COMBUSTÕES: Pereiras de Brito, Leitões Cabrita, Pachecos da Costa & etc

19-12-2009
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Eu não sou leitor de jornais, confesso. Faço-o, contrafeito, pela manhã - nunca mais de dez minutos - entre uma taça de café amargo e uma tosta de ovo mexido. Os jornais só me interessam se tiverem mais de cem anos, bem amarelinhos, traçados e encadernados por atacado. A leitura dos jornais de politiquice coloca-me as mesmas dificuldades que jornais de 1893 ou 1902. Todos aqueles ministros pereiras, silvas, deputados pachecos, ambrósios e justinos, eurodeputados manuéis, flávias e cátias, mais opinativos cabritas, coelhos e leitões fazem parte de um mundo que desconheço. Se há tanto para ler, perder tempo com ignotas inteligências em expansão debitativa parece-me coisa inútil, sobretudo se o tema for a pequena trama de fulanismo, paixão de mandar e "prótagonismo" (sic Jaime Gama) cujo traço se esvai mais rápido que um fulminante. Hoje tive grande dificuldade em ligar os nomes às coisas ao tentar informar-me sobre a luta de batidores que se trava no PSD. Se não deixa de ser pertinente perguntar o que é o PSD - um partido que nunca existiu ideologicamente, que muda em função do mercado de opiniões - mais difícil será encontrar o motivo que leva o país a perder tempo com pessoas que impunemente se apresentam como Paulos na Estrada de Damasco. Há anos, fez-se campanha promocional pelo "novo Cavaco", na iminência do 70º ou 89º congresso. Durante semanas, pontual como o quartzo, lá surgia o candidato a líder salvador, um homem redondo e aborrecido com a capacidade de expressão de um boião de iogurte, apresentado como "gestor de sucesso" - como se o facto de ser gestor o libertasse da prestação de provas. Depois, como falhou em telegenia, desapareceu e voltou aos negócios. É assim o PSD.Daquela mole de notoriedades, só me ocorrem dois ou três nomes: Paulo Rangel, Vasco Graça Moura e Assunção Esteves, que fariam carreira pelas próprias pernas onde quer que estivessem. O resto, serve para encher páginas de papel.


Eu não sou leitor de jornais, confesso. Faço-o, contrafeito, pela manhã - nunca mais de dez minutos - entre uma taça de café amargo e uma tosta de ovo mexido. Os jornais só me interessam se tiverem mais de cem anos, bem amarelinhos, traçados e encadernados por atacado. A leitura dos jornais de politiquice coloca-me as mesmas dificuldades que jornais de 1893 ou 1902. Todos aqueles ministros pereiras, silvas, deputados pachecos, ambrósios e justinos, eurodeputados manuéis, flávias e cátias, mais opinativos cabritas, coelhos e leitões fazem parte de um mundo que desconheço. Se há tanto para ler, perder tempo com ignotas inteligências em expansão debitativa parece-me coisa inútil, sobretudo se o tema for a pequena trama de fulanismo, paixão de mandar e "prótagonismo" (sic Jaime Gama) cujo traço se esvai mais rápido que um fulminante. Hoje tive grande dificuldade em ligar os nomes às coisas ao tentar informar-me sobre a luta de batidores que se trava no PSD. Se não deixa de ser pertinente perguntar o que é o PSD - um partido que nunca existiu ideologicamente, que muda em função do mercado de opiniões - mais difícil será encontrar o motivo que leva o país a perder tempo com pessoas que impunemente se apresentam como Paulos na Estrada de Damasco. Há anos, fez-se campanha promocional pelo "novo Cavaco", na iminência do 70º ou 89º congresso. Durante semanas, pontual como o quartzo, lá surgia o candidato a líder salvador, um homem redondo e aborrecido com a capacidade de expressão de um boião de iogurte, apresentado como "gestor de sucesso" - como se o facto de ser gestor o libertasse da prestação de provas. Depois, como falhou em telegenia, desapareceu e voltou aos negócios. É assim o PSD.Daquela mole de notoriedades, só me ocorrem dois ou três nomes: Paulo Rangel, Vasco Graça Moura e Assunção Esteves, que fariam carreira pelas próprias pernas onde quer que estivessem. O resto, serve para encher páginas de papel.

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