A Nossa Candeia: Das águas turvas da nossa submersão...

23-05-2011
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Durante muito tempo, na sequência dos mitos pacificadores que a repressão política do Estado Novo promoveu, Portugal acreditou que era "um país de brandos costumes", letárgica e poeticamente "à beira-mar plantado"... depois, face à emergência da realidade socio-económica e política num contexto de liberdade de expressão, os portugueses começaram a percepcionar-se de forma diferente, ao ponto de valorizarem o que a expressão popular institucionalizou sob a conhecida designação do "chico-espertismo"... talvez por isso e apesar de tudo o que se estudou e compreendeu sobre o papel da "honra" e da "vergonha" nas sociedades mediterrânicas, hoje, os portugueses, no exercício de funções de alta responsabilidade continuam a deixar rastos de uma imagem vulgarmente empobrecedora e lesiva do prestígio do nosso país - o que, no actual contexto económico, concorre para a descredibilidade política não apenas internacional mas, acima de tudo, nacional. O caso dos submarinos encomendados à empresa alemã que hoje é notícia por maus motivos, é mais um contributo para este cômputo de "casos" com que, desde a Guerra do Iraque, nos temos internacionalizado (vale a pena ler aqui, aqui e aqui).


Durante muito tempo, na sequência dos mitos pacificadores que a repressão política do Estado Novo promoveu, Portugal acreditou que era "um país de brandos costumes", letárgica e poeticamente "à beira-mar plantado"... depois, face à emergência da realidade socio-económica e política num contexto de liberdade de expressão, os portugueses começaram a percepcionar-se de forma diferente, ao ponto de valorizarem o que a expressão popular institucionalizou sob a conhecida designação do "chico-espertismo"... talvez por isso e apesar de tudo o que se estudou e compreendeu sobre o papel da "honra" e da "vergonha" nas sociedades mediterrânicas, hoje, os portugueses, no exercício de funções de alta responsabilidade continuam a deixar rastos de uma imagem vulgarmente empobrecedora e lesiva do prestígio do nosso país - o que, no actual contexto económico, concorre para a descredibilidade política não apenas internacional mas, acima de tudo, nacional. O caso dos submarinos encomendados à empresa alemã que hoje é notícia por maus motivos, é mais um contributo para este cômputo de "casos" com que, desde a Guerra do Iraque, nos temos internacionalizado (vale a pena ler aqui, aqui e aqui).

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