade, ... Fizeram uma campanha com poucos meios e obtiveram um bom resultado. Quanto às legislativas veremos o que vai acontecer até lá, mas, como cidadão do Porto e relativamente às eleições autárquicas, lamento e reprovo a aliança do CDS local, dirigido por Álvaro Castelo Branco, com Rui Rio, em que a troco de poderem nomear um ou dois vereadores prejudicam a cidade e os portuenses ao fazerem campanha e votarem nesse político profissional de má memória para a maioria dos portuenses.

Quanto aos outros partidos, um breve comentário:

- Parabéns a Laurinda Alves e ao MEP pelos seus 50.000 votos, que são obra para um partido novo. Tenho uma dúvida, que é esta: segundo o blog de Laurinda Alves os apoiantes são quase todos do sexo feminino. Não quero acreditar que seja um partido só de mulheres, senão precisamos de quotas para homens.

- PCTP - os votos e o pensamento do costume

- Partido Humanista - o defeito deve ser meu, mas nunca percebi a sua mensagem e que querem.

- MMS - novo partido, praticamente desconhecido e assim ficou.

- POUS - um partido velho e ultrapassado que só é notícia quando concorre a eleições.

- MPT - Partido inicialmente interessante, por ligado às ideias do Arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles, tem perdido entusiasmo e militância, arrastando-se sem grande chama.

- PPM - Pretende representar mas não representa os monárquicos portugueses divididos pelo voto útil, pelo que poucos votos e relevância conseguiu.

- PNR - o partido português da extrema direita, claramente hostilizado e perseguido pela justiça e comunicação social, pretende mas não tem conseguido capitalizar os votos dos descontentes com a falta de segurança, o excesso de facilidades concedidas à imigração e ao tão apregoado multiculturalismo que tem dado os resultados que todos temos visto nos arredores de Lisboa e em Setúbal. A mensagem que está a fazer crescer os seus congéneres europeus, da Áustria à Inglaterra, não tem passado em Portugal, por isso teve poucos votos, como os partidos anteriores.

Conclusão:

Vitória do PSD merecida, devida principalmente a Rangel.

Derrota merecida do PS e de Sócrates, que tem prejudicado gravemente muitas classes profissionais, desde os professores e funcionários públicos aos polícias.

Destaque para a subida do Bloco de Esquerda, claramente um voto de protesto.

CDU com subida de votos, tal como o CDS.

Destaque para a existência de outros partidos, todos eles importantes numa democracia pois permitem uma maior liberdade de escolha dos eleitores.

Não confundir estas eleições e seus resultados com as que se irão realizar lá para o final do ano (talvez Outubro, pois ainda não foram marcadas) para a eleição dos deputados. São eleições diferentes e os resultados também o deverão ser.

Não acredito em Manuela Ferreira Leite, se o PSD quer ganhar escolha um líder com ideias e carisma, senão vai perder essas eleições e Sócrates ganhará.

Vamos ver se Sócrates, um indivíduo teimoso e envolto em controvérsias por esclarecer como o caso Freeport e o aterro da Cova da Beira, entre outros, terá capacidade para aprender a lição que os portugueses lhe deram anteontem.

Mário Soares, numa frase que ficou célebre, dizia que só um burro não muda de ideias.

Aguardemos para ver se Sócrates aprendeu alguma coisa ou não. E depois, cada um de nós, tirará as ilações devidas e votará em conformidade. Para um Portugal melhor, é o meu desejo!

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